A outra face do homem: uma leitura das cartas de Amílcar Cabral
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Auditório 2 Fundação Calouste GulbenkianNo ano em que se celebram o centenário de Amílcar Cabral e os 50 anos do 25 de Abril, as cartas escritas, entre 1946 e 1960, pelo histórico líder das independências de Cabo Verde e Guiné-Bissau, Amílcar Cabral, à sua mulher, Maria Helena – compiladas e organizadas em livro pela sua filha, Iva Cabral, juntamente com os editores Márcia Souto e Filinto Elísio –, inspiram uma performance literária encenada por Nádia Yracema, Joãozinho da Costa, Ana Valentim e Matamba Joaquim.
Estas cartas, testemunho de um amor resiliente, espelham os contornos de uma era revolucionária e os desafios da utopia pan-africanista, permitindo-nos explorar a face menos conhecida do homem por detrás do mito. E que homem encontramos? Um homem com medos e desejos, dúvidas e certezas, que ama, sofre e sonha, que luta, resiste e vence. Um homem que pertence a todos os filhos de África e da liberdade.
Jardim de Verão 2024
Este evento faz parte do Jardim de Verão 2024, um festival de entrada livre com concertos, DJ sets, conversas, filmes e workshops. Saber mais
Oradores
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Ana Valentim
Iniciou a sua formação como atriz com o Curso Profissional de Artes do Espetáculo e Interpretação da Escola Secundária Gil Vicente. Em 2012 entra na Escola Superior de Teatro e Cinema, concluindo a licenciatura de Teatro, ramo de atores. Estagiou no Espaço Teatroesfera, orientada por Paula Sousa. Na área do teatro, colaborou com Ricardo Neves-Neves, Mário Coelho, José Peixoto, Zia Soares, Aldara Bizarro, Sónia Baptista, Sandra Faleiro, Aurora Negra, Daniel Gorjão, Teresa Coutinho. Em cinema, trabalhou com Pedro Cabeleira, Alice dos Reis, João Nuno Pinto e Patricia Sequeira.
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Filinto Elísio
É escritor e editor na Rosa de Porcelana. Trabalhou nas áreas do ensino, aconselhamento cultural e político e edição em Cabo Verde, nos Estados Unidos e em Portugal. É autor de várias obras – entre poesia, prosa e ensaio –, e colunista de jornais em Cabo Verde e Portugal. É membro-fundador da Academia Cabo-verdiana de Letras e da Amílcar Cabral – Martin Luther King Jr. Annual Conference, bem como membro-correspondente de três Academias de Letras no Brasil. É o criador do Festival de Literatura-Mundo do Sal e do Colóquio Centenário Amílcar Cabral.
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Joãozinho da Costa
Nasceu em Cacheu, Guiné-Bissau. É ator, performer, encenador e artista visual, bem como estudante universitário na Faculdade de Arquitetura de Lisboa. Realizou exposições como Código e Quarentena. As suas obras, como Atos Isolados, Fidju di Tchon e Duas Peças de Xadrez, mostram a sua versatilidade. Participou em projetos premiados, como «Memória (Calling Cabral)» e «Anda, Diana». É conhecido por valorizar as histórias das comunidades que representa, tornando-se uma figura importante no diálogo intercultural e na promoção da diversidade artística.
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Márcia Souto
É professora e editora. Trabalhou no Brasil, em Cabo Verde e em Portugal, como professora, diretora dos serviços de edição e bibliotecas da Universidade de Cabo Verde e editora-responsável da Rosa de Porcelana. Autora de Fenestra e coordenadora/editora dos livros Cartas de Amílcar Cabral a Maria Helena: a outra face do Homem, Claridosidade: Edição Crítica, Itinerários de Amílcar Cabral e Cartas de Amílcar Cabral a Ana Maria: entre mim e ti aconteceu Amor. É organizadora do Festival de Literatura-Mundo do Sal e do Colóquio Centenário Amílcar Cabral.
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Matamba Joaquim
É membro fundador do Teatro Griot, onde trabalhou, como ator, com diversos encenadores, e membro permanente da Academia Portuguesa de Cinema. Trabalhou em televisão e em diversas longas e curtas-metragens, tendo sido nomeado para os Prémios Sophia 2024 como melhor ator coadjuvante em Pátria, de Bruno Gascon. Em 2018, foi distinguido com o prémio Novo Talento de Cinema da Fundação GDA pelo desempenho no filme Comboio de Sal e Açúcar, candidato moçambicano aos Óscares. É argumentista das séries Café Kwanza e Contos de Natal. Publicou dois livros.
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Nádia Yracema
Nasceu em Luanda, Angola, e iniciou a sua formação e atividade no teatro universitário. Frequentou a licenciatura de Direito na Universidade de Coimbra. Ingressou, em 2012, na Escola Superior de Teatro e Cinema. Tem trabalhado como atriz, encenadora e curadora, em colaboração com artistas nacionais e internacionais. Participa ativamente em vários organizações sociais que promovem o trabalho colaborativo nas áreas do cinema, teatro e performance. É membro fundador da UNA – União Negra das Artes. Juntamente com Cleo Diára e Isabél Zuaa, cocriou o projeto Aurora Negra e o festival Kilombo.
A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.