Exposição organizada pelo Serviço de Música da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) e inaugurada em 17 de maio de 1969 no Salão Nobre do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), em Lisboa, integrada no XIII Festival Gulbenkian de Música. Tratou-se de uma exposição iconográfica e documental, de homenagem ao compositor português Francisco de Lacerda (1869-1934), no primeiro centenário do seu nascimento. A inauguração contou com a presença do ministro da Educação Nacional, José Hermano Saraiva.

Pretendeu-se com esta exposição homenagear «um compositor de rara grandeza […], um maestro de prestígio internacional e um incansável pesquisador e fomentador da cultura musical portuguesa», com o objetivo de «valorização e ressurgimento de uma figura que, pelo seu talento e pelo seu trabalho, prestou os maiores serviços à causa da música em Portugal e no estrangeiro» (Francisco de Lacerda. Exposição Comemorativa…, 1969).

A mostra, comissariada pelo maestro e compositor Filipe de Sousa, reuniu um conjunto de objetos pessoais do compositor, expostos em vitrinas, a par de fotografias, livros, partituras, manuscritos, seleção de periódicos com entrevistas a Francisco de Lacerda, cartazes e programas, distribuídos em painéis e dispostos no Salão Nobre do TNSC.

O catálogo da exposição inclui uma detalhada cronologia biográfica da autoria do escritor Vitorino Nemésio, que proferiu igualmente uma conferência sobre Francisco de Lacerda, presumivelmente no dia da inauguração da exposição – data que não foi, contudo, possível confirmar.

Isabel Falcão, 2018