Arte e Esperança. Percursos da Iniciativa PARTIS  

O livro que reúne as principais aprendizagens da iniciativa PARTIS, da Fundação Calouste Gulbenkian, vai ser apresentado no dia 18 de setembro, no Porto. 
©Tiago Moura_Há Festa no Campo
10 set 2019

PARTIS – Práticas Artísticas para a Inclusão Social – é uma iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian, que apoia projetos que visem testar e demonstrar o papel que as artes podem desempenhar nos percursos de integração de comunidades mais vulneráveis. Nas duas edições já realizadas (2014-2016 e 2016-2018), foram apoiados 33 projetos em diferentes regiões do país, alicerçados em práticas artísticas como a música, artes visuais, teatro, fotografia e dança. Estes 33 projetos, que alcançaram, nomeadamente, comunidades prisionais, refugiados, pessoas com deficiência ou doentes de saúde mental, envolveram 11 453 participantes diretos, 504 profissionais e mais de 400 voluntários, produzindo 945 eventos públicos aos quais assistiram mais de 200 mil espectadores.

Chegada à sua terceira edição, para a qual já foram selecionados mais 15 projetos, a apoiar no período de 2019-2021, é tempo de olhar para o trabalho feito e refletir sobre as motivações e aprendizagens que podemos retirar destes seis anos de trabalho. É o que propõe a publicação Arte e Esperança. Percursos da Iniciativa PARTIS que, sob a coordenação de Hugo Cruz, conta com a participação de 31 autores convidados a olharem criticamente os projetos em que estão ou estiveram envolvidos. 

Ao registar desta forma participada a reflexão sobre a iniciativa, permitindo à Fundação reposicionar e melhorar a sua intervenção, o livro pretende “contribuir para a discussão de políticas integradas nesta área de cruzamento entre criação artística e inclusão social, produzir conhecimento acessível aos mais diversos públicos interessados (artistas, técnicos das áreas cultural, social, educativa, académicos, estudantes e cidadãos em geral) (…) e contribuir com as experiências portuguesas e a reflexão sobre as mesmas para a produção e circulação de conhecimento nesta área em forte expansão em todo o mundo, potenciando intercâmbios internacionais”, explica Hugo Cruz na sua introdução à obra. Nos testemunhos registados cruzam-se diferentes olhares, desde quem financia ou acompanha os projetos até às equipas, parceiros e participantes, demonstrando que “é possível um diálogo construtivo e criativo, arriscando novas formas de fazer e pensar a realidade”.  

François Matarasso, que há 40 anos se dedica à arte participativa e comunitária, afirma no prefácio que “os projetos apoiados através da Iniciativa PARTIS, dos quais apenas alguns podem ser descritos neste livro, são da mais elevada qualidade em termos artísticos e sociais. (…) Seria insensato pensar que os projetos de arte participativa podem resolver os desafios multidimensionais com que a sociedade europeia hoje se confronta. Mas seria igualmente insensato ignorar o seu potencial no apoio à capacidade das pessoas para trabalharem em conjunto no sentido de encontrarem melhores ideias para o futuro”.  

O livro será apresentado no dia 18 de setembro, no âmbito do MEXE – Encontro Internacional de Arte e Comunidade. Na sessão de apresentação, às 18:00, estarão presentes Luís Jerónimo (diretor do Programa Gulbenkian Coesão e Integração Social), Hugo Cruz (Coordenador do livro) e João Pedro Vaz (diretor artístico d’A Oficina).

 
Lançamento do livro Arte e Esperança. Percursos da Iniciativa PARTIS 
18 set, 18:00, 99 Colored Socks, Rua de São Vítor, 99, Porto 
Integrando a programação do MEXE – Encontro Internacional de Arte e Comunidade

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