Histórias de uma Coleção
Arte Moderna e Contemporânea do CAM
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Data
- sáb,
- Encerra à Tuesday
Local
Galeria Principal Fundação Calouste GulbenkianNo sábado, dia 9 de setembro, a exposição encerra excecionalmente mais cedo, às 20:00.
Preço
50% – menores de 30 anos
15% – maiores de 65 anos
Entrada gratuita – domingos a partir das 14:00 / Estudantes aos sábados a partir das 18:00
No ano em que se comemora o 40.º aniversário do Centro de Arte Moderna (CAM), esta exposição revela-se uma oportunidade para revisitar algumas das obras mais marcantes da Coleção do CAM, adquiridas desde o final da década de 1950 pela Fundação Gulbenkian, mas também ficar a conhecer obras menos vistas, ou inéditas, para o público.
A Fundação Calouste Gulbenkian comprou as primeiras obras de arte moderna no final dos anos de 1950 com o objetivo de integrarem exposições temporárias itinerantes organizadas pela instituição. Adquiriu também obras aos seus bolseiros, no âmbito do apoio aos artistas concretizado logo após a sua criação, em 1956. O que viria a ser a Coleção do CAM foi ganhando forma, contando atualmente com aproximadamente 12 mil obras.
Durante os anos de 1960, a aquisição dos primeiros conjuntos de obras contou, desde logo, com artistas que viriam a ser incontornáveis no panorama artístico nacional e internacional, como Amadeo de Souza-Cardoso, José de Almada Negreiros e Maria Helena Vieira da Silva. As obras de arte britânica foram, em grande parte, adquiridas entre 1960 e 1965 e reúnem nomes tão relevantes como David Hockney e Bridget Riley.
A vontade de construir um espaço que albergasse a coleção de arte moderna que então se formava, e que já agrupava um número significativo de artistas nacionais e internacionais, é oficializada em 1979. O Centro de Arte Moderna inauguraria a 20 de julho de 1983, contando com um programa inovador que vinha colmatar a inexistência de um museu em Portugal dedicado à difusão da arte do século XX.
A partir daí, o crescimento da Coleção foi exponencial e conduziu à aquisição de obras de uma grande diversidade de artistas, meios e suportes. Construída ao longo de mais de 60 anos, a Coleção do CAM é o resultado de encontros, aproximações, ruturas, relações estéticas e, nessa medida, apresenta linguagens artísticas diferenciadas.
Com uma apresentação inovadora, Histórias de uma Coleção pretende integrar um espectro de obras que abrange diferentes épocas, geografias e dinâmicas artísticas, através de novas narrativas e interpretações. Serão assinalados momentos-chave que exploram a constituição da Coleção do CAM, acompanhados de um catálogo, com ensaios inéditos das curadoras da exposição, entre outros, além de uma programação paralela à exposição que procurará abrir espaço de reflexão sobre o que representa a Coleção do CAM e sobre modelos de colecionismo, para que o público se aproxime cada vez mais das obras da Coleção e das histórias que têm para contar.
Explore as obrasTemas
O Início
«É indispensável inaugurá-lo»
Depois das Belas-Artes
Permanentes e temporárias
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Primeiras aquisições
Década de 1960
Estas sete obras têm em comum o facto de terem sido adquiridas nos anos de 1960, década muito importante na implantação nacional e internacional da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), durante a qual há uma grande preocupação na instituição com o desenvolvimento artístico do país.
Paula Rego e João Cutileiro destacam-se entre os primeiros bolseiros que vão estudar para a Slade School of Fine Arts, em Londres. Paralelamente, as obras de Phillip King e de David Hockney sinalizam a importância do apoio dado aos jovens artistas no Reino Unido, através de subsídios de aquisição concedidos ao British Council, que estão na origem da criação do núcleo de arte moderna britânica da FCG.
As pinturas de Amadeo de Souza‑ Cardoso e de Maria Helena Vieira da Silva são adquiridas na viagem que leva o primeiro presidente da FCG, José de Azeredo Perdigão, a Paris com o intuito de constituir um importante núcleo de obras de arte para o que então se projetava ser a Galeria de Arte Contemporânea.
Finalmente, a pintura encomendada a José de Almada Negreiros inscreve‑ se também numa relação de proximidade com o artista, a quem é encomendado, logo de seguida, o painel Começar, para a entrada do Edifício Sede.
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O Início
1958-1978
As primeiras aquisições de obras de arte da FCG começam logo em 1958, após a criação da instituição em 1956, no âmbito de bolsas e subsídios atribuídos aos artistas. A compra de obras surge também com o objetivo de reunir peças para serem apresentadas nas exposições temporárias itinerantes organizadas na década de 1960 pela FCG no país, ou em exposições em que a FCG surgia como parceira em cidades como Rio de Janeiro, Bagdade, Madrid, Bruxelas ou Paris.
Na década de 1970, assiste‑ se a uma intensificação na realização de exposições temporárias na FCG, com a colaboração de parceiros nacionais e internacionais e com enfoque na arte contemporânea. A coleção de arte moderna e contemporânea surge nos espaços das galerias de exposições temporárias do Edifício Sede, disseminada em mostras de grandes artistas. As aquisições resultavam agora das exposições temporárias organizadas com iniciativa da FCG.
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«É indispensável inaugurá-lo»
1979-1989
No final da década de 1970, torna-se incontornável tanto para a FCG, em geral, como, em particular para o seu presidente, José de Azeredo Perdigão, a construção de um edifício que albergasse a coleção de arte moderna e contemporânea reunida até à data.
Para reforçar a coleção adquire-se muito oportunamente uma parte significativa da notável coleção de Jorge de Brito, grande admirador da obra de Maria Helena Vieira da Silva e dos pintores e desenhadores modernistas portugueses.
A exposição Antevisão do CAM inaugura em 1981 na Sede da FCG, e expõe muitas das obras agora mostradas. Pretendia-se informar o público sobre o projeto para o novo Centro de Arte Moderna (CAM) bem como apresentar um conjunto significativo de obras do acervo que tinha vindo a ser reforçado nos últimos anos com vista a constituir uma coleção coesa sobre arte portuguesa do século XX.
O CAM inaugura a 20 de julho de 1983 como o primeiro espaço em Portugal com uma exposição permanente de arte moderna e contemporânea – com 540 obras de arte portuguesa e internacional de 252 artistas – e o arquiteto José Sommer Ribeiro viria a ser o seu primeiro diretor.
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Depois das Belas-Artes
1990-2005
Com Jorge Molder na direção (1994‑ 2009), a Coleção tornou‑ se muito sistemática em relação aos protagonistas dos anos de 1980, que continuariam muito ativos na década seguinte e que se encontravam facilmente à volta da FCG, na movida do ACARTE e do Bairro Alto e na efervescência de uma certa pós‑ modernidade. Jorge Molder foi um dos epicentros desse turbilhão exaltante, justamente porque programou exposições e realizou compras para a melhor e mais significativa coleção de arte portuguesa do século XX e XXI.
A nova geração de escultores, pintores e autores de desenho seria bem representada, mas também uma diversidade muito ampla de outros meios e suportes. Vivia‑ se um forte momento artístico em que a liberdade e a novidade rompiam definitivamente com os cânones das chamadas «Belas‑ Artes», apesar de estes serem também mantidos e aclamados. Por outro lado, Jorge Molder abriu caminho à aquisição frequente e entusiástica da fotografia entendida como objeto artístico e como proposta conceptual. Nela encontrara uma espécie de ponte interior lançada entre a sua própria arte e a função de agente cultural.
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Permanentes e temporárias
2009-2020
Entre 2009 e 2015, sob a direção de Isabel Carlos, o CAM inicia uma nova fase com um intenso ciclo anual de exposições temporárias e apresentações regulares da Coleção. Focada na produção artística contemporânea e na revisitação da obra de artistas portugueses, a programação promove o crescimento do acervo através de aquisições que refletem as exposições.
Além de colmatarem lacunas na Coleção, com uma maior atenção às artistas mulheres, as aquisições são orientadas para obras de maior escala, como instalações, esculturas e fotografia, em resposta às características do edificio, sobretudo a grande nave central.
Em 2016, as coleções do CAM e do Museu unem-se sob a designação Museu Calouste Gulbenkian, e as aquisição são pela primeira vez propostas pelas curadoras da CAM, coordenadas pela nova diretora Penelope Curtis e avaliadas por comissões consultivas externas.
As aquisições deste período pretendem responder a diferentes critérios, como as lacunas históricas da Coleção, a inclusão de obras de artistas emergentes, com uma maior diversificação dos suportes e técnicas, com enfoque na video-instalação, e uma maior aposta nas criadoras mulheres e em obras de artistas de países de língua oficial portuguesa.
Publicações
Programação complementar
Visitas para escolas
Visita orientada: À descoberta das histórias de uma coleção
Em português
1.º ciclo
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Visita orientada
Em português e inglês
2º, 3º ciclos, ensino secundário, profissional, superior e academias e universidades seniores, necessidades educativas específicas
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Visita à medida
Em português
1º, 2º e 3º ciclos, ensino secundário, profissional e superior
Saber mais
Visita pedagógica: Para quem são os museus?
Em português
Ensino secundário, profissional e superior
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Visitas
Visita orientada
Em português e inglês
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Ficha técnica
Curadoria
Ana Vasconcelos
Leonor Nazaré
Patrícia Rosas
Rita Fabiana
Projeto expositivo
Rita Albergaria
Projeto gráfico
Márcia Novais