Cinemas e Independência I

Ciclo de Cinema ao ar livre com a curadoria de Olivier Hadouchi

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Qual é a herança, o alcance e o significado das independências africanas – por vezes adquiridas após lutas particularmente violentas e difíceis – para os descendentes de africanos, filhos de impérios desfeitos que vivem na Europa ou em África e mantêm relações com os dois continentes? Mesmo quando surgem indiretamente, as convulsões das guerras pela independência africana alimentam as obras de artistas nascidos várias décadas depois.


FILMES

Article 15 bis (2000)
Balufu Bakupa-Kanyinda / França – RD Congo / 15 min

Numa cidade africana, sob o sol escaldante da tarde e invadido por uma necessidade urgente, um homem alivia-se contra uma parede onde se lê “Proibido urinar”. Uns metros adiante, três soldados vigiam a casa de um general.

Com Michel Gohou, Michel Bohiri, Maïga Sedatif de Samba, Phil Azoumé e Bamba Bakary
Argumento e realização Balufu Bakupa-Kanyinda
Direção de Fotografia Jean-Michel Humeau
Som N’Diagne Adéchoubou
Montagem Didier Ranz
Produção Akangbé Productions, Dipanda Yo!, Cekam Productions
Distribuição BAKUPA KANYINDA & Associés SARL

 

Dansons (2003)
Zoulikha Bouabdellah / Argélia – França / 5 min

A história do colonialismo e do pós-colonialismo, apresentada de forma condensada e irónica pelos olhos de uma jovem argelina a viver em França. Um filme provocador – desafia a Marseillaise (hino francês), o “bleu, blanc, rouge” (as cores da bandeira francesa) – que se aventura por um presente marcado pelo exotismo e o racismo.

 

La Parade de Taos (2010)
Nazim Djemaï / França / 20 min

Taos, uma jovem e bela mulher, encontra-se regularmente com um homem no jardim zoológico de Argel. O casal de amantes sente-se desconfortável perante o olhar hostil dos transeuntes e apenas encontra intimidade escondendo-se no meio da vegetação. Até ao dia que Taos espera, em vão, a chegada do seu amante…

Com Amal Kateb, Fatiha Benmoussa, Farah Cheikh, Mohamed Dif Rafik, Merouane Mansouri
Argumento Nazim Djemaï, Messaoud Djemaï
Montagem Anne-Catherine Mailles
Captação de som Matthieu Perrot
Mistura de som Antoine Bailly
Produção Matthieu Lebègue
Produção executiva Thierry Lounas
Distribuição Capricci Films

 

Matongé (2015)
Amadej Peta, Anatole Mandroyan, Elise Ooms, Holly Ash, Luka Cvetko, Nuno Cristino Ribeiro / Bélgica / 13 min

Em pleno bairro de Ixelles, no centro de Bruxelas, Matongé é um território com cheiros, cores e sonoridades que nos remetem para Kinshasa. Na extraordinária galeria comercial, há uma personalidade que se destaca. O nome dela é Jacqueline Diependaele, mas todos a conhecem por Madame Chapeau.

Argumento e realização / Fotografia / Montagem / Som e edição de som Amadej Petan, Anatole Mandroyan, Elise Ooms, Holly Ash, Luka Cvetko & Nuno Cristino Ribeiro.
Produção executiva Louise Labib
Produção Centre Video de Bruxelles – Michel Steyaert
Co-produção YEFF (Young European Film Forum)
Com o apoio de Erasmus Plus, Féderation Wallonie Bruxelles, e Brussels Info Place

 

Barbés (2019)
Randa Maroufi / França / 6 min

Mulheres “invasoras” ocupam as ruas para uma encenação. Representam os gestos e posturas dos homens, nesse lugar: jogam às cartas ou assistem a um jogo de futebol, indiferentes à passagem do tempo. Ocupam os terraços, exibindo-se na estranheza de um espaço público de exclusão: o do género.

Realização Randa Maroufi
Direção de fotografia
 Guillaume Brault
Som Florence Baruch
Assistentes de realização Lucie Maxin, Mya-Sahara Azzeg
Montagem Randa Maroufi
Cor Camille Berthelin
Da série Les Intruses
Trabalho produzido pelo Institut des Cultures d’Islam com o apoio de Emerige Mécénat – Projeto vencedor do Embellir Paris.

 

Bab Sebta (2019)
Randa Maroufi / França – Marrocos / 19 min

Bab Sebta recria uma série de situações observadas na fronteira de Ceuta, enclave espanhol em solo marroquino onde milhares de pessoas trabalham, todos os dias, em atividades comerciais. Uma coreografia em três atos à volta do quotidiano e da tensão vivida neste ponto de passagem entre dois continentes.

Realização Randa Maroufi
Informação técnica Color,1.90, Digital 5.1 
Edição 5 + 2 A.P
Produção Barney Production & Montfleuri Production
Com o apoio de Arab Fund for Arts and Culture (LBN) La Fondation des Artistes (FR), Doha Film Institute (QAT), CNC (FR), Kamel Lazaar Foundation (TUN), Casa de Velazquez (FR), Le Fresnoy (FR)

 

Karingana – Os mortos não contam estórias (2020)
Inadelso Cossa / Moçambique / 10 min

Após 30 anos num exílio de morte e esquecimento, Nkomba Yengo regressa à sua aldeia natal para ouvir as histórias fantásticas do velho Yamba. Ao encontrá-lo surdo-mudo, depois de uma Guerra Civil que deixou a aldeia amnésica e traumatizada, Nkomba percebe que não há mais ninguém para lhe contar estórias, exceto o cinema.

 

Face au silence (2002–2014)
Mounir Fatmi / França – Marrocos / 12 min

Criado em 2002, Face au silence evoca uma parte sombria da história de Marrocos, combinando imagens de arquivo e filmagens do próprio realizador no local parisiense onde Ben Sarka, carismático político de oposição marroquino, foi raptado, em 1965, e não mais voltou.

Produção Studio Fatmi
Distribuição Heure Exquise


Jardim de Verão: Ciclo de Cinema

Este ciclo de cinema ao ar livre realiza-se em 6 sessões no âmbito da exposição Europa Oxalá e está integrado na programação do Jardim de Verão 2022.

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A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.

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