Moisés Piedade
Bolseiro Gulbenkian 1964 – Histórias de Impacto
Devo tudo o que sou à Fundação Gulbenkian e aos meus pais.
Onde tudo começou
Nasci em Marquinho, em 1947, uma pequena aldeia do concelho de Ansião. Nessa altura, não havia, água, eletricidade, rádios, aparelhos elétricos (nem a baterias), muito menos livros, revistas ou jornais. Tirando aos sábados, o dia de mercado em Ansião, poucos carros passavam por lá.
Ninguém estudava. Tinha eu 7 anos quando Salazar mandou construir uma escola primária ao seu estilo e eu entrei no seu 2.º ano de funcionamento. Além dos do catecismo, foi a primeira vez que tive livros meus, aqueles que eram obrigatórios na primária. Até então, nunca tinha tido acesso a livros.
O meu pai era empregado de balcão num armazém em Ansião, armazém esse que tinha um serviço de venda de mercearias nos concelhos vizinhos, como Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera. Chamavam-lhe a “Volta”, em que uma carrinha pequena visitava os concelhos vizinhos, parava nas lojas de mercearia de todas as aldeias e aceitava pedidos de encomendas, que depois eram aviados e fornecidos posteriormente através de uma camioneta maior. A minha primeira saída da aldeia foi numa destas Voltas e lembro-me que, nessa época, estava a ser construída a Barragem de Bouçã.
A minha mãe tinha uma doença de foro neurológico que demorou alguns anos a ser tratada, não trabalhava. Foi uma época difícil na vida da família. Mas recordo- -me de o patrão do meu pai o ter autorizado a usar a camioneta maior da empresa para transportar madeiras de eucalipto (o principal negócio da floresta existente nesta região) e isto contribuiu para um rendimento adicional. Foi o que nos valeu.
A Biblioteca Itinerante da Fundação Gulbenkian
Num determinado dia da semana, estávamos habituados à chegada da carrinha Citroën de chapa ondulada, bem ao estilo dos anos 50, que vinha da Figueira da Foz carregada de peixe arrefecido com blocos de gelo. Esta carrinha costumava parar num pequeno largo, em frente da casa dos meus pais, onde, depois da escola, jogávamos à bola. A carrinha apitava no princípio da aldeia, quando passava sobre a ponte do Rio Nabão, que nós chamávamos de ribeira pois corria no inverno e secava no verão. Com a buzina, aproximavam-se os habituais fregueses da carrinha para comprar algum peixe e nós parávamos de jogar à bola porque a carrinha nos deixava sempre o “campo” molhado com tanto gelo derretido.
Num belo dia, estávamos a jogar à bola e ouvimos o apito da buzina, que já conhecíamos. Pensámos logo que a carrinha de peixe tinha começado a vir mais do que uma vez por semana. Mas, quando a carrinha chegou, não vendeu peixe nem derramou gelo derretido. O motorista abriu as portas traseiras e a porta oposta ao lado condutor e nós só vimos livros.
Eu escolhi vários sobre fotografia, eletricidade, lâmpada elétrica e outras invenções que me fascinavam e que eu desconhecia. Quando ia a sair da carrinha, o motorista disse-me que só podia levar dois livros e que tinha de os entregar dali a quinze dias. Eu acatei a ordem e voltei a jogar à bola. O motorista esperou mais um bocado e, como mais ninguém requisitou livros, antes de arrancar, chamou-me e disse-me que podia levar também os outros que tinha escolhido antes. Foi uma enorme prenda!
Devorei-os rapidamente, comecei a fazer algumas experiências sobre eletricidade usando pilhas elétricas e comecei também a interessar-me por estudar fotografia. Fiquei fascinado com o trabalho mágico dos fotógrafos que, na época, faziam as fotografias, em tempo real, numa câmara instalada num tripé, escondidos debaixo de um pano preto. Eu tinha vontade de sair do ambiente fechado de Marquinho, muito limitativo da capacidade dos jovens. Precisava de mais. Se não fossem as Bibliotecas Itinerantes da Fundação Gulbenkian, teria sido uma missão impossível adquirir os primeiros conhecimentos técnicos e científicos morando na aldeia. Foi a minha primeira relação com a Fundação.
Os meus primeiros estudos
Na aldeia, as crianças não tinham brinquedos comprados. Tínhamos de inventar. Tive a sorte de o meu avô materno ser carpinteiro e de se ter especializado em fazer pipas para o vinho e caixões para quando fosse necessário. Eu, com 8 anos, gostava muito de o ajudar nestas tarefas e ganhei o gosto por fazer coisas e por trabalhos manuais. Quando acabei a escola primária, ao contrário do que acontecia com o resto das crianças da minha idade, disse aos meus pais que gostava de continuar a estudar e adiantei-lhes a minha vontade de ir para a Escola Industrial de Pombal. É que eu tinha ouvido dizer, o chamado diz que disse, que se aprendia a fazer coisas nesta Escola.
Durante três anos, eu ia e vinha na camioneta de carreira do Marquinho a Pombal, que demorava cerca de uma hora para percorrer dezassete quilómetros de uma estrada muito má, passando por todas as aldeias. O meu irmão, três anos mais novo, seguiu o meu exemplo e foi estudar para a Escola Industrial de Pombal. No meu quarto ano e no primeiro ano do meu irmão, o meu pai arranjou maneira de ficarmos ambos hospedados em Pombal, num quarto partilhado na pequena casa de um casal, ele português e pedreiro retornado de França, ela… Uma senhora francesa. Com esta experiência, ganhei umas explicações de francês que me vieram a ser bem úteis mais tarde.
Apesar de o alojamento e a alimentação terem sido baratos, correspondiam a mais de metade do ordenado do meu pai. Sempre generoso e atento às nossas necessidades, o meu pai candidatou-me a uma bolsa de estudo da Caixa de Previdência dos profissionais do comércio, que felizmente me foi atribuída. Fiz quatro dos cinco anos do curso de Formação de Serralheiro e, no fim do 4º ano, disse aos meus pais que queria continuar a estudar. A única hipótese que eu tinha era ir para Leiria, onde a Escola Industrial e Comercial tinha o curso Secção Preparatória para os Institutos Industriais, curso esse que dava acesso ao ensino Politécnico Universitário.
A passagem de nível
O meu pai não me disse nada sobre a continuação dos meus estudos mas convidou-me para ir com ele num velho camião REO numa viagem a Almeirim, onde o patrão tinha uma sociedade com um produtor de vinhos e do qual traria uma carrada de pipas de vinho. Recordo-me bem que saímos de Ansião às duas da manhã de uma sexta-feira mas, no regresso a casa, viemos por Leiria, quando o regresso normal seria por Tomar.
Já em Leiria, parámos perto da Escola Industrial e Comercial e o meu pai pediu-me para esperar no camião. Passou mais de uma hora mas, mal chegou, deu-me a notícia de que já tinha arranjado uma pensão para eu começar a estudar na Escola. Ia começar em outubro. Fiquei muito surpreendido porque nunca me tinha falado nisto. Fiquei preocupado com o peso orçamental que isso acarretaria para a família. Eu sabia que nessa altura o meu pai ganhava 1600$00 e que o meu irmão ainda estava a estudar em Pombal. Os gastos rondam os 600$00, disse ele, mas não tens de te preocupar. Fiquei mesmo contente, só que o dia não iria acabar desta forma.
Na chegada a Pombal, tivemos um grande acidente de viação numa passagem de nível do comboio, em que morreu uma senhora idosa. Foi uma experiência muito marcante e traumatizante, foi uma mudança brusca de emoções num espaço de horas. Para mim, um miúdo de 14 anos, resultou em várias noites sem dormir. Mas agradecido por estar vivo e por rumar a Leiria.
Os estudos em Leiria
Em outubro do ano de 1962, lá estava eu na Escola Industrial e Comercial de Leiria, agora Escola Secundária Domingos Sequeira, a frequentar o 3.º ano da Secção Preparatória para o Instituto Industrial, alojado num quarto partilhado cujo ambiente não era muito do meu agrado e cuja pensão custava cerca de 40% do ordenado do meu pai. Felizmente, a escola atribuiu-me uma bolsa do Ministério da Educação num montante anual de 2500$00. Foram anos difíceis, mas a ajuda chegou sempre quando mais precisei. Continuei a usar a Biblioteca Itinerante da Gulbenkian como fonte de conhecimento[1].
Nesse ano, inclusivamente, fiquei conhecido como o Maluco da Rádio e os colegas resolveram apresentar-me a outro Maluco da Rádio, que era do Curso Comercial. Resultado: começámos a fazer experiências na cave de casa dos pais dele, numa aldeia próxima de Leiria.
No ano seguinte, 4º ano de curso, mudei em boa hora para a Pensão Capelinha do Monte, uma pensão mais barata, onde estavam hospedados muitos alunos da Escola Industrial e do Liceu Rodrigues Lobo e onde, nos tempos livres, havia um ambiente muito competitivo de desenvolvimento de rádios, para o qual contribuí mas também beneficiei muito.
Foi nesse ano que tive conhecimento do programa de bolsas da Fundação Gulbenkian e candidatei-me a uma bolsa pedindo a quantia de 700$00. A bolsa não me foi atribuída: nesse ano, tendo em conta os 609 pedidos, foram apenas atribuídas 185 bolsas. Em contrapartida, tive a satisfação de ser considerado o melhor aluno da Escola, premiado com uma viagem a Madeira… que nunca recebi! Os meus dois anos em Leiria foram especialmente difíceis para mim e para a minha família. Partilhava o quarto com um estudante do Liceu Rodrigues Lobo que era eis-seminarista, onde eu construía rádios com detetores de galena e onde acabei por aplicar o meu primeiro transístor comprado na Casa Rádio de Coimbra.
Um dia, depois da escola, o meu colega de quarto tinha acedido a uma porta existente no quarto que dava para um sótão, para o qual entrámos às escondidas e onde encontrámos alguns exemplares de magníficos rádios feitos com os célebres tríodos TM e onde encontrámos muita literatura francesa sobre a Rádio dos anos 20, que fomos lendo. Foi como se tivesse chegado ao paraíso.
O meu melhor amigo da escola primária não estudou e continuava na aldeia. Eu convenci-o a tirar um curso de rádio por correspondência, da “Rádio Escola”, e prometi-lhe que o ajudaria nessa formação. Assim foi, mas houve um senão. O curso vinha em fascículos com periodicidade mensal que eram acompanhados com algumas peças necessárias para construir um rádio, ou seja, este só ficaria concluído no final do curso, que tinha cerca de dois anos.
Novo resultado: passados poucos meses, o meu amigo desistiu. Mas eu não. Arranjei-lhe um curso brasileiro de rádio por correspondência, em que bastava pagar de início a totalidade do curso e vinha logo o Curso Completo, acompanhado de todas as peças para montar o Rádio. Assim que o curso chegou, preenchi os questionários e, passados um ou dois meses, o meu amigo já tinha o diploma de Rádio Reparador.
Mais tarde, veio para Lisboa trabalhar numa taberna e arranjei-lhe alguns trabalhos de reparação de rádios. Conseguiu ganhar algum dinheiro e montou uma casa de electrodomésticos em Almada. Mais tarde, soube que a sua filha tirou o curso de Engenharia Eletrotécnica do IST (Telecomunicações e Eletrónica), mas não cheguei a conhecê-la. Como é bonito poder tocar as vidas de quem amamos.
Os estudos em Lisboa, a reviravolta familiar e o apoio da Fundação Gulbenkian
Quando, em 1964, vim para o Instituto Industrial de Lisboa, IIL, o meu pai, temeroso que eu me perdesse na grande cidade, procurou uma pensão perto do IIL e encontrou um quarto partilhado, onde fiquei. Estava a começar o meu segundo grande encontro com a Fundação Calouste Gulbenkian porque, a partir do ano letivo 64/65, estudei sempre com bolsas de estudo da Fundação.
Em julho de 1966, quando estava a frequentar o 2.º ano do Curso de Eletrotécnia e Máquinas, manifestei o meu desejo de prosseguir os estudos em Engenharia Eletrotécnica na Faculdade de Ciências, mas continuando a tirar o curso de Eletrotécnia e Máquinas do IIL (3.º ano), que ficava próximo da Faculdade de Ciências. Nesta altura, confesso que tive uma hesitação na escolha de qual seria o caminho dos estudos que devia seguir, mas escrevi à Fundação Gulbenkian pedindo que, para efeitos de continuidade da Bolsa de Estudo, considerasse apenas as notas que eu tirasse no melhor dos dois cursos.
Entretanto, os meus pais desistiram da vida que tinham na aldeia e vieram viver para Lisboa para acompanharem os filhos nos estudos. O meu pai trouxe algum dinheiro, ainda que pouco, e associou-se com um construtor civil de um concelho vizinho de Ansião. Feliz ou infelizmente, as coisas correram mal e, no semestre seguinte, o meu pai teve de se separar do construtor e começou a construir, com apoio do banco, uma moradia para vender em Carcavelos. Tanto eu, como o meu irmão, ajudávamos nas obras nas férias e nalguns fins de semana. Vendeu esta moradia por cerca de 1800 contos, o que lhe deu, finalmente, uma margem para continuar a empreitada sozinho, na linha da construção civil. Pagávamos 1200$00 por uma renda de uma pequena casa na Rua do Sol ao Rato, que ficava perto da Escola Machado de Castro, onde o meu irmão estudou, e do IIL, onde eu andava no 3.º ano.
Nesta altura, lembro-me que o meu pai só tinha despesas, mas a sorte havia de nos bater à porta. No ano seguinte, a minha família teve acesso a uma casa da Câmara Municipal de Lisboa na zona de Chelas. Eu já frequentava o 1.º ano do curso de Engenharia Eletrotécnica na Faculdade de Ciências e o 3.º ano do Curso de Eletrotécnica e Máquinas no IIL. No IIL, verifiquei que as carteiras em que me sentava tinham as pernas em ferro fundido, no meio das quais estavam as letras IST, isto é, tinham sido fundidas no Instituto Superior Técnico e o logótipo estava lá. Decidi, por isso, rapidamente que iria para o IST, pois lá também se “faziam coisas”. Acontece que, no IST, encontrei uma escola diferente desta hipótese que eu tinha imaginado.
Nos 2.º e 3.º anos, descobri um grupo de colegas estudantes apaixonados pela rádio e pelo áudio de alta- -fidelidade, que construíam os seus equipamentos. O Maluco da Rádio, afinal, ainda não tinha desaparecido. As discussões técnicas eram realizadas no antigo café Império e no café Londres. Na construção de rádios, éramos conhecidos por “Gang de VHF”, pois trabalhávamos nas frequências mais altas das bandas dos radioamadores. Primeiro tínhamos emissores clandestinos, mas depois legalizámos as estações. Em 1970, obtive a carta de radioamador com o indicativo CT1ZO. Entretanto, a minha família tinha mudado para outra casa camarária, com renda também muito acessível, já em Alvalade, mais perto do Técnico.
Enquanto estudante no IST, assisti às provas de doutoramento do Prof. Borges da Silva, meu professor de Eletrotecnica, pois o tema da sua dissertação “Amplificadores Paramétricos” era, na época, a técnica mais apropriada para construir recetores de rádio com baixo ruído nas frequências de micro-ondas, um tema que tinha muito interesse para os radioamadores.
Na disciplina de Eletrónica Aplicada II, eu e outros dois colegas propusemos um trabalho adicional sobre “Amplificadores Paramétricos”, que nos valeu uma excelente apreciação pelo professor responsável pela disciplina e, a mim especificamente, valeu-me mais tarde o convite para ser Assistente no IST. Ainda como estudante do IST, no ano de 1970-1971, trabalhei em micro-ondas, como bolseiro do Prof. João Figanier, juntamente com o colega José Mariano Gago, e fizemos os estágios para a Ordem dos Engenheiros com este trabalho. Terminei os estudos no Instituto Superior Técnico em 1971 sempre com Bolsas da Fundação Gulbenkian.
É por tudo isto que considero que devo tudo aos meus pais, por tanto amor e tanta entrega ao futuro dos filhos, e à Fundação Gulbenkian, pelas Bibliotecas Itinerantes e pelas várias Bolsas de Estudo que me concedeu.
O depois até hoje
Em outubro de 1971, entrei no IST como Assistente Eventual e depois como Assistente, tendo lecionado várias disciplinas da Área de Eletrónica. Os primeiros trabalhos de investigação foram na área da modelação de dispositivos semicondutores em frequências muito elevadas. Mais tarde, fiz investigação na área do processamento de sinal analógico e digital. Criei várias disciplinas novas nas áreas da eletrónica, processamento de sinais, imagem e vídeo, sensores e aquisição de sinais.
A minha capacidade de fazer coisas foi aqui muito vantajosa e fez com que muitos alunos quisessem trabalhar comigo em Trabalhos Finais de Curso, dissertações de Mestrado e de Doutoramento. Em 1975, fui convidado para lecionar também no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, ISEL. No IST, lecionei e coordenei vários cursos e, em 1988, ajudei a criar e coordenei um curso de Pós-graduação na Escola Náutica Infante Dom Henrique, na Área das Telecomunicações. De 1981 a 1984, fiz o trabalho de doutoramento na área do processamento de sinal para realizar filtros analógicos e digitais.
Foi em 1982 que coordenei o projeto de um circuito que foi inserido no primeiro circuito integrado realizado em Portugal. Ainda durante o doutoramento, comecei a trabalhar com os primeiros microprocessadores de sinal, tendo organizado e lecionado cursos para a indústria. Na sequência destes trabalhos, fui convidado para integrar o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, INESC, onde constituí o grupo “Sistema de Processamento de Sinal”, grupo este que se tornou o maior grupo de investigação do INESC em Lisboa.
Em janeiro de 1987, por concurso, fui nomeado Professor Associado do IST e, em maio de 1990, foi- -me concedido o Título de Agregação em Engenharia Eletrotécnica. Em 1994, fui nomeado Prof. Catedrático do Instituto Superior Técnico na Área de Eletrónica. O meu gosto por fazer coisas teve repercussão quer no ensino quer na investigação, atraindo estudantes extremamente criativos, que trabalharam em muitos projetos dos quais resultaram publicações científicas e pedagógicas que considero muito significativas.
A partir de 2002, comecei a colecionar objetos a que não tinha podido aceder quando era jovem e que eu desejava muito. Algumas das peças das minhas coleções estão inseridas no museu virtual Radiomuseum. org. Aposentei-me em 2012 para trabalhar nestas coleções e para me dedicar só à investigação no INESC.
Em 2015, propus a criação do Museu Faraday do IST, que foi inaugurado em fevereiro de 2017. Atualmente, sou o Diretor Honorário deste Museu, no qual tenho cerca de 200 peças expostas. Tenho trabalhado em investigação nas áreas de biochips, de nano satélites, e tenho criado experiências interativas para o Museu Faraday.
Recentemente, tenho colaborado em vários podcasts do IST sobre objetos do Museu. Em fevereiro de 2021, o INESC atribuiu-me a distinção de Investigador Emérito e, nesta ocasião, não me esqueci de agradecer à Fundação Gulbenkian. E, venha que distinção vier, nunca esquecerei. Sou o homem que sou, curioso, trabalhador, atento, porque, um dia, depois de ouvir uma buzina que normalmente trazia peixe, descobri que o Universo se pode conquistar através dos livros.
[1] Um dos livros que li com o título “Edison o homem das mil invenções” serviu de bbase para o título de uma biografia de Edison que fiz em março de 2020 para o jornal “Faraday News” do Museu Faraday do IST.
Histórias de Bolseiros
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