Madalena de Azeredo Perdigão

1923, Figueira da Foz, Portugal – 1989, Lisboa, Portugal

Diretora do Serviço de Música da Fundação Calouste Gulbenkian (1960 – 1974); Presidente da Comissão Orientadora da Reforma do Conservatório Nacional (1971 – 1974); Diretora do Gabinete Coordenador do Ensino Artístico do Ministério da Educação (1978 – 1984); Diretora do Serviço ACARTE da Fundação Calouste Gulbenkian (1984 – 1989)

47 Exposições

Licenciou-se com distinção em Matemática na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, em 1944, chegando a exercer docência na área, que abandonou para se dedicar inteiramente ao estudo de Piano no Instituto de Música de Coimbra. Em 1948, terminou o curso avançado de Piano no Conservatório Nacional e recebeu uma bolsa do Instituto de Alta Cultura, que lhe permitiu vir a integrar a Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional. Abandonou o seu percurso na música devido a uma doença neurológica que lhe afetou a mão esquerda.
Em 1958, assumiu o cargo de direção do Serviço de Música da Fundação Calouste Gulbenkian, no qual permaneceu até 1974, altura em que apresentou a sua demissão. Durante este período, esteve envolvida em vários projetos, como na criação da Orquestra (1962), do Coro (1965) e da Companhia de Ballet (1965), no desenvolvimento de cursos de formação musical e também na criação de uma Comissão de Musicologia que se destinaria à edição de partituras, discos e livros. Foi também responsável pela publicação de uma coleção de obras de música portuguesa antiga intitulada «Portugaliae Musica».
De 1971 a 1974, presidiu à Comissão Orientadora da Reforma do Conservatório Nacional, e em 1978 foi convidada para dirigir o Gabinete do Coordenador do Ensino Artístico do Ministério da Educação. Aí permaneceu durante seis anos, como assessora, e estabeleceu nessa altura o Plano Nacional de Educação Artística.
Em 1983, apresentou a proposta de integração do Festival de Música da Gulbenkian na European Festivals Association, e, em 1984, regressou à Fundação para criar o Serviço de Animação, Criação Artística e Educação pela Arte (ACARTE), que marcou para sempre a história das artes performativas em Portugal, trazendo a Lisboa a vanguarda mundial da criação. O trabalho que desenvolveu, merecedor de várias distinções, foi crucial na dinamização do panorama da cultura musical e do espetáculo na cidade de Lisboa, e em particular na Fundação Calouste Gulbenkian.
Em 1987, foi eleita membro do Comité Européen d'Experts de Eurocriation, acabando por falecer dois anos mais tarde, aos 66 anos.


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Exposições

Gluck

Gluck

1970 / Sede Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa

Xenakis

Xenakis

1973 / Sede Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa

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