O cinema nas Obras Completas de Eduardo Lourenço

Com coordenação e prefácio de Pedro Mexia, o novo volume das Obras Completas de Eduardo Lourenço reúne um conjunto de escritos sobre cinema, alguns inéditos, produzidos pelo ensaísta e pensador português ao longo da sua vida.
09 jan 2023

Intitulado Segundo Paraíso: Do Cinema como Ficção do nosso Sobrenatural, o volume apresenta ensaios, artigos, recensões, notas de agenda e manuscritos que se encontravam dispersos e que foram selecionados e organizados tematicamente pelo coordenador.

“Edgar Morin ou o Homem como Cinema”, “Marilyn no Céu”, “Heróis, Reis e Estrelas ou a Ressurreição da Mitologia”, “Charlot, Mito Ambíguo ou Mito Nefasto?”, “Bergman e a Entropia”,  “Acordar de Fantasmas”, “Insólito João de Deus”, “A Paixão (Portuguesa) segundo Manoel de Oliveira”, Para cá do Espelho Mágico” ou “O Nosso Caso ou a Grã Glória de Filmar” são alguns dos textos com a assinatura do ensaísta incluídos no volume.

Esta nova publicação corresponde ao penúltimo volume das Obras Completas de Eduardo Lourenço, que ficará concluída com O Labirinto da Saudade e outros Ensaios sobre Cultura Portuguesa, volume a lançar no próximo mês de março, por ocasião do colóquio comemorativo do centenário do seu nascimento, a realizar na Fundação Gulbenkian.

Eduardo Lourenço (1923-2020) nasceu em S. Pedro de Rio Seco, Guarda, lecionou em diversas universidades, de Coimbra a Brasília, passando por Hamburgo, Heidelberg, Montpellier, Grenoble e Nice. Autor de uma vasta obra – a primeira das quais, Heterodoxia I, publicada em 1949 – debruçou-se sobre uma grande variedade de temas filosóficos, políticos, culturais, religiosos e literários, tendo dedicado parte importante dos seus estudos críticos e literários à poesia, com ênfase em Camões, Pessoa e Antero.

Colaborador de longa data da Fundação Calouste Gulbenkian, foi seu administrador não executivo entre 2002 e 2012.

Ao longo da sua vida, recebeu numerosas distinções, entre as quais o Prémio Europeu de Ensaio Charles Veillon (1988), o Prémio Camões (1996), o Prémio Pessoa (2011) e o Prémio da Academia Francesa (2016). Entre outras condecorações, foi agraciado com as Grã-Cruz da Ordem de Sant’Iago da Espada da Ordem do Infante D. Henrique e da Ordem da Liberdade. Foi ainda nomeado Officier de la Légion d’Honneur e consagrado Doutor Honoris Causa pelas Universidades do Rio de Janeiro (1995), Universidade de Coimbra (1996), Universidade Nova de Lisboa (1998) e Universidade de Bolonha (2006).

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