Em 2012, Rui Vilar, que finda o segundo mandato, é substituído por Artur Santos Silva; segue-se, em 2017, Isabel Mota, a primeira mulher a ocupar este cargo.
De salientar os diferentes projetos, em colaboração ou de iniciativa própria, levados a efeito, com o objetivo de interpelar a sociedade e, eventualmente, dar respostas em diversos domínios. Como exemplo, salientamos, no âmbito das crianças e jovens, o apoio à criação da Academia Ubuntu, projeto para o desenvolvimento de lideranças jovens de base comunitária; Opus Tutti: Práticas Artísticas na Criação de Raízes Sociais e Educativas, dirigido à primeira infância (0-3anos); projeto 10×10 que procura formas dinâmicas de cruzamento entre arte e ensino, nas áreas das ciências e Humanidades; iniciativa Hack For Good, encontro internacional de jovens para promoção de soluções tecnológicas para problemas sociais. A iniciativa Partis — agora denominada Partis & Art for Change em resultado da parceria com a Fundação “la Caixa” — afirmou-se como a maior iniciativa de promoção da inclusão através das práticas artísticas em Portugal.
Projeto Opus Tutti
Hack for Good
Na Galeria de Exposições Temporárias da Fundação
Nas Delegações do Reino Unido e em França, há que destacar as iniciativas Civic Role of the Arts Organizations e, mais recentemente, um projeto, em Paris, em parceria com a Fundação Rothschild, que iniciará experiências-piloto.
Na área da saúde, destacamos o projeto Cuidar de quem Cuida, em parceria com cinco municípios da Região de entre Douro e Minho; apoio a Unidades Domiciliárias de Cuidados Paliativos, em colaboração com diversas autarquias; relatório Um Futuro para a Saúde – todos temos um papel a desempenhar, lançado em 2013 e discutido na Assembleia da República em 2015; e o desafio Gulbenkian Stop Infeção Hospitalar.
No apoio aos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), de salientar a iniciativa “Mais Valia”, bolsa de voluntariado qualificado, de pessoas com idade superior a 55 anos para apoio ao desenvolvimento de projetos nos PALOP. Continuaram a ser distribuídas bolsas de estudo, nomeadamente em artes, música e ciências. Foi dada especial atenção ao apoio a uma educação de melhor qualidade em Matemática e à formação avançada para médicos e anestesistas guineenses.
Em 2010, os edifícios da Sede e do Museu, e o Jardim da Fundação são classificados como “Monumento Nacional”, primeira obra contemporânea s ser considerada património em Portugal.
Procede-se à publicação de Património Histórico de Origem Portuguesa no Mundo: Arquitetura e Urbanismo, com coordenação de José Matoso. Esta é uma obra digitalizada e em constante atualização, tendo sido também editada em 4 volumes.
Teve lugar um ciclo de Grandes Conferência, dedicado a temas mundiais.
António Damásio no Grande Auditório
Foram variadas e de grande qualidade as exposições que tiveram lugar na Fundação durante estes anos. A título de exemplo, Fernando Pessoa, Plural como o Universo, concebida pelo Museu da Língua Portuguesa e pela Fundação Roberto Marinho; As Idades do Mar; Sob o Signo de Amadeo. Um Século de Arte, para comemorar os 30 anos do CAM; 360º-Ciência Descoberta, que evidencia o caráter precursor de portugueses e espanhóis na ciência do sec. XVIII; Art on Display, que assinala os 50 anos do Museu Gulbenkian, entre outras.
Exposição Sob o Signo de Amadeo. Um século de Arte
Em Paris, no Grand Palais, em 2016, teve lugar a exposição Amadeo de Souza-Cardoso; na Delegação em França, Rui Chafes e Alberto Giacometti, Gris, Vide, Cris, em 2018.
Exposição “Amadeo de Souza-Cardoso“, Grand Palais, Paris
Criado, em 2012, o Prémio Calouste Gulbenkian é substituído, em 2019, pelo Prémio Gulbenkian para a Humanidade, no valor de 1 milhão de euros, que incide sobre questões relacionadas com as alterações climáticas.
Entre 2013 e 2014 procedeu-se à renovação do Grande Auditório, com projeto da Arquitecta Teresa Nunes da Ponte.
Em 2014 teve lugar o primeiro concerto participativo com a obra Carmina Burana, de Carl Orff, que deu ao público a oportunidade de participar na interpretação da obra juntamente coma Orquestra e o coro Gulbenkian.
Ensaio de “Carmina Burana”
Concerto participativo no Grande Auditório
Em 2019 várias iniciativas celebraram o 150º aniversário do nascimento de Calouste Sarkis Gulbenkian. Salientamos o lançamento da obra da autoria de Jonathan Conlin, O Homem mais Rico do Mundo. As muitas Vidas de Calouste Gulbenkian.
Em 2019, a Fundação vendeu a Partex Oil and Gas Corporation, opção de grande alcance, em tempos de transição energética e de sustentabilidade.
Em 2019 foi escolhido o Arquiteto japonês Kengo Kuma para a renovação do edifício do CAM, e o paisagista Vladimir Djurovic para o alargamento, a sul, do Jardim Gulbenkian.
Centro de Arte Moderna
A pala, desenhada por Kengo Kuma fará a transição entre o lado sul do Jardim Gulbenkian e o CAM (Centro de Arte Moderna)