Norberto Lobo / Friedman & Pais

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Anfiteatro ao Ar Livre

Jardim Gulbenkian

Concerto sem intervalo

Norberto Lobo

Um dos mais acarinhados músicos aparecidos neste país ao longo das últimas duas décadas, Norberto Lobo é – primordialmente – um guitarrista cujo trabalho tem vindo a revelar uma minúcia, sentido de descoberta e criatividade inesgotáveis ao longo de diversos álbuns e inúmeras aparições ao vivo. De discos como Pata Lenta ou Muxama que povoam já o nosso imaginário coletivo a um sentido de risco que o leva a experimentar caminhos com banda – como no mais recente Estrela – ou em colaborações como Montanhas Azuis, com Bruno Pernadas e Marco Franco. Riqueza.

Assente tanto no fingerpicking da tradição americana de nomes como John Fahey ou Robbie Basho, como na pureza melódica de Carlos Paredes, na liberdade harmónica do jazz ou na hipnose da ragga e outras músicas de elevação, a música de Norberto Lobo é hoje algo muito seu, sempre fascinante e em busca de novas formas. Presenciá-lo a solo é sempre um acontecimento especial, um vislumbre das suas criações em tempo real. Aqui a cruzar clássicos do passado com projeções do futuro.

 

Friedman & Pais

Encontro mágico do baterista e percussionista João Pais Filipe com o mestre da electrónica Burnt Friedman. Senhor de uma discografia imensa e influente através de projetos como Drome, Nonplace Urban Field, Flanger ou Nice Horses, Friedman acumula já quatro décadas de descoberta constante, contribuindo para muitos avanços em torno da electrónica cruzando-a com as linguagens do dub, do jazz ou do ambientalismo. Nos últimos anos tem-se dedicado particularmente à entidade Secret Rhythms onde conjura um cruzamento entre o orgânico e electrónico em torno da percussão. É nesse mesmo comprimento de onda que se apresenta este duo, onde a sapiência de Friedman ganha nova vida através das polirritmias únicas de João Pais Filipe, músico sediado no Porto, cuja intensa actividade passa por colaborações com músicos como Z’EV, Rafael Toral e estadia em bandas como HHY & The Macumbas ou Paisel.


Norberto Lobo Um dos mais justamente acarinhados e reverenciados músicos que apareceram no burgo, Lobo tem vindo a desenhar com uma minúcia, sede e fascínio únicos um importantíssimo trajeto à guitarra desde que se estreou em nome próprio com ‘Mudar de Bina’ em 2007. Desse primeiro registo onde se delineavam vignettes de recorte melódico puro rendilhadas na americana e no fingerpicking de heróis como John Fahey, Robbie Basho ou Jack Rose com encarnação devida do espírito do enorme Carlos Paredes – desde logo patente no título -, foi explorando contínua e apaixonadamente novos caminhos ao longo de uma duradoura relação com a Mbari em três álbuns como que a evocar desígnios para os expelir numa voz só sua.

Com colaborações mais ou menos perenes em projetos como Montanhas Azuis, Tigrala, Denki Udon e com particular pertinência com João Lobo em Oba Loba, a espelharem de forma mais do que digna essa mesma inquietude face à estagnação de formas e conteúdos, Lobo chega com os magistrais e reveladores ‘Fornalha’, ‘Muxama’ e ‘Estrela’ pela suiça three:four records a um novo patamar de elevação, onde a sua lírica se imiscui por entre o mantra, o abismo e o absoluto para se dotar de uma linguagem profundamente sua, mas constantemente aberta, onde harmonia e textura se confundem naquele dedilhar.

João Pais Filipe (n. 1980) é um baterista/percussionista e escultor sonoro do Porto. O seu percurso enquanto músico é caracterizado pela abordagem a uma grande amplitude de estilos e linguagens, em bandas como os Sektor 304, Friedman & Pais, HHY&The Macumbas, Unzen Pilot, Paisiel, Montanha Magnética, Talea Jacta, Two White Monsters Around a Round Table, Space Quartet, CZN, ao mesmo tempo que mantém uma atividade regular no universo da música improvisada, tendo participado em inúmeros projetos ao lado de nomes como os de Burnt Friedman, Steve Hubback, Fritz Hauser, Evan Parker, Marcello Magliocchi, Z'EV, Carlos “Zíngaro” and Rafael Toral. João Pais Filipe desenvolve, complementarmente ao seu trajeto como músico, um trabalho de construção de gongos, pratos e outros instrumentos percussivos de metal, através do qual explora tanto as propriedades acústicas destes objetos como a sua potencial dimensão escultórica e imagética.

Burnt Friedman é um dos mais reputados músicos da eletrónica alemã, com uma carreira que se estende quase ao longo de 40 anos.

Nasceu em Coburgo, na Alemanha, em 1965 e vive em Berlim desde 2009. Embora tenha começado por estudar Artes em Kassel, no Norte da Alemanha, Burnt passou a dedicar-se exclusivamente à música a partir do final da década de 80. Frequentou a Academy of Media Arts, em Colónia, em regime de pós-graduação e começou a editar os seus trabalhos musicais e as suas produções em estúdio no ano de 1979. Começou também a tocar ao vivo por volta da mesma altura, ganhando algum destaque na cena da música eletrónica em Colónia. Mais tarde, ao longo dos anos 90, encetou colaborações notáveis em projetos com nomes como Jaki Liebezeit, Hayden Chisholm, Root70, Mark Ernestus, Steve Jansen e David Sylvian, mas também com as bandas Atom™ and Flanger.

No ano 2000, Friedman começou a sua própria editora – Nonplace – que já lançou 35 álbuns até à data. A solo, sob o nome de Burnt Friedman, procurou abordar o preconceito que as pessoas tinham em relação à autenticidade da música programática.

A sua parceria em estúdio e em palco com Jaki Liebezeit, antigo baterista dos CAN (e recentemente votado para o Top 5 dos bateristas de música alternativa da revista SPIN, nos Estados Unidos) leva já 13 anos; juntos, os dois músicos desenvolveram um trabalho pioneiro na música eletrónica-acústica durante todo este período. Através da força da sua prática e do vocabulário musical universal, distanciaram-se conscientemente das fórmulas tradicionais da música europeia ocidental e anglo-americana. Os seus álbuns devem ser vistos como fases intermédias num processo contínuo.

O trabalho de Burnt Friedman tem sido aclamado pela crítica internacional e pela imprensa musical – das revistas The Wire, Mixmag e Uncut no Reino Unido até à Exclaim magazine no Canadá, passando pela All Music Guide e a Big Shot magazine nos Estados Unidos. A Transmission, no Reino Unido, descreveu o seu álbum mais recente com Jaki Liebezeit como “destinado a ter o sucesso de um álbum de culto” e a The Arts Desk fez dele álbum da semana.

Lançará um novo álbum no outono e fará uma tour em África em parceria com o Goethe Institut.


JARDIM DE VERÃO

Num ano em que o Jardim Gulbenkian é, mais do que nunca, um lugar de liberdade, e num tempo marcado pelos desafios à fruição artística, o Jardim de Verão apresenta-se com uma programação transdisciplinar e verdadeiramente eclética, a cargo da ZDB (Galeria Zé dos Bois).

Pensado para “salvaguardar um espaço inclusivo, mantendo uma atenção particular ao usufruto individual”, o programa parte das qualidades do Jardim para explorar vários caminhos que passam pela instalação, pela performance e pela música.

 

Conheça a programação

 

 

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A Fundação Calouste Gulbenkian adotou as orientações da Direção-Geral de Saúde para prevenir a transmissão da Covid-19 em equipamentos culturais. Os espectadores são sentados com dois lugares de intervalo, sendo obrigatório o uso de máscara durante os espetáculos. Foram também implementadas normas rigorosas de higienização dos espaços. Conheça em detalhe todas as condições de acesso.

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