A Fundação Gulbenkian quer contribuir para minimizar os baixos níveis de aprendizagem e de qualificação dos jovens nas áreas STEM, o baixo grau de autonomia e de liderança local das agendas de investigação e, a falta de oportunidades e de apoio para artistas emergentes nos PALOP.
Esta intervenção tem como objetivo mais amplo a afirmação da identidade, o fortalecimento do pensamento crítico e o desenvolvimento económico autónomo nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) – Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Abordagem
O enfoque nestas áreas resulta da experiência acumulada com as iniciativas e parcerias realizadas no último ciclo, do facto destes setores terem pouca atenção por parte dos governos nacionais e da comunidade internacional, bem como do reconhecimento, por stakeholders locais e internacionais, da mais-valia do papel impulsionador da Fundação.
Principais áreas de atuação
Educação em STEM
Fomentar o talento dos jovens e reforçar a oferta pós-graduada nas áreas STEM (ciências, tecnologia, engenharia e matemática), de forma a aumentar os seus níveis de aprendizagem e de qualificação nestas áreas, em particular na Matemática.
Apoiar iniciativas que estimulem o gosto, a capacidade e a vocação de investigar em Matemática, de jovens do ensino secundário e superior, e promover a realização de ciclos formativos pós-graduados, dando também continuidade aos iniciados no ciclo anterior.
Investigação em Ciências da Saúde
Reforçar a capacidade de investigação em ciências da saúde e capacitar recursos humanos para a investigação, tendo em conta o baixo grau de autonomia e de liderança local das agendas de investigação nesta área.
Apoiar projetos e atividades para a consolidação de carreiras de investigadores jovens dos PALOP e reforçar as parcerias entre hospitais e universidades e/ou centros de investigação. Disponibilizar cursos de formação de curta duração em competências transversais da investigação em saúde e promover formação pós-graduada, mediante concursos e/ou convites a instituições de ensino superior.
Apoio à internacionalização de artistas
Aumentar o reconhecimento internacional de artistas emergentes dos PALOP, aumentando as oportunidades e o apoio para integrarem as tendências globais das artes.
Apoiar a participação em residências artísticas nas artes visuais e na curadoria em Portugal, nos PALOP (através do apoio a instituições artísticas locais que promovam este tipo de residências) e extra PALOP. Apoiar a formação de artistas e curadores, através de masterclasses locais, com formadores internacionais, em áreas transversais que concorram para a qualificação dos artistas.