Gulbenkian apoia integração de crianças ucranianas refugiadas
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A Fundação Calouste Gulbenkian assinou ontem um protocolo com a Câmara Municipal de Lisboa e a associação Caminhos da Infância para acolher dez crianças refugiadas, com idade inferior a seis anos (e os seus cuidadores) num playgroup “ABC – Aprender Brincar Crescer” (GABC) que funcionará duas vezes por semana, até setembro, nas suas instalações, em Lisboa. Este GABC é um dos 55 playgroups que serão implementados, em todo o país, por 18 organizações sem fins lucrativos selecionadas através de um concurso lançado em abril.
Na Fundação Calouste Gulbenkian, o Grupo funcionará em parceria com a associação Caminhos da Infância e em colaboração com os Serviços Educativos da própria Fundação. As duas monitoras associadas ao projeto são originárias da Ucrânia.
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Com esta iniciativa, as organizações selecionadas estimam alcançar, numa primeira fase, entre 429 e 505 crianças refugiadas e suas famílias, dando-lhes a possibilidade de sociabilizarem, aprenderem a língua portuguesa e promover a sua integração e a das suas famílias.
A metodologia GABC reúne entre cinco e 10 crianças e seus cuidadores, pelo menos duas vezes por semana, em espaços de diferentes tipologias, para interagirem e brincarem em conjunto. Cada sessão é dinamizada por dois monitores que, ao longo de duas horas, promovem contextos de socialização e de experimentação estimulantes, através de brincadeiras e atividades informais favoráveis à aprendizagem. Além de privilegiarem as relações interpessoais das crianças e a criação de um clima empático, de respeito, cooperação e partilha, estas sessões promovem ainda o desenvolvimento de competências parentais, a aprendizagem da língua e a empregabilidade das famílias.
Esta iniciativa está integrada no apoio de emergência de 1M€ anunciado pela Fundação Gulbenkian em março passado, destinado ao alívio da crise humanitária provocada pela guerra na Ucrânia, e no âmbito do qual já foram apoiadas múltiplas organizações ucranianas e internacionais. São parceiros da iniciativa a Fundação Bissaya Barreto, o Ministério da Educação e a Ordem dos Psicólogos Portugueses.