Edifícios e jardim

O complexo modernista de edifícios que inclui a Sede da Fundação, o Museu Gulbenkian e ainda o Jardim circundante foi considerado em 1975 Prémio Valmor e Monumento Nacional em 2010, constituindo-se como a primeira obra contemporânea a ser considerada património em Portugal.

Num dos extremos deste jardim encontra-se o edifício do Centro de Arte Moderna que atualmente está a ser objeto de uma ampliação projetada pelo arquiteto Kengo Kuma.

 

Edifício Sede

Desenhado por um trio de arquitetos portugueses – Ruy d’Athouguia, Alberto Pessoa e Pedro Cid – a Sede da Fundação insere-se num complexo modernista inaugurada em 1969, composto por edifícios horizontais, sóbrios nos materiais – em que predomina o betão e vidro – com coberturas tratadas em plataformas ajardinadas e integradas no jardim.

Concebido como um enorme centro cultural, os seus interiores, destinados a vários usos, permitem uma fluida circulação do público por entre auditórios e salas de exposições estabelecendo um perfeito diálogo com o espaço verde circundante.

edificio_sede Edifício Sede ©Ricardo Oliveira Alves

A Sede da Fundação é o volume dominante que se evidencia pelo seu aspeto laminar e modular. Os materiais, rigorosamente escolhidos, sublinham a sobriedade da obra. No exterior, apenas três materiais: betão, pedra e vidro bronze; já no interior sobressaem as madeiras, pedra e alcatifa bem como as obras encomendadas a artistas portugueses, com destaque para José de Almada Negreiros, Jorge Barradas, João Abel Manta, Artur Rosa, Manuela Jorge e Vítor Fortes.

Implantado no centro do complexo, protegido do ruído envolvente e com vista para o lago, o Grande Auditório acolhe a temporada anual Gulbenkian Música, bem como as grandes conferências com prestigiadas figuras mundiais, como Mikhail Gorbachev, Muhammad Yunus ou Joseph Stiglitz.

Painel "Começar", 1968. José de Almada Negreiros

O Painel Começar, encomenda da Fundação Calouste Gulbenkian para a entrada do Edifício Sede, ficou ao critério de José Almada Negreiros e a sua escolha foi gravar na pedra calcária uma súmula dos estudos sobre o número e a geometria a que se dedicara intensamente e de forma autodidata desde o início da década de 1940.

 

Museu Calouste Gulbenkian

Um marco na arquitetura museológica portuguesa, o edifício do Museu presta homenagem à memória de Calouste Gulbenkian, levando ao limite a fusão entre obra de arte, arquitetura e paisagem. Construído em torno de dois jardins interiores permite um diálogo constante entre a Natureza e a Arte.

As galerias de exposição estabelecem dois circuitos independentes com uma lógica cronológica e geográfica. O primeiro é dedicado à Arte Oriental e Clássica e evolui através das galerias da Arte Egípcia, Greco-Romana, Mesopotâmia, Oriente Islâmico, Arménia e Extremo Oriente. O segundo percurso é dedicado à Arte Europeia, desde o século XI até meados do século XX, com núcleos consagrados à Escultura, Pintura, Arte do Livro e Artes Decorativas, esta última com especial destaque para a arte francesa do século XVIII.

col_fundador Coleção do Fundador ©Ricardo Oliveira Alves

Seguem-se galerias onde podem observar-se um núcleo de Pintura de Frncesco Guardi, Pintura inglesa dos séculos XVIII e XIX, Escultura e Pintura do século XIX francês e finalmente um importante núcleo de joias e vidros de René Lalique, em sala própria.

No mesmo edifício encontra-se a Biblioteca de Arte. Criada em 1968 com o objetivo de centralizar os fundos documentais existentes na Fundação Calouste Gulbenkian, com especial relevância para os documentos relacionados com o Museu Gulbenkian e para a biblioteca particular de Calouste Gulbenkian. Atualmente, a Biblioteca de Arte é especializada nas áreas de áreas das artes visuais e da arquitetura.

 

Centro de Arte Moderna

Em 1983 foi inaugurado, na zona sul do Jardim, o edifício que reúne a Coleção do Centro de Arte Moderna, um projeto da autoria do arquiteto britânico Sir Leslie Martin com a colaboração do arquiteto José Sommer Ribeiro.

CAM ©Ricardo Oliveira Alves

Hoje, o Centro de Arte Moderna reúne a mais completa coleção de arte moderna portuguesa e uma importante pontuação internacional como o núcleo de arte britânica, uma representação de artistas franceses, como o casal Sonia e Robert Delaunay, ou os vários artistas próximos da pintora de origem portuguesa Maria Helena Vieira da Silva e do seu marido, o pintor Arpad Szenes.

Um concurso internacional lançado pela Fundação em 2019, ganho pelo arquiteto japonês Kengo Kuma, vai permitir ampliar o Edifício da Coleção do Centro de Arte Moderna e alargar o Jardim Gulbenkian.

 

O Jardim

Construído no final da década de 60, a partir do projeto dos arquitetos paisagistas António Viana Barreto e Gonçalo Ribeiro Telles, o Jardim Gulbenkian é um dos jardins mais emblemáticos do movimento moderno em Portugal, com uma utilização da vegetação que rompe com as práticas da época e celebra a paisagem portuguesa.

Fazer percursos por entre o arvoredo e as plantas, assistir a um concerto ao ar livre ou simplesmente descansar junto ao lago, observando as aves que o rodeiam, são possibilidades oferecidas pelo Jardim Gulbenkian que envolve todos os edifícios da Fundação.

Jardim
Jardim Gulbenkian ©Ricardo Oliveira Alves

Em Fevereiro de 1960 as três equipas de arquitetos convidadas, assessoradas por SirLeslie Martin e Franco Albini, entregaram as propostas para as instalações da Sede e do Museu da Fundação Calouste Gulbenkian.

 

 

 

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