Dança não dança

Arqueologias da nova dança em Portugal

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Dança não dança propõe percorrer o século XX e início do século XXI com o corpo, acompanhando diferentes manifestações de dança que refletem e problematizam o seu tempo.

Resultado de uma pesquisa coletiva, esta exposição constrói-se com diferentes materiais de arquivo e registos de dança (documentos audiovisuais, fotografias, cartazes, publicações, ephemera, partituras…) inscritos numa perspetiva alargada das transformações sociais e culturais e do discurso sobre o que pode ou não ser dança.

Dança não dança corresponde à sétima edição do projeto Para uma Timeline a Haver — Genealogias da Dança como Prática Artística em Portugal, iniciado em 2016, que procura investigar a Nova Dança Portuguesa e mapear as histórias da dança que permanecem ausentes das narrativas da história da arte e da história cultural no país. Se a Nova Dança de finais dos anos 1980 e inícios de 1990 é um momento, como diz André Lepecki, em que se dá uma emergência de “corpos dançantes a refletir o nervosismo da história”, esta exposição toma-a como ponto de partida para interrogar esse nervosismo através de experiências que alteram o que se entende por dança e desestabilizam noções de corpo (e suas representações) na sociedade.

Ao longo das sete salas que compõem a galeria, vislumbram-se danças que, por um lado, circunscrevem a vontade de criação de uma cultura de dança e, por outro, uma vontade de renovação. Em ambos os casos dão conta dos momentos históricos de que a sua experiência incorporada participa, muitas vezes expondo as suas contradições. Interrogando transmissão da história e transmissão da dança, a exposição prolonga-se num livro e num programa de revisitações e novos trabalhos coreográficos. No seu conjunto, dança não dança materializa diferentes modos de investigação — de obras, vontades, contextos e condições de possibilidade — para, com as danças e a atenção sensível que implicam, atravessar o nervosismo da história.

Imagem © Permanent Prints, de Angela Guerreiro, 1999 © Wolfgang Unger


De gestos comuns: encontros «coreo-crono-cartográficos»

Um diagrama possível para uma timeline a haver. 20 Anos Rumo do Fumo, Espaço da Penha, Lisboa, 2020. © João dos Santos Martins

Laura Rozas revisita as seis últimas edições do projeto (Viseu, Santarém, Cartaxo, Porto, Coimbra e Lisboa /Espaço da Penha e Atelier Re.al), interrogando os modos específicos de historiografia crítica que coloca em ação, ao interrogar os limites da historiografia progressiva-linear e do arquivo.

Download Ensaio (PDF, 3 MB)

A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.

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