Exposição organizada pelo Serviço de Música da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), em parceria com a Bibliothèque Nationale de France, e inaugurada em 13 de maio de 1970 na Galeria de Exposições Temporárias (piso 01) da Sede da Fundação Calouste Gulbenkian, integrada no XIV Festival Gulbenkian de Música.

Uma exposição iconográfica e documental sobre o compositor alemão, na altura pouco divulgado em Portugal, Christoph Willibald Gluck (1714-1787), um músico de espírito independente, criativo e reformista, com um trabalho «ao serviço da revolução que quis imprimir à arte lírica» (Gluck, 1970, p. 5).

A mostra reuniu um conjunto de fotografias, retratos, partituras, manuscritos, gravuras e esquiços de cenários e figurinos relacionados com a vida do compositor e com a produção da sua obra de referência Iphigénie en Tauride (1774). Pretendeu-se, de acordo com as palavras do comissário da exposição, François Lesure, «com a ajuda de alguns documentos característicos, traçar o seu retrato, recriar o ambiente em que a sua reforma se desenvolveu e mostrar, através das metamorfoses, da encenação, como pôde continuar viva uma das suas obras-primas» (Ibid.).

No circuito expositivo, foi igualmente criado um núcleo documental, ilustrativo da amizade entre Christoph Willibald Gluck e o português João Carlos de Bragança (1719-1806), duque de Lafões, a quem o compositor dedicou a ópera Paride ed Elena (1770).

Isabel Falcão, 2018