Expor dança no museu?
Exposições de dança: histórias, institucionalidade e dispositivos – o caso espanhol
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Galeria do Piso Inferior Fundação Calouste GulbenkianComo responderam criadores e curadores aos quadros discursivos e modos de produção derivados da viragem coreográfica? Que estratégias se articulam nos dispositivos destas exposições para promover novas formas de relação com o público? Que transformações se observam nas dinâmicas de funcionamento das instituições espanholas? Qual a relação entre institucionalização e exposições?
Desde o início do século XXI, as artes vivas em geral – e a dança contemporânea em particular – têm vindo a ganhar peso em museus, galerias e eventos artísticos um pouco por todo o mundo. As viragens coreográficas e performativas, enunciadas por vários autores, têm suscitado grande atenção por parte de públicos, instituições e especialistas, e parecem caracterizar uma tendência cultural que ultrapassa o campo da arte contemporânea. Esta preocupação tem-se traduzido numa vasta produção de iniciativas teóricas, artísticas e curatoriais que refletem sobre o papel da dança na sua relação com o white cube e a arte que tradicionalmente o habita.
Entre estas propostas, as exposições constituem um espaço privilegiado de análise para compreender como a dança contemporânea entrou na esfera museológica. Através de diversos dispositivos expositivos, estas mostras e exposições materializam múltiplas investigações que exploram a relação da dança com o campo da arte contemporânea e as suas instituições, ao mesmo tempo que recuperam linguagens, estéticas e histórias específicas desta prática artística.
Imagem: Vera Mantero, Talvez ela pudesse dançar primeiro e pensar depois © José Fabião
Oradores
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Blanca Molina Olmos
Licenciada em História da Arte (Universidad de Murcia, 2019) e Mestre em História da Arte Contemporânea e Cultura Visual (Universidad Autónoma de Madrid, Universidad Complutense de Madrid e Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, 2020). É doutoranda contratada FPU (FPU20/01347) no Departamento de História e Teoria da Arte da Universidade Autónoma de Madrid, onde desenvolve uma tese sobre a institucionalização, curadoria e receção da dança contemporânea nos museus e centros de arte espanhóis, sob a supervisão da Dra. Olga Fernández López e do Dr. Juan Albarrán Diego. A sua investigação centra-se na dança e na performance. Neste sentido, participou em várias conferências nacionais e internacionais e publicou em volumes colectivos e revistas académicas.
A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.