Libélulas e libelinhas para descobrir no Jardim em junho e julho
Um naturalista no Jardim Gulbenkian
Os meses de Verão, em especial os dias de sol, são a melhor altura do ano para encontrar libélulas e libelinhas, insetos elegantes em tons metálicos e iridescentes e com uma poderosa visão. Em Portugal são conhecidas 42 espécies de libélulas e 23 espécies de libelinhas. As primeiras são normalmente maiores, mais velozes e têm as asas abertas quando em repouso; as segundas são mais delicadas e, quando em repouso, preferem manter as asas fechadas ou ligeiramente abertas.
Aqui ficam quatro espécies para procurar, durante as próximas semanas.
Libélula tira-olhos-menor
Anax parthenope
À semelhança das restantes libélulas, a tira-olhos-menor tem uma grande capacidade de voo, pelo que pode ser encontrada a caçar insetos longe da água. As asas da Anax parthenope ficam abertas e na horizontal quando está em repouso. É uma das 10 espécies da família Aeshnidae que ocorrem em Portugal e pode ser encontrada noutros países da Europa do Sul, Norte de África e Ásia.
Libélula imperador-azul
Anax imperator
Outra das espécies da família Aeshnidae que habitam em Portugal. A imperador-azul é uma das maiores libélulas da Europa e pode encontrar-se de norte a sul de Portugal, quase sempre nas proximidades de locais com muita água e rodeados de vegetação. Costuma ser fácil de a reconhecer: de corpo azul, os olhos verde-azulados e os lados do tórax em tom verde. Pode chegar aos nove centímetros de comprimento.
Libélula-escarlate
Crocothemis erythraea
Esta é uma libélula comum em Portugal e fácil de identificar, pelo menos os machos. Estes são de um vermelho vivo inconfundível. Já as fêmeas e os imaturos são de um amarelo acastanhado. Procure estes insetos perto de zonas com água de pouca profundidade, em especial na vegetação.
Libelinha lestes-comum
Chalcolestes viridis
Esta libelinha, de tons verdes metálicos, reproduz-se em zonas de águas calmas bordeadas por árvores ou arbustos. Tem o hábito característico de passar muito tempo pousada nas folhas das árvores. Quando chega a altura certa, põe os seus ovos na casca de salgueiros ou amieiros.
Para saber mais sobre libélulas, libelinhas e outros insetos, pode consultar o Catálogo da exposição Insetos em Ordem.
Um naturalista no Jardim Gulbenkian
Uma vez por mês, ao longo de um ano, a revista Wilder revelou algo a não perder no Jardim Gulbenkian e lançou-lhe um desafio: descobrir e fotografar ou desenhar cada descoberta. No ano seguinte, a partir da biodiversidade do jardim, e com a ajuda de especialistas, respondemos a vários “como e porquê” de aves, insetos, mamíferos, anfíbios e plantas.