Obras de arte em grandes exposições internacionais
A exposição que o Museu Victoria & Albert, de Londres vai apresentar a partir do dia 9 de novembro, intitulada The Great Mughals: Art, Architecture and Opulence, que celebra e a cultura e a extraordinária produção criativa da Idade de Ouro da Corte Mogol, abre com uma das joias do Museu Gulbenkian, o Jarro de jade. Esta peça, considerada uma das mais célebres do período timúrida (1417-1449), reveste-se de um grande simbolismo, já que o jade, originário das montanhas a oriente de Samarcanda, hoje província chinesa de Xianjian, era considerada uma pedra nobre com poderes mágicos tanto no Médio como no Extremo-Oriente. Esta exposição abarca os reinados dos imperadores mogóis mais famosos: Akbar, Jahangir e Shah Jahan e pode ser vista até dia 5 de maio de 2025.
Por seu lado, também em novembro, o Museu Guggenheim de Nova Iorque vai inaugurar a exposição Harmonia e Dissonância: Orfismo em Paris, 1910-1930, com duas obras importantes de Amadeo de Souza-Cardoso da Coleção do Centro de Arte Moderna Gulbenkian, a saber, Estudo B, de 1913, e uma pintura datada do mesmo ano com título desconhecido. Estas duas obras juntam-se a trabalhos de artistas como Sonia e Robert Delaunay, Marcel Duchamp, Francis Picabia e Eduardo Viana, todos eles intérpretes desta vibrante corrente artística surgida no início da década de 1910 e que investigou as possibilidades transformadoras da cor, da forma e do movimento, numa altura em que as inovações da vida moderna alteravam as conceções de tempo e espaço. A mostra abre ao público no próximo dia 8 de novembro, ficando patente até dia 9 de março de 2025.
Além destas obras, várias outras peças de arte do Museu Gulbenkian e do CAM encontram-se atualmente em diversos museus da Europa e dos Estados Unidos. Cinco obras de Paula Rego do acervo do CAM, entre elas, a pintura Anjo, recentemente adquirida pela Fundação Gulbenkian, estão expostas na exposição Power Games, promovida pelo Kunstmuseum Basel. Esta mostra, totalmente dedicada a Paula Rego, pode ser vista no Museu suíço até 2 de fevereiro de 2025. Também a National Gallery – Alexandros Soutsos Museum, de Atenas acolhe, por empréstimo, quatro obras do CAM, entre as quais uma pintura de Paula Rego, na exposição Democracy, que vai decorrer até 31 de janeiro de 2025.
Num âmbito mais institucional, o Museo Reina Sofia de Madrid apresenta, até dia 7 de janeiro de 2025, como Obra Convidada, no quadro da Programação Portugal Espanha: 50 anos de Cultura e Democracia, a pintura Auto-Retrato num Grupo de José de Almada Negreiros, pertencente à coleção do CAM.
A exposição que a Fundação Gulbenkian apresenta na Sala de Exposições Temporárias Principal da Sede, Veneza em Festa. De Canaletto a Guardi, realizada em parceria com o Museu Thyssen-Bornemisza será apresentada em Madrid em 2025 com obras do Museu Gulbenkian. Nos próximos anos, o Museo Thyssen-Bornemisza vai também receber, por empréstimo, outras duas obras do Museu Gulbenkian, Três Estudos da Cabeça de uma Jovem, de Antoine Watteau, para integrar a exposição Marcel Proust and the Arts, em 2025, e Leitura de Fantin-Latour, para figurar na exposição Vilhelm Hammershøi. The Eye that Listens, em 2026.
Também o Museu do Louvre irá acolher duas peças de vidro mameluco do Museu Gulbenkian, para integrar a exposição Mamluks: a connected Orient (título provisório), que se realizará entre 30 de abril e 28 de julho de 2025.
Finalmente, a Peggy Guggenheim Collection de Veneza e o Guggenheim Museum Bilbao solicitaram o empréstimo de cinco obras da coleção do CAM para as exposições Maria Helena Vieira da Silva: Anatomy of Space, que vai decorrer de 12 de abril a 15 de setembro de 2025, em Veneza, e de 17 de outubro de 2025 a 22 de fevereiro de 2026, em Bilbau.