O Gosto do Coleccionador. Calouste S. Gulbenkian (1869 – 1955)

50.º Aniversário da Fundação Calouste Gulbenkian

Exposição integrada nas comemorações do cinquentenário da Fundação Calouste Gulbenkian. A mostra permitiu expor, através de um conjunto de 89 obras e alguma documentação, o gosto eclético e requintado do colecionador de origem arménia. Nesta exposição estiveram presentes algumas das mais enigmáticas peças da Coleção do Fundador.
Exhibition included in the Calouste Gulbenkian Foundation’s 50th anniversary commemorations. The display of 89 works and some documentatsshowcased Calouste Gulbenkian’s eclectic and sophisticated taste. The show featured some of the most enigmatic works included in the Founder’s Collection.

Integrada nas comemorações do cinquentenário da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), a exposição «O Gosto do Coleccionador. Calouste S. Gulbenkian 1869-1955» permitiu expor, através de um conjunto de 89 obras (algumas delas cedidas pelo Museu Estatal do Hermitage de São Petersburgo e pelo Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa) e de alguma documentação, o gosto eclético e requintado do colecionador de origem arménia. 

Apresentada na Galeria de Exposições Temporárias da Sede da Fundação Calouste Gulbenkian (piso 0), esta exposição fez parte do programa comemorativo da FCG, iniciado no dia 18 de julho de 2006 com uma sessão solene presidida pelo presidente da República Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, e com participações de Emílio Rui Vilar, então presidente da FCG, e do investigador António Barreto, encarregado da «coordenação de um livro sobre os 50 anos da fundação» («Exposições homenageiam gosto de Calouste Gulbenkian pela arte e livros raros», RTP Notícias [online], 11 jul. 2006).

Nesse mesmo dia, deu-se a inauguração de duas outras mostras igualmente importantes: «De Paris a Tóquio. Arte do Livro na Colecção Calouste Gulbenkian», que pôs em foco um conjunto de livros raros (códices e livros iluminados, com luxuosas encadernações do Ocidente europeu e do mundo islâmico) e de livros de estampas japonesas geralmente guardados nas reservas por questões de conservação; e «Relations», com obras do fotógrafo inglês Craigie Horsfield. Para finalizar esta comemoração, a Orquestra e o Coro Gulbenkian realizaram um concerto com a soprano Elisabete Matos, interpretando a 9.ª Sinfonia de Beethoven (Ibid.).

Coordenada por Luísa Sampaio, conservadora do Museu Calouste Gulbenkian (MCG), esta exposição procurou refletir o gosto de Calouste Sarkis Gulbenkian, organizando a mostra a partir do seu ponto de vista e espelhando o seu percurso enquanto colecionador. Das cerca de 6500 obras de arte que fazem parte do acervo do MCG, foi selecionado um largo conjunto de obras, representantes das mais diversas disciplinas artísticas, nomeadamente pintura, escultura, cerâmica, livros, joalharia, mobiliário, entre outras.

«O Gosto do Coleccionador» foi o resultado de um trabalho exaustivo de levantamento de algumas das mais enigmáticas peças da coleção de Calouste Gulbenkian, destacando-se os seus famosos conjuntos de cerâmicas de Iznik; peças de ourivesaria francesa do século XVII; peças do núcleo de arte islâmica; vários exemplos de pintura europeia; mobiliário francês do século XVIII; a sua vasta coleção de numismática grega; arte do livro islâmico e europeu, entre muitas outras obras que captaram a atenção do visitante.

Por outro lado, a coleção reunida por Calouste Gulbenkian, que abrange um arco temporal que se estende do Antigo Egito ao início do século XX, resulta de um gosto pessoal reconhecido nas viagens realizadas, nas visitas a museus, leiloeiras e galerias de arte ou na correspondência com conceituados art dealers (características plasmadas na documentação exposta que complementava a informação das peças apresentadas). A este propósito, Nuno Vassallo e Silva afirma num dos textos do catálogo: «Gulbenkian revela em quase todas as suas aquisições um conhecimento firme. A sua personalidade metódica associada a uma notável biblioteca com inúmeras obras de referência assim o atesta.» (O Gosto do Coleccionador. Calouste S. Gulbenkian (1869-1955), 2006, p. 39)

Ao entrar na exposição, o visitante era recebido pela escultura Eneias Transportando seu Pai Anquises e os Penates Seguido pelo Jovem Ascânio (Génova, depois de 1661), atribuída a Filippo Parodi (1630-1702) e adquirida por Gulbenkian na Casa Asher Wertheimer, em Londres, a 30 de outubro de 1918. De acordo com a conservadora do MCG, Maria Rosa Figueiredo, «a abertura da exposição […] com a monumental escultura de Eneias, Anquises e Ascânio é a todos os títulos significativa, tanto pela sua temática e simbologia quanto pela sua representatividade no conjunto de colecções reunidas por Calouste Gulbenkian, já que espelha indubitavelmente o essencial das suas opções estéticas» (O Gosto do Coleccionador. Calouste S. Gulbenkian (1869-1955), 2006, p. 172).

Com apenas 14 anos de idade, Calouste adquiriu, nos antigos bazares de Istambul, o seu primeiro conjunto de moedas antigas. Segundo o diretor-adjunto do MCG à data desta mostra, Nuno Vassallo e Silva, esta informação é a mais fidedigna sobre o início do percurso de Gulbenkian enquanto colecionador, dada a escassez de documentação sobre essa época mais recuada. Aos 30 anos, o empresário de origem arménia já contava com uma sólida carreira no mundo da indústria petrolífera, que lhe deu o poder e a fortuna necessários para conseguir juntar à sua coleção pessoal apenas as melhores obras de arte (Ibid., p. 37).

As primeiras aquisições que realizou demonstram desde logo as manifestações do gosto que o acompanhou ao longo de toda a vida: a paixão por objetos de arte islâmica, objetos preciosos do século XVIII francês e diversos livros. No ensaio que redigiu sobre «As Primeiras Aquisições», Nuno Vassallo e Silva destaca a Exposição Universal de 1900, em Paris, «significativamente, lugar especial na consolidação do gosto do Coleccionador» (Ibid., p. 39).

Até finais de 1920, o colecionador desenvolve um gosto especial pelo mobiliário e objetos do estilo império e, a partir de 1922, adquire praticamente a totalidade de obras de arte egípcia que hoje marcam presença na exposição permanente do Museu Gulbenkian. Em «O Gosto do Coleccionador», o núcleo de arte egípcia foi representado, a título de exemplo, por uma peça em bronze (Barca solar de Djedhor), datada de c. 380-343 a.C., adquirida por intermédio de Howard Carter numa venda ocorrida na Casa Sotheby’s, em Londres, a 17 de dezembro de 1924 (Ibid., p. 136).

Como já foi referido, algumas das peças expostas nesta mostra vieram do Museu Estatal do Hermitage e do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA). A ligação entre Calouste Gulbenkian e as coleções públicas russas remonta ao final de década de 1920 quando teve a oportunidade de adquirir algumas peças ao Hermitage, destacando-se um conjunto de 24 obras de ourivesaria do século XVIII, da autoria de François-Thomas Germain (1726-1791) e «uma das aquisições mais importantes, o par de mostardeiras executado por Antoine-Sébastian Durand para Madame de Pompadour, segundo modelo de Étienne-Maurice Falconet (Ibid., p. 158).

Foi o caso da pintura Retrato de Helena Fourment (Flandres, c. 1630-1632), de Peter Paul Rubens (1577-1640), que, segundo a coordenadora executiva da mostra, Luísa Sampaio, «faz parte da segunda de quatro remessas de obras adquiridas por Calouste Gulbenkian ao Museu do Hermitage entre os anos de 1929 e 1930, tendo figurado, desde a primeira hora, nas listas de peças relativamente às quais o coleccionador sempre manifestou interesse inequívoco» (Ibid., p. 146)

Das peças cedidas pelo MNAA, destacou-se o Torso masculino (Grécia, c. 450-400 a.C.), «a mais bela e delicada» de todas as esculturas da Antiguidade Clássica adquiridas por Calouste Gulbenkian, doada pelo colecionador ao MNAA na altura em que ainda tinha algumas incertezas em relação ao destino da sua coleção. Além desta escultura, que marcou um dos centros deste projeto expositivo, a escultura Danaide (França, 1893), de Auguste Rodin (1840-1917), também mereceu a devida atenção, pela «expressividade da anatomia de formas macias que, embora naturalista, se afasta dos cânones académicos habituais», justificou a conservadora Maria Rosa Figueiredo (Ibid., p. 188).

Vale a pena observar, com alguma atenção, as fotografias existentes, nomeadamente as que dizem respeito à montagem da mostra e vistas de exposição. A observação do material fotográfico permite perceber a disposição das obras expostas.

De acordo com um excerto de uma conversa entre Kevork Essayan, genro de Calouste Gulbenkian, e José de Azeredo Perdigão, o primeiro presidente da FCG, «o senhor Gulbenkian detinha-se de preferência perante o retrato de Helena Fourment, no qual descobria sempre algo de novo, nessa combinação cativante de sobriedade e sumptuosidade» (Ibid., p. 146).

Conseguimos igualmente observar a escultura Busto de Baco (Amesterdão, c. 1739), da autoria de Jan van Logteren (1709-1745), «um dos principais escultores holandeses da primeira metade do século XVIII» (Ibid., p. 196), delicadamente manuseada e instalada no plinto expositivo pela equipa do Museu.

A exposição foi acompanhada pela publicação de um catálogo, editado em português e inglês, que conta com apresentações de João Castel-Branco Pereira e de Emílio Rui Vilar. Inclui ensaios redigidos por João Castel-Branco Pereira, Nuno Vassallo e Silva, Maria Rosa Figueiredo, Manuela Fidalgo e Maria Fernanda Passos Leite, que abordam vários aspetos da vida de Calouste Gulbenkian, o seu percurso enquanto colecionador e algumas das obras mais emblemáticas da Coleção.

A catalogação das peças não segue um percurso cronológico ou geográfico específico, tal como aconteceu na exposição. A reprodução das obras está dividida por separadores, que contêm excertos de algumas das cartas trocadas entre Calouste Gulbenkian e antiquários ou especialistas das mais diversas áreas artísticas, dos diários de viagem ou outra correspondência privada. A parte final da publicação dispõe ainda de uma cronologia de Calouste Gulbenkian, bem como de uma extensa bibliografia sobre as obras apresentadas.

A inauguração da exposição «O Gosto do Coleccionador. Calouste S. Gulbenkian (1869-1955)» contou com a presença de convidados do mundo da política, da cultura e das artes, entre eles Aníbal Cavaco Silva (à data presidente da República Portuguesa) e Maria Cavaco Silva, José Sócrates (então, primeiro-ministro), Emílio Rui Vilar, João Castel-Branco Pereira, Manuel Costa Cabral (diretor do Serviço de Belas-Artes da FCG), Mariano Piçarra (designer responsável pelo projeto museográfico), Luísa Sampaio (coordenadora executiva da exposição), entre muitos outros.

Joana Atalaia, 2019

Part of the celebrations to mark fifty years of the Calouste Gulbenkian Foundation (FCG) the exhibition “O Gosto do Coleccionador. Calouste S. Gulbenkian 1869-1955” (“The Collector and his Taste. Calouste S. Gulbenkian (1869 – 1955)) presented an opportunity to showcase the eclectic and refined taste of the Armenian collector, through a group of 89 artworks (some of them loaned from the State Hermitage Museum in Saint Petersburg and the Museu Nacional de Arte Antiga in Lisbon) and selected documents.

Held in the Temporary Exhibitions Gallery of the Main Building of the FCG (ground floor), this exhibition was part of the FCG’s commemorative programme, which began on 18 July 2006 with a formal sitting chaired by Portuguese president, Aníbal Cavaco Silva with contributions from Emílio Rui Vilar, then president of the FCG, and researcher António Barreto, responsible for the “coordination of a book on 50 years of the foundation” (“Exposições homenageiam gosto de Calouste Gulbenkian pela arte e livros raros,” RTP Notícias [online], 11 Jul 2006).

The same day also saw the opening of two other equally important exhibitions: “De Paris a Tóquio. Arte do Livro na Colecção Calouste Gulbenkian” (“From Paris to Tokyo: Art of the Book in the Calouste Gulbenkian Collection”), which focused on a collection of rare books (codices and lavishly bound illuminated volumes from Western Europe and the Islamic world) and books of Japanese prints generally kept in storage for conservation reasons; and “Relations”, featuring work by English photographer Craigie Horsfield. To mark the end of these celebrations, the Gulbenkian Orchestra and Choir staged a concert with soprano Elisabete Matos, performing Beethoven’s 9th symphony (Ibid.).

Coordinated by Luísa Sampaio, curator of the Calouste Gulbenkian Museum (MCG), this exhibition sought to reflect the taste of Calouste Sarkis Gulbenkian, organising the displays from his perspective and tracing his journey as a collector. A large group of pieces was chosen from the almost 6500 works of art belonging to the MCG archives. They spanned a vast array of artistic disciplines, from painting to sculpture, ceramics, books, jewellery and furniture, among others.

O Gosto do Coleccionador” (“The Collector and his Taste”) was the outcome of an exhaustive survey of some of the most iconic pieces from the Calouste Gulbenkian Collection, highlighting his famous collections of Iznik ceramics; items of 17th century French goldsmithing; pieces from the Islamic art collection; several fine examples of European painting; 18th century French furniture; his vast collection of Greek coins; Islamic and European book art, and many other works that captured the imagination of visitors.

The collection assembled by Calouste Gulbenkian, which spans the period from Ancient Egypt to the early 20th century, is also the reflection of his personal taste, embodied in the journeys he made, his visits to museums, auction houses and art galleries and his correspondence with respected art dealers (as illustrated by the documentation displayed, which provide additional context to the pieces exhibited). On this subject, in one of the catalogue texts, Nuno Vassallo e Silva states: “In almost all of his acquisitions, Gulbenkian demonstrates a sound knowledge. His methodical personality combined with a remarkable library of countless reference books bears witness to this.” (O Gosto do Coleccionador. Calouste S. Gulbenkian (1869-1955), 2006, p. 39)

Upon entering the exhibition, visitors were met by the sculpture Aeneas carrying his father Anchises and the Penates, followed by the young Ascanius (Genoa, after 1661), attributed to Filippo Parodi (1630-1702) and acquired by Gulbenkian from art dealer Asher Wertheimer in London, on 30 October 1918. According to MCG curator Maria Rosa Figueiredo, “the fact the exhibition opens […] with the monumental sculpture of Aeneas, Anchises, and Ascanius is, in many ways, significant, both due to its theme and symbolism, and due to how representative it is of the different collections assembled by Calouste Gulbenkian, as it undoubtedly embodies the essence of his aesthetic choices” (O Gosto do Coleccionador. Calouste S. Gulbenkian (1869-1955), 2006, p. 172).

At the age of just 14, Calouste acquired his first collection of ancient coins in the bazaars of Istanbul. According to the deputy director of the MCG at the time of the exhibition, Nuno Vassallo e Silva, this is the most reliable information we have on the beginning of Gulbenkian’s journey as a collector, due to the lack of documentation from these early years. By the age of 30, the Armenian businessman had already established a successful career in the oil industry, providing him with the power and wealth required to create his personal collection of the finest works of art (Ibid., p. 37).

These early acquisitions already reveal the taste that would stay with him throughout his life: a passion for Islamic art objects, 18th century French luxury goods and books. In his essay entitled “As Primeiras Aquisições”, Nuno Vassallo e Silva pinpoints the 1900 Paris Exposition, “in particular, as a special place in crystallising the taste of the Collector” (Ibid., p. 39).

Up until the late 1920s, the collector showed a special interest in Empire style furniture and objects. After 1922, he acquired practically all of the Egyptian works of art that now appear in the permanent exhibition of the Gulbenkian Museum. In “O Gosto do Coleccionador”, the Egyptian art collection was represented by a bronze (Solar Barque of Djedhor), dating from c. 380-343 BC, purchased from Howard Carter in an auction at Sotheby’s in London on 17 December 1924 (Ibid., p. 136).

As mentioned, some of the pieces featured in this exhibition came from the State Hermitage Museum and the Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA). Links between Calouste Gulbenkian and Russian public art collections date back to the 1920s, when he had the opportunity to acquire some pieces from the Hermitage, notably a set of 24 items of 18th century metalwork by François-Thomas Germain (1726-1791) and “one of the most important acquisitions, the pair of mustard pots produced by Antoine-Sébastian Durand for Madame de Pompadour, after a model by Étienne-Maurice Falconet (Ibid., p. 158).

From the same source, he acquired the painting Portrait of Helena Fourment (Flanders c. 1630-1632), by Peter Paul Rubens (1577-1640), which, according to the executive coordinator of the exhibition, Luísa Sampaio, “is part of the second of four consignments of works acquired by Calouste Gulbenkian from the Hermitage Museum between 1929 and 1930 and had clearly been of interest to the collector for some time.” (Ibid., p. 146)

Of the pieces loaned by the MNAA, highlights include Male Torso (Greece, c. 450-400 BC), “the most beautiful and delicate” of all the sculptures from Classical Antiquity acquired by Calouste Gulbenkian, donated by the collector to the MNAA at a time when there was still some uncertainty as to the fate of his collection. In addition to this sculpture, which marked one of the central points of the exhibition, the sculpture Danaid (France, 1893), by Auguste Rodin (1840-1917) also received deserved attention for the “anatomical expressiveness of the soft forms which, though naturalistic, set it apart from the conventional academic canon”, in the words of curator Maria Rosa Figueiredo (Ibid., p. 188).

It is worth taking the time to look closely at the available photographs, in particular those showing the assembly and layout of the exhibition. This photographic material enables us to see how the exhibits were arranged.

According to an excerpt from a conversation between Kevork Essayan, son-in-law of Calouste Gulbenkian, and José de Azeredo Perdigão, the first president of the FCG, “Mister Gulbenkian would always linger before the portrait of Helena Fourment, always discovering something new in its captivating combination of restraint and lavishness” (Ibid., p. 146).

We can also see the sculpture Bust of Bacchus (Amsterdam, c. 1739), by Jan van Logteren (1709-1745), “one of the foremost Dutch sculptors of the first half of the 18th century” (Ibid., p. 196), being carefully manoeuvred onto its plinth by the Museum team.

A catalogue was published in Portuguese and English to accompany the exhibition, with introductions by João Castel-Branco Pereira and Emílio Rui Vilar. It includes essays by João Castel-Branco Pereira, Nuno Vassallo e Silva, Maria Rosa Figueiredo, Manuela Fidalgo and Maria Fernanda Passos Leite, who look at various aspects of the life of Calouste Gulbenkian, his journey as a collector and some of the most iconic pieces from the Collection.

Like the exhibition itself, the catalogue of exhibits does not follow a specific chronological or geographic order. Reproductions of the artworks are separated by dividers, which contain excerpts from some of the letters exchanged between Calouste Gulbenkian and antiquarians and experts in a wide range of artistic fields, travel journals and other private correspondence. The final section of the publication contains a timeline of Calouste Gulbenkian, as well as an extensive bibliography on the works exhibited.

The opening of the exhibition “O Gosto do Coleccionador. Calouste S. Gulbenkian (1869-1955)” was attended by figures from the worlds of politics, culture and the arts, including Aníbal Cavaco Silva (then President of Portugal) and Maria Cavaco Silva, José Sócrates (then Prime Minister), Emílio Rui Vilar, João Castel-Branco Pereira, Manuel Costa Cabral (Director of the Fine Arts Department of the FCG), Mariano Piçarra (the designer responsible for the exhibition layout) and Luísa Sampaio (executive coordinator of the exhibition), among many others.


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Coleção Gulbenkian

Inv. 230

Alfred-Auguste Janniot (1889-1969)

A Primavera (Le Printemps/À la Gloire de Jean Goujon/Hommage à Jean Goujon), depois de 1919 / Inv. 2333

Tapete de oração

amal medâdj.n

Tapete de oração, Inv. T92

Barca solar de Djedhor

Anónimo

Barca solar de Djedhor, Inv. 168

Cabeça diademada de Alexandre o Grande com chifre de carneiro (anv.); Alexandre o Grande enfrenta um javali com uma lança (rev.)

Anónimo

Cabeça diademada de Alexandre o Grande com chifre de carneiro (anv.); Alexandre o Grande enfrenta um javali com uma lança (rev.), Inv. 2428

Estatueta do deus Osíris

Anónimo

Estatueta do deus Osíris, (664-525 a.C.) / Inv. 404

Antoine Sébastian Durand (maître 1740)

Inv. 287A/B

Eneias transportando seu Pai Anquises (e os Penates, so pelo jovem Ascânio)

Antonio Corradini (1688-1752)

Eneias transportando seu Pai Anquises (e os Penates, so pelo jovem Ascânio), Séc. XVII / Inv. 544

Faneuse au repos

BRETON, Jules-Adolphe-Aimé-Louis (1827-1905)

Faneuse au repos, 1891 / Inv. 460

Charles Cressent (1685-1768)

Inv. 2368A/B

Charles-Éloi Asselin (1743-1804)

Inv. 340

Macieiras na Normandia

Charles-François Daubigny (1817-1878)

Macieiras na Normandia, c. 1867 / Inv. 445

Ártemis e Calisto

Charles-Joseph Natoire (1700-1777)

Ártemis e Calisto, 1744 / Inv. 536

Nascimento de Luís

Charles-Nicolas Cochin, o Jovem (1715 - 1790)

Nascimento de Luís, Inv. 459

Sereia Alada arrebatando um Adolescente

Denys Pierre Puech (1854-1942)

Sereia Alada arrebatando um Adolescente, 1899 / Inv. 2083

Desconhecido

1818-1861 / Inv. 179A/B

Desconhecido

Inv. 834

Desconhecido

1580-1590 / Inv. 1632

Desconhecido

c.1575-1580 / Inv. 802

Desconhecido

Inv. 302

Desconhecido

Inv. 591

Desconhecido

Finais do século XVIII-inícios do século XIX / Inv. 874

Desconhecido

Século XIX / Inv. 879

Desconhecido

Século XVIII / Inv. 695

Desconhecido

Inv. 729

Desconhecido

Século XVII / Inv. 964

Desconhecido

Inv. 883

"Leda"

Desconhecido

"Leda", Inv. 724

Sátiros

Desconhecido

Sátiros, Segunda metade do século XVIII / Inv. 2298

Toalha de Mãos (Yaglik)

Desconhecido

Toalha de Mãos (Yaglik), Inv. 1394C

Toalha de Mãos (Yaglik)

Desconhecido

Toalha de Mãos (Yaglik), Inv. 1440

Edgar Brandt (1880-1960)

Inv. 2917A/B

Luta entre o Amor Divino e o Amor Profano

François Duquesnoy, chmada Il Fiammingo (1597-1643)

Luta entre o Amor Divino e o Amor Profano, 1635 - 1640 / Inv. 546

Peau-Brune [De Saint-Nazaire à La Ciotat, Journal de Bord]

François-Louis Schmied (1873-1941)

Peau-Brune [De Saint-Nazaire à La Ciotat, Journal de Bord], 1931 / Inv. LM389A/B

François-Thomas Germain (maître 1748)

Inv. 1086A/B

Dafne

George Frederick Watts (1817-1904)

Dafne, 1872 / Inv. 81

Versalhes

Giovanni Boldini (1842-1931)

Versalhes, c. 1875 / Inv. 130

La légende dorée

Jacques de Voragine (1228/1230-1298)

La légende dorée, Séc. XIII / Inv. LM293

Busto de Baco

Jan van Logteren (1709-1745)

Busto de Baco, Séc. XVIII / Inv. 554

Jean-Baptiste Boulard (me. 1754)

Inv. 127

Fête publique donnée par la Ville de Paris à l'occasion du Mariage de Monseigneur le Dauphin, le 13  Fevrier 1747.

Jean-François Blondel (1683-1756)

Fête publique donnée par la Ville de Paris à l'occasion du Mariage de Monseigneur le Dauphin, le 13 Fevrier 1747., [1751] / Inv. LA49

Fêtes publiques données par la Ville de Paris à l'occasion du Mariage de Monseigneur le Dauphin, les 23 et 26 février 1745.

Jean-François Blondel (1683-1756)

Fêtes publiques données par la Ville de Paris à l'occasion du Mariage de Monseigneur le Dauphin, les 23 et 26 février 1745., [1751] / Inv. LA48

Représentation des fêtes  données par la Ville de Strasbourg pour la convalescence du Roi, à l'arrivée et pendant le séjour de Sa Majesté en cette Ville. Inventé, dessiné et dirigé par J. M. Weiss, Graveur de la Ville de Strasbourg

Johann Martin Weiss (1711-1751)

Représentation des fêtes données par la Ville de Strasbourg pour la convalescence du Roi, à l'arrivée et pendant le séjour de Sa Majesté en cette Ville. Inventé, dessiné et dirigé par J. M. Weiss, Graveur de la Ville de Strasbourg, s. d. [1745] / Inv. LA114

Mulher com uma Bilha (Jeune Fille à la Cruche)

Joseph Bernard (1866-1931)

Mulher com uma Bilha (Jeune Fille à la Cruche), 1910 / Inv. 320

Pantera-Negra e Serpente (Python)

JOUVE, Paul (1880-1973)

Pantera-Negra e Serpente (Python), Inv. 625

Louis Lenhendrick (maître 1747)

c. 1769-1770 / Inv. 1089A/B

Panejamento de veludo

Mariano Fortuny

Panejamento de veludo, Inv. 1411

Festa Galante

Nicolas Lancret (1690-1743)

Festa Galante, Início da década de 1730 / Inv. 958

A Barca de Vénus

Nikolas Karcher

A Barca de Vénus, c. 1540 / Inv. 29A

Paul Charvel (maître 1777 )

1769 / 70 / Inv. 1087A/B

"Sainte Cecile"

Paul Grandhomme

"Sainte Cecile", Inv. 726

"Salomé"

Paul Grandhomme

"Salomé", Inv. 727

La jeune parque

Paul Valéry (1871-1945)

La jeune parque, 1925 / Inv. LM440

Retrato de Helena Fourment

Peter Paul Rubens (1577-1640)

Retrato de Helena Fourment, Inv. 959

Contes antiques

Pierre Louÿs (1870-1925)

Contes antiques, 1929 / Inv. LM410

Les Chansons de Bilitis

Pierre Louÿs (1870-1925)

Les Chansons de Bilitis, Inv. LM421

A Oferenda

René Lalique (1860-1945)

A Oferenda, c. 1900 - 1901 / Inv. 1198

Águias em ramos de amoreira

René Lalique (1860-1945)

Águias em ramos de amoreira, c. 1902 - 1903 / Inv. 1276

Bailarinas

René Lalique (1860-1945)

Bailarinas, 1901 / Inv. 1140

René Lalique (1860-1945)

Cluny, Inv. 1268

Diadema "Hastes de macieira"

René Lalique (1860-1945)

Diadema "Hastes de macieira", Inv. 2475

Diadema "Ramos de aveleira"

René Lalique (1860-1945)

Diadema "Ramos de aveleira", Inv. 2476

René Lalique (1860-1945)

Górgonas, Inv. 1226

Haste de macieira

René Lalique (1860-1945)

Haste de macieira, c. 1901 - 1902 / Inv. 1280

Joia

René Lalique (1860-1945)

Joia, Inv. 2484

Motivos de videira e figuras

René Lalique (1860-1945)

Motivos de videira e figuras, c. 1899-1901 / Inv. 1168

Ninfa

René Lalique (1860-1945)

Ninfa, c. 1899 - 1900 / Inv. 1146

Pendente

René Lalique (1860-1945)

Pendente, Inv. 2481

Pendente "Ninfa"

René Lalique (1860-1945)

Pendente "Ninfa", Inv. 2474

Pente

René Lalique (1860-1945)

Pente, Inv. 2485

Pente "Medalhões e amores-perfeitos"

René Lalique (1860-1945)

Pente "Medalhões e amores-perfeitos", Inv. 2469

Placa de gargantilha

René Lalique (1860-1945)

Placa de gargantilha, Inv. 2483

Rapto de Dejanira

René Lalique (1860-1945)

Rapto de Dejanira, c. 1903 / Inv. 1190

A Igreja de Santa Maria Della Salute, Veneza

SARGENT, John Singer (1856-1925)

A Igreja de Santa Maria Della Salute, Veneza, Inv. 75

Paradis terrestres

Sidonie Gabrielle Colette (1873-1945)

Paradis terrestres, Séc. XX / Inv. LM437

O Trocadéro

Stanislas Lépine (1835-1892)

O Trocadéro, c. 1878-82 / Inv. 367

TOYOKUNI, Utagawa

Inv. 1987


Eventos Paralelos

Visita(s) guiada(s)

[O Gosto do Coleccionador. Calouste S. Gulbenkian (1869 – 1955)]

25 jul 2006 – 3 jul 2006
Fundação Calouste Gulbenkian / Museu Calouste Gulbenkian – Galeria de Exposições Temporárias
Lisboa, Portugal

Publicações


Fotografias

João Castel-Branco Pereira (à esq.), Maria Rosa Figueiredo (ao centro) e Luísa Sampaio (à dir.)
Maria Cavaco Silva (à esq.), presidente da República, Aníbal Cavaco Silva (ao centro) e o Primeiro-ministro, José Sócrates (à dir.)
Luísa Sampaio e João Castel-Branco Pereira (à esq.), Maria Cavaco Silva e o presidente da República, Aníbal Cavaco Silva (à dir.)
Luísa Sampaio (à esq.), João Castel-Branco Pereira, Maria Cavaco Silva, Aníbal Cavaco Silva e Emílio Rui Vilar
Luísa Sampaio, Maria Cavaco Silva, Jaime Gama, José Sócrates, João Castel-Branco Pereira, Aníbal Cavaco Silva e Emílio Rui Vilar (da esq. para a dir.)
Isabel Mota (ao centro) e o Primeiro-ministro, José Sócrates (à dir.)
D. José Policarpo, Jaime Gama, Aníbal Cavaco Silva, Emílio Rui Vilar, Luísa Sampaio e João Castel-Branco Pereira  (da esq. para a dir.)
Primeiro-ministro, José Sócrates e Emílio Rui Vilar ( ao centro)
Isabel Pires de Lima, José Sócrates (à esq.), Maria Cavaco Silva e Aníbal Cavaco Silva (ao centro), Emílio Rui Vilar e João Castel-Branco Pereira (à dir.)
Isabel Mota (ao centro, à dir.)
Luísa Sampaio, Aníbal Cavaco Silva e Emílio Rui Vilar
Aníbal Cavaco Silva (à esq.), Maria Cavaco Silva e Emílio Rui Vilar (ao centro) e Luísa Sampaio (à dir.)
João Castel-Branco Pereira (à esq.), Aníbal Cavaco Silva, Maria Cavaco Silva, Emílio Rui Vilar e Luísa Sampaio
Luisa Sampaio, Maria Cavaco Silva (à esq.), Aníbal Cavaco Silva, Emílio Rui Vilar (ao centro) e João Castel-Branco Pereira (à dir.)
Luísa Sampaio e Maria Cavaco Silva
José Sommer Ribeiro e Jorge Molder
Manuel Costa Cabral (à dir.)
Maria Cavaco Silva, Aníbal Cavaco Silva e Emílio Rui Vilar
Maria Cavaco Silva (à esq.), João Castel-Branco Pereira e Emílio Rui Vilar (ao centro)
João Castel-Branco Pereira (à esq.), Maria Cavaco Silva, Aníbal Cavaco Silva e Emílio Rui Vilar (à dir.)
José Sócrates (à esq.), Isabel Alçada, Maria Cavaco Silva e Aníbal Cavaco Silva (ao centro) e Emílio Rui Vilar (à dir.)
Aníbal Cavaco Silva e Emílio Rui Vilar
Aníbal Cavaco Silva, João Castel-Branco Pereira, Maria Cavaco Silva e Emílio Rui Vilar
Aníbal Cavaco Silva, Emílio Rui Vilar e João Castel-Branco Pereira

Documentação


Periódicos


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Museu Calouste Gulbenkian), Lisboa / MCG 03544

Pasta com documentação referente à produção da exposição. Contém correspondência com os dois museus que cederam algumas obras, cartas de apresentação da exposição, pedido formal de empréstimos, formulários de empréstimo, certificados de seguro, notas internas de entrada e saída de peças, «condition reports» das obras emprestadas, pedido de reprodução fotográfica, recibos, planeamento dos núcleos expositivos, provas de textos para o catálogo, listagem de obras e planta de sala. 2006 – 2006

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 154741

Coleção fotográfica, cor: inauguração (FCG, Lisboa) 2004 – 2006

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 154771

Coleção fotográfica, cor: montagem (FCG, Lisboa) 2006

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 154799

Coleção fotográfica, cor: aspetos (FCG, Lisboa) 2006


Exposições Relacionadas

Definição de Cookies

Definição de Cookies

Este website usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação, a segurança e o desempenho do website. Podendo também utilizar cookies para partilha de informação em redes sociais e para apresentar mensagens e anúncios publicitários, à medida dos seus interesses, tanto na nossa página como noutras.