Curtas da casa
Ciclo de cinema Africanidades e Suas Paisagens Humanas
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- / Cancelado / Esgotado
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Anfiteatro ao Ar Livre Jardim GulbenkianA primeira sessão deste ciclo reúne produções locais, realizadas nos últimos cinco anos, que mostram a diversidade do cinema negro realizado em Portugal. Os cinco filmes desta sessão revelam imagens que foram sistematicamente invisibilizadas por produções mainstream, devido à reiteração de interpretações racistas sobre a humanidade das sociedades oriundas de países que foram colonizados.
Esta série de obras consegue romper com esta tradição e mostra, finalmente, as imagens a um público pouco habituado ao cinema produzido por pessoas que questionam as narrativas oficiais sobre a colonização.
A sessão será apresentada por Vânia Luz, com moderação de Maíra Zenun.
O ciclo de cinema Africanidades e Suas Paisagens Humanas traz ao Jardim de Verão uma seleção de nove filmes de ficção, documentário e experimental, entre curtas e longas-metragens, apresentando ao público um relevante panorama do que tem sido produzido recentemente.
Trata-se de um conjunto de obras de uma produção que floresceu com os race pictures nos Estados Unidos e com as Lutas pelas Independências em África, entre os anos 1950 e 1970, e não parou de crescer e de se aprimorar, sempre focada no pensamento e no olhar de pessoas negras sobre o mundo em que vivemos.
Neste verão de 2024, ano em que se celebram datas tão importantes quanto os 50 anos do 25 de Abril e os 100 anos do nascimento de Amílcar Cabral, vamos a descobrir essas histórias, ouvir as suas versões do tempo e deixarmo-nos levar pelas poéticas que compõem esta cinematografia negra, cada vez mais interessante, plural, pujante e potente.
Este ciclo vem, pois, tornar visível o que já não se pode mais ocultar: que a Europa é diversa, composta por pessoas de várias culturas, credos e origens, pessoas que, diariamente, compõe os alicerces e os pilares da nossa sociedade.
Imagem: Still do filme Fruto do Vosso Ventre, de Fábio Silva
Jardim de Verão 2024
Este evento faz parte do Jardim de Verão 2024, um festival de entrada livre com concertos, DJ sets, conversas, filmes e workshops. Saber mais
Biografias
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David J. Amado
É coreógrafo e realizador. Formou-se em Música na Columbia University, Nova Iorque. O seu trabalho situa-se na interseção das belas-artes, o intelectual queer e o gueto. Com uma herança multicultural e uma carreira que abrange três continentes, aborda a coreografia, o cinema e a moda com uma mentalidade diferenciada e inclusiva, onde o público tem a oportunidade de expandir as suas conceções no que toca à versatilidade do corpo negro, bem como à do ballet. Os seus filmes foram apresentados em vários festivais de cinema.
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Diogo «Gazella» Carvalho
Nasceu em Lisboa, cidade que o expulsa, e à família, para um subúrbio, a Linha de Sintra. A vida artística de Diogo começou cedo, mas só em França é que encontrou a sua visão artística e maneira de pensar. Nunca esquecendo de onde cresceu, mergulha de cabeça em projetos sentidos e profundos, Nas áreas do cinema à pintura, do teatro à fotografia. Sempre com um olhar ativista e usando a arte como arma. Já em Portugal, em 2018, cofundou o coletivo artístico Unidigrazz, trazendo frescura ao circuito cultural português.
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Fábio Silva
Fez o mestrado em Cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema. Em 2018 correalizou o seu primeiro filme, Hip to da Hop. Realizou as curta-metragens A Morte de Isaac e Fruto do Vosso Ventre, ambas selecionadas em vários festivais nacionais e internacionais. Atualmente está a trabalhar na sua próxima longa-metragem documental intitulada de As Tuas Costas Ainda Ardem.
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Luan Okun
Trans não-binário, nascido no interior de Minas Gerais, começou os seus estudos artísticos no ano de 2010. Em 2014, fez o curso de Teatro na Universidade Federal de Uberlândia, Brasil, onde deu início a produções artísticas e performáticas. Em 2020, contribuiu com a materialização da Casa T Lisboa e participou em várias iniciativas, dentre elas o seu projeto individual de performance O jeito que o Corpo dá. Atualmente a viver em Lisboa, tem utilizado a corpovivência como a principal ferramenta para o fazer artístico.
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Maíra Zenun
Multi-artista imigrante, mãe e socióloga, poeta brasileira em trânsito. Nasceu no Rio de Janeiro, foi criada em Petrópolis, cresceu entre Goiás e Brasília, e hoje vive na Linha de Sintra, em Portugal. Cocriadora da Associação Cultural Nêga Filmes, desenvolve projetos transdisciplinares em artes visuais, cinema, curadoria, educação, fotografia, poesia e performance. Desde 2016, tem coordenado e feito a curadoria de diversos ciclos e mostras de cinema, como a Mostra Internacional de Cinema na Cova – África e suas Diásporas.
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Petra.Preta | Sara Fonseca da Graça
Artista transdisciplinar, é licenciada em Teatro – ramo de atores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Através da fusão de práticas artísticas, navega por espaços liminares entre a ficção e a biografia, procurando mapear processos de cura. Com uma obra composta por ilustrações, pinturas e textos que dão origem a livros, instalações e performances, o cruzamento disciplinar serve como reflexo das interseccionalidades que atravessam a sua experiência e como veículo para transformar linguagens e criar imaginários seguros.
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Vânia Luz
Atriz cabo-verdiana, licenciada em Direito. Em Cabo Verde, fez parte da Companhia Audiovisual Tal & Qual e participou como atriz em diversos espetáculos, formações nos domínios do teatro, dança e música. Partiu para Lisboa em 2019, para frequentar o mestrado em Teatro, com especialização em Teatro e Comunidade, na Escola Superior de Teatro e Cinema. Com mais de 9 anos de experiência quer a nível de teatro, dança e música, é atualmente estudante de produção cultural no Instituto de Produção Cultural e Imagem.
Programa
Manchê Bom (2021)
*Uma nota para lembrar que o descanso é também uma medida de liberdade.
Duração: 11'51''
Cu.r.andeiro (2023)
Duração: 11'06''
Fruto do Vosso Ventre (2021)
Duração: 19'55''
Velveteen (2022)
Duração: 32'
Nha Fidju (2023)
Duração: 5'
Ficha técnica
Manchê Bom
Produção, performance, texto e pintura: Petra.Preta
Fotografia: Saint. / Jaylson da Graça
Montagem: Nêga Filmes
Paisagem sonora: Petra.Preta e Maíra Zenun
Edição de som: Sara Morais
Graffiti: autores desconhecidos
Coprodução: Teatro do Bairro Alto
Agradecimentos: Lisa Monteiro e Fernando da Graça, Diogo Simões, João Reis Moreira, Maíra Zenun, Vera Marques, toda a gente do Hangar (Centro de Investigação Artística) e O Camões Preto
Este trabalho faz parte do projeto Primeiro Rascunho/TBA.
Cu.r. andeiro
Conceção e produção: Luan Okun
Performers: Luan Okun e Joni Ricos
Arte 3D: YunaTurva
Arte Digital: Bruno Marcitelli
Imagens: Maíra Zenun e Luísa Melo
Montagem: Nêga Filmes
Edição de som: Gustavo Juventino
Agradecimentos: Projeto VISTO PERMANENTE, Associação Casa T Lisboa, Grupo EducaR Grupo, Marcos Aganju, Maíra Zenun, Luísa Melo, Kopal, Gustavo Juventino, Bruno Marcitelli, Bruxa da Raba, Fayska
Vídeo performance criado para o Projeto Fricções: Palcos da Dança, SESC PINHEIROS.
Fruto do Vosso Ventre
Assistente de realização: João Pedro Soares
Imagem e edição: Fábio Silva
Edição de som: André de Almeida
Cartaz: José Leal
Legendagem: Lily Chadwick
Elenco: Cesaltina Tavares Silva e Fábio Silva
Velveteen
Produção executiva e coreografia: David J. Amado
Música: Xu Lopes
Cinematografia: Wilson Sanches
Texto: Apolo de Carvalho, Jahshua, David J. Amado
Elenco: Lucas Jetzt, Augusto Amado, Marcus Deziderio, Gerson, Lukanu Mpasi, Igor Silva
Com o apoio de: Ministério da Cultura de Portugal, Jazzy Dance Studios, Alkantara
Nha Fidju
Argumento, edição, banda Sonora: Diogo «Gazella» Carvalho
Elenco: José, Pedro Henriques, Cátia Ramos Semedo
A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.