Convidado de Verão. Joaquim Sapinho

Ciclo «Convidados de Verão»

Com a curadoria do cineasta Joaquim Sapinho, a exposição visou promover o diálogo entre uma seleção de peças da coleção reunida por Calouste Sarkis Gulbenkian e as obras do núcleo de arte contemporânea do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian. O projeto evocava a memória do colecionador através da sua história e do percurso da sua coleção.
Curated by filmmaker Joaquim Sapinho, this exhibition aimed to spark dialogue between a selection of pieces from the collection of Calouste Sarkis Gulbenkian and works from the Calouste Gulbenkian Foundation Modern Art Centre contemporary art collection. The exhibition evoked the memory of the collector through his life story and a journey through his collection.

«Convidado de Verão. Joaquim Sapinho» foi uma exposição organizada pelo Museu Calouste Gulbenkian (MCG) da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) e inaugurada no dia 20 de julho de 2018, no âmbito da programação do dia de homenagem à memória do fundador Calouste Sarkis Gulbenkian (1869-1955), recordado anualmente nesta mesma data (Dia Calouste Gulbenkian, 2018).

A exposição correspondeu a um segundo momento da programação do ciclo «Convidados de Verão», projeto iniciado em 2016 em que se integrava o programa museológico para o MCG criado por Penelope Curtis, diretora da instituição entre 2015 e 2020, e que pretendia promover novos olhares sobre as peças da Coleção Gulbenkian, num diálogo entre diferentes perspetivas e áreas do saber, formuladas por figuras externas à equipa do MCG.

Em 2016, na exposição «Convidados de Verão», comissariada por Penelope Curtis e Leonor Nazaré, foram selecionadas obras de 14 artistas, portugueses e estrangeiros, que dialogaram com obras da coleção permanente da Coleção do Fundador. Em 2018, o MCG convidou o cineasta Joaquim Sapinho (1964) para assumir a curadoria da exposição. Sapinho criou um projeto que promovia o diálogo entre uma abrangente seleção de peças da coleção reunida por Calouste Gulbenkian, acervo do MCG, com as obras do núcleo de arte contemporânea da Fundação Calouste Gulbenkian, apresentada, maioritariamente, nas zonas do Hall e Nave do Centro de Arte Moderna (CAM) e em que a mediação entre ambas as coleções era feita através de episódios da vida do próprio Calouste Sarkis Gulbenkian.

«Sendo arménio, Calouste Sarkis Gulbenkian […] pertencia a uma comunidade que, desde a sua origem, era atravessada pelas culturas persa, helénica, romana, bizantina, otomana e eslava, todas elas vizinhas do território arménio. A sua comunidade sobreviveu ao fim do Estado e dos impérios em que se se foi inscrevendo e aos massacres que se sucederam. Foi neste contexto que a família Gulbenkian se exilou no Ocidente no final do século XIX», escrevia o curador («Convidado de Verão. Joaquim Sapinho» [folha de sala], 2019, Arquivos Gulbenkian, ID: 81050). A proposta curatorial articulava, deste modo, a história do colecionador, o processo de consolidação da sua coleção particular e as memórias documentais, com diversos exemplos do display das obras nos espaços vivenciados por Gulbenkian e com documentação e objetos pessoais do colecionador.

Segundo Sapinho, «este cruzamento de coleções, culturas e civilizações é organizado numa sequência narrativa com referências às ideias de exílio, viagem e "transporte" de uma casa e de obras de arte para outro país, deixando entrever a vontade tornada contagiante pelo fundador de continuar a colecionar. Fica a proposta de uma articulação poética entre os objetos de Calouste Gulbenkian oriundos de todo o mundo e as obras de arte modernas e contemporâneas portuguesas» («Convidado de Verão. Joaquim Sapinho» [painel], 2018, Arquivos Gulbenkian, ID: 107014).

A mostra esteve patente ao público entre 21 de julho e 24 de setembro de 2018 no Centro de Arte Moderna (então designado Museu Calouste Gulbenkian – Coleção Moderna) e no Hall do Museu Calouste Gulbenkian – Coleção do Fundador, em Lisboa. Neste último espaço, apresentava-se, isoladamente, uma das peças selecionadas para integrar o projeto expositivo, a escultura Eneias transportando seu pai Anquises e os Penates seguido pelo jovem Ascânio (Inv. 544), atribuída ao escultor italiano Domenico Parodi (1672-1742), que no palacete de Calouste Sarkis Gulbenkian em Paris, na Avenue d’Iéna, decorava a sala de entrada da casa e que, neste caso, de acordo com o curador, evocava «a força de Gulbenkian, mas também a fragilidade trazida pelo exílio, pela viagem e pela guerra. O Museu representa a paz que o colecionador e a sua coleção finalmente aqui encontraram. Exposto no átrio do edifício da Coleção do Fundador, Eneias assinala o início de um percurso que se prolonga e concretiza na Coleção Moderna. No entanto, também há quem veja esta peça como o fim da exposição, imaginando um movimento circular entre duas coleções» («Convidado de Verão. Joaquim Sapinho», 2018, Arquivos Gulbenkian, ID: 81050).

Reunia-se, assim, mais de uma centena de obras, entre as quais se contavam 90 peças da Coleção do Fundador. Além deste expressivo conjunto de peças da Coleção Gulbenkian, a mostra integrou ainda um representativo conjunto de documentos provenientes da Biblioteca de Arte e Arquivos Gulbenkian (entre manuscritos, fotografias e documentação pessoal); a tela Templo em Ruínas (1775-1780), do pintor francês Hubert Robert (1733-1808), obra doada por Calouste Gulbenkian ao Museu Nacional de Arte Antiga; a composição Thirty Pieces of Silver (exhaled) (Water Jug) (2006), da artista britânica Cornelia Parker (1956) e pertença da Frith Street Gallery, em Londres; uma obra da autoria de Joaquim Sapinho, Strictly Personal (2018), criada para a exposição e produzida a partir do fac-símile de uma carta, datada de 10 de fevereiro de 1953 (Arquivos Gulbenkian, MCG 02324), enviada por Calouste Sarkis Gulbenkian a John Walker, curador da National Gallery of Art, em Washington, na qual Gulbenkian manifesta as suas preocupações com o futuro das suas coleções; e dois filmes, a preto-e-branco, cedidos pelos arquivos da British Pathé, com imagens da primeira igreja arménia do Reino Unido, consagrada a St. Sarkis e cuja construção na cidade de Londres, entre 1922 e 1923, foi financiada por Calouste Sarkis Gulbenkian, com projeto do arquiteto Arthur Davis (1878-1951). Estes dois filmes pontuavam a zona inicial do percurso expositivo e reforçavam a proposta de evocação da imagem do colecionador Gulbenkian através da sua ação mecenática («Cineasta Joaquim Sapinho cria diálogo entre obras antigas e modernas na Gulbenkian», Diário de Notícias, 13 jul. 2018).

O projeto curatorial desenvolvido por Sapinho pretendia remeter o visitante para a ideia de exílio, vivenciado pela família de Calouste Sarkis Gulbenkian, para o «transporte de uma casa e de obras de arte para outro país, para a confluência de culturas e civilizações na Coleção do Fundador e para o modo como Calouste Gulbenkian viveu para a sua coleção» («Jardim de Verão» [programa], 2018). Para tal, incluiu também a apresentação de diversos objetos da decoração interior do palacete de Calouste Gulbenkian na Avenue d’Iéna, entre os quais se destacavam a vitrina, vazia, criada em 1926 por Edgar Brandt (1880-1960) por encomenda de Gulbenkian (objeto extracoleção), que no início da exposição – a par de um conjunto de caixas em madeira, utilizadas para o transporte de objetos de Calouste Gulbenkian – evocam essa viagem, esse exílio que conduziu homem e coleção à cidade de Lisboa; a vitrina Mantelet (extracoleção), proveniente da sua residência em Paris, e que, expondo alguns objetos pessoais, alude ao quarto do próprio Gulbenkian; o seu estojo de engenheiro; um conjunto de objetos relacionados com as suas vivências quotidianas, como as cadeiras da sua sala de jantar; um lustre ainda embalado (extracoleção); bem como diversos documentos e objetos pessoais.

O percurso expositivo, também da responsabilidade do curador, estava dividido em 12 núcleos temáticos, identificados como «Diáspora» (localizado no Hall do Museu Calouste Gulbenkian), «Mode d’emploi», «Identidade», «Anatólia», «Chegada à Europa», «Novas identidades», «O ouro», «Da coleção ao museu», «Sonhos perdidos», «O tempo», «A pirâmide» e «Aleph», e distribuídos pelo Hall e Nave do CAM.

A exposição recebeu uma atenção moderada dos meios de comunicação social. De entre os muitos artigos em periódicos (imprensa e digital), e tendo sido identificadas cerca de 30 referências no dossiê de imprensa da exposição (Dossiê de imprensa, 2018, Arquivos Gulbenkian, ID: 412625), destacam-se, além do take da Lusa replicado no Diário de Notícias (13 jul. 2018), no portal do Sapo (13 jul. 2018) ou no Jogo (13 jul. 2018), os artigos na Artecapital (16 jul. 2018), no Público, assinado por Lucinda Canelas (20 jul. 2018), o de Celso Martins, «A sombra de Calouste», na revista do semanário Expresso (21 jul. 2018), e a crónica de Guilherme d’Oliveira Martins «Os mistérios de um Museu…», no JL. Jornal de Letras, Artes e Ideias (15 ago. 2018).

A exposição integrou a programação do «Jardim de Verão» da Fundação Calouste Gulbenkian, a decorrer durante o mês de julho de 2018.

Isabel Falcão, 2022


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Coleção Gulbenkian

Cérémonies et coutumes religieuses de tous les peuples du monde, representées par des figures dessinées de la main de Bernard Picard: avec une explication historique, & quelques dissertations curieuses.

Bernard Picart (1673 - 1733)

Cérémonies et coutumes religieuses de tous les peuples du monde, representées par des figures dessinées de la main de Bernard Picard: avec une explication historique, & quelques dissertations curieuses., 1723-1743 / Inv. LA103A/K

Charles Cressent (1685-1768)

Inv. 2368A/B

Desconhecido

c.1480 / Inv. R37

Desconhecido

Inv. 1292

Desconhecido

Inv. 2327

Desconhecido

Inv. M27

Desconhecido

Inv. M64

Desconhecido

Inv. M71

Desconhecido

Inv. 124A

Desconhecido

Final do século XVI / Inv. M55

Desconhecido

Inv. 124C

Desconhecido

Inv. N757

Desconhecido

Inv. R19

Desconhecido

Inv. N901

Desconhecido

Inv. N903

Desconhecido

c.325-275 a. C. / Inv. N75

Desconhecido

Inv. 1371

Desconhecido

Inv. 1374

Desconhecido

c. 450 a.C / Inv. N594

Desconhecido

c. 387-340 a.C / Inv. N600

Desconhecido

c. 550-500 a.C / Inv. N611

Desconhecido

c. 500-450 a.C / Inv. N620

Desconhecido

c. 450-400 a.C / Inv. N638

Desconhecido

c. 400-330 a.C / Inv. N656

Desconhecido

c. 400-330 a.C / Inv. N666

Desconhecido

c. 300 a.C / Inv. N677

Desconhecido

c. 500 a. C. / Inv. N717

Desconhecido

c. 600-500 a. C. ? / Inv. N721

Desconhecido

c. 405 a. C. / Inv. N730

Desconhecido

c. 400-365 a.C. / Inv. N752

Desconhecido

c. 400-360 a. C. / Inv. N767

Desconhecido

c. 360-330 a. C. / Inv. N774

Desconhecido

c. 360 a. C. / Inv. N801

Desconhecido

Bizâncio, c. 250 a. C. / Inv. N900

Desconhecido

Bizâncio, c. 250 a. C. / Inv. N902

Desconhecido

c. 175 a. C. / Inv. N962

Desconhecido

c. 250 a. C. / Inv. N963

Desconhecido

c. 197-160 a. C. / Inv. N971

Desconhecido

c. 155?-140? a. C. / Inv. N972

Desconhecido

c. 170-150? a. C. / Inv. N984

Desconhecido

c. 155-140 a. C. / Inv. N989

Desconhecido

c. 300-250? a. C. / Inv. N992

Desconhecido

c. 250 a. C. / Inv. N1004

Desconhecido

c. 88-43 a. C. / Inv. N1016

Desconhecido

c. 312-280 a. C. / Inv. N1019

Desconhecido

c. 95 - 56 a. C. / Inv. N1057

Desconhecido

Inv. N1058

Desconhecido

c. 410-370 a. C. / Inv. N316

Desconhecido

c. 412-400 a. C. / Inv. N307

Desconhecido

Inv. 51

Desconhecido

c. 450 a. C. / Inv. 406

Casaca

Desconhecido

Casaca, Inv. 1456

Placa com Crucifixão

Desconhecido

Placa com Crucifixão, final do século X - início do século XI / Inv. 100

Tapete

Desconhecido

Tapete, Inv. T106

Dutrete

Inv. 603

Família Jokasai

Inv. 1310

Ciprestes em Scutari

Félix Ziem (1821-1911)

Ciprestes em Scutari, 2ª metade do séc. XIX / Inv. 397

François-Thomas Germain (maître 1748)

1758 / Inv. 1073A/B

François-Thomas Germain (maître 1748)

Inv. 1091A/B

Maomé II, Sultão dos Turcos

Gentile Bellini (c. 1429-1507)

Maomé II, Sultão dos Turcos, Inv. 2422

Três poemas

Hilali

Três poemas, Inv. LA192

Mathnavi-i Mathnavi' A rima das rimas

Jalal al-Din Muhammad ibn Muhammad (Rumi)

Mathnavi-i Mathnavi' A rima das rimas, 1419 / Inv. LA168

Fragmento do Livro de Horas de Charles de Martigny, bispo de Elne

Jean Bourdichon (1457-1521)

Fragmento do Livro de Horas de Charles de Martigny, bispo de Elne, c. 1490 / Inv. M2B

Jean Charton

Panejamentos de seda, Inv. 1401

"Qu'en dit l'Abbé?" ou La Leçon de danse ou Le maître de danse

Jean-Honoré Fragonard (1732-1806)

"Qu'en dit l'Abbé?" ou La Leçon de danse ou Le maître de danse, c.1770 / Inv. 2297

A Ilha do Amor

Jean-Honoré Fragonard (1732-1806)

A Ilha do Amor, Inv. 436

Khalil Allah al Husseini

Inv. M51

Manufactura de Aubusson

Inv. 1541A

Alcorão

Muhammad ak-Katib al-Shirazi

Alcorão, 1557 / Inv. LA166

Ogawa Haritsu (1663-1747)

Inv. 1312

Publii Virgilii Maronis Opera  - Bucolica, Georgica et Aeneis

Publius Virgilius Maro (c. 70 a.C.- 19 a..C.)

Publii Virgilii Maronis Opera - Bucolica, Georgica et Aeneis, 1800 / Inv. LA121

René Lalique (1860-1945)

Cabeça de Galo, Inv. 1208

Duas águias

René Lalique (1860-1945)

Duas águias, 1914 / Inv. 1258

Moscas

René Lalique (1860-1945)

Moscas, c. 1902 - 1904 / Inv. 1221

Paisagem

René Lalique (1860-1945)

Paisagem, c. 1899 - 1900 / Inv. 1192

Ramo de árvore

René Lalique (1860-1945)

Ramo de árvore, c. 1900 - 1901 / Inv. 1193

Ramo de aveleira

René Lalique (1860-1945)

Ramo de aveleira, c. 1901 - 1902 / Inv. 1175

Ramo de hera

René Lalique (1860-1945)

Ramo de hera, c. 1904 / Inv. 1205

René Lalique (1860-1945)

Rosto feminino, Inv. 1141

Vespas

René Lalique (1860-1945)

Vespas, c. 1903-1905 / Inv. 1215

Robert-Joseph Auguste (maître 1757)

Inv. 1121A/B

Vista de um Bosque com Passagem a Vau

RUISDAEL, Jacob van (1628/1629-1682)

Vista de um Bosque com Passagem a Vau, Inv. 861

Lady Hamilton Bacchante

Thomas G. Appleton (1812-1884)

Lady Hamilton Bacchante, Inv. 1908

Toshihide II (1771-1842?)

Inv. 1305

Livro dos Insectos seleccionados

UTAMARO, Kitagawa

Livro dos Insectos seleccionados, Inv. 2390

Pássaros exóticos

UTAMARO, Kitagawa

Pássaros exóticos, Inv. 1974A-H


Publicações


Material Gráfico


Fotografias

Ana Maya e Jorge Bandeira (ao centro)
Joaquim Sapinho (à esq.)
Joaquim Sapinho (ao centro)
Graça Morais
Rui Vieira Nery
Penelope Curtis (à esq.) e Razmik Panossian (ao centro)
Penelope Curtis (à esq.) e Joaquim Sapinho (à dir.)
Clara Serra (à esq.), Vera Barreto (ao centro), Rui Vieira Nery (atrás, ao centro) e Luísa Sampaio (à dir.)
Joaquim Sapinho (à esq.), Rui Vieira Nery (ao centro), João Vieira (à dir.) e João Caraça (atrás)
Clara Serra (à esq.) e Razmik Panossian (à dir.)
Joaquim Sapinho
Joaquim Sapinho
Joaquim Sapinho

Multimédia


Documentação


Periódicos


Páginas Web


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Museu Calouste Gulbenkian), Lisboa / MCG 04822

Pasta com documentação referente à programação das atividades da FCG para os anos de 2017 a 2019. Contém correspondência interna e externa. 2016 – 2017

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / MCG 04694

Conjunto de documentos referentes à produção do ciclo «Convidados de Verão». Contém correspondência interna. 2016 – 2017

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 78334

Coleção fotográfica, cor: aspetos de sala (FCG, Lisboa) 2018

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 76834

Coleção fotográfica, cor: inauguração (FCG, Lisboa) 2018

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 75009

Coleção fotográfica, cor: montagem (FCG, Lisboa) 2018


Exposições Relacionadas

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