A arte de jogar futsal

“Criativo, inovador, fora da caixa e um bocado excêntrico”: eis como Isis Joaquim descreve o projeto Viral, no qual é participante. Dirigido aos jovens entre os 16 e os 29 anos residentes em bairros sociais da freguesia de Campanhã, no Porto, o projeto trabalha com pessoas em situação NEET (Not in Education, Employment or Trainning) através de oficinas artísticas e cocriação de espetáculos/eventos públicos.
“Temos feito um trabalho de perceber que relação é que eles têm com o futsal, e de aproximar diferentes técnicas artísticas, sempre em torno da ideia de futsal”, explica Paulo Mota, diretor artístico do projeto. É a junção da técnica do futsal com o caráter moldável e abstrato das artes, que “vai dar uma cena diferente”, de acordo com o monitor José Medina, e que “leva uma troca bidirecional de conhecimentos, que nos interessava muito mais do que dar umas aulas e debitar ferramentas”.
Para a participante Daniela Ramos, jogar futsal “é uma arte”. Descrevendo-se como “uma pessoa que às vezes duvida das suas capacidades”, a sua participação no projeto fê-la sentir-se “muito concretizada”. A responsável pela direção social do projeto, Susana Lages, nota também como os participantes estão “muito mais à vontade e muito mais espontâneos e seguros”.