Don Quixote
Orquestra Gulbenkian
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Data
- / Cancelado / Esgotado
Local
Grande Auditório Fundação Calouste GulbenkianPreço
25% – Menores de 30
10% – Maiores de 65
Cartão Gulbenkian:
50% – Menores de 30
15% – Maiores de 65
- Maestro
- Violoncelo
- Viola
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Orquestra Gulbenkian
Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Ao longo de sessenta anos de atividade, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de cerca de sessenta instrumentistas, que pode ser expandido de acordo com as exigências de cada programa. Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um amplo repertório, do Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas podem também ser interpretadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora.
Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório, em Lisboa, em cujo âmbito colabora com os maiores nomes do mundo da música, nomeadamente maestros e solistas. Atua também com regularidade noutros palcos nacionais, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, a Orquestra Gulbenkian foi ampliando gradualmente a sua atividade, tendo efetuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas. No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida, desde muito cedo, com diversos prémios internacionais de grande prestígio. O finlandês Hannu Lintu é o Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian, sucedendo a Lorenzo Viotti.
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Marc Albrecht
Maestro
Marc Albrecht é um dos maestros mais empolgantes da sua geração. É reconhecido internacionalmente pela direção de obras de Wagner, R. Strauss, Zemlinsky, Schreker ou Korngold, cultivando com convicção uma vasto repertório, desde Mozart até à música contemporânea. Foi profundamente influenciado pelo seu mentor Claudio Abbado, tendo colaborado, como assistente, na construção e supervisão da Orquestra Juvenil Gustav Mahler, durante um período de cinco anos, após os seus estudos em Viena. Foi Kapellmeister na Semperoper Dresden e, em 1995, aos 30 anos, era um dos mais jovens diretores musicais em atividade na Alemanha, nomeadamente no Staatstheater Darmstadt. Em 2006 assumiu a direção da Filarmónica de Estrasburgo e, em 2011, mudou-se para Amesterdão, onde a ópera voltou a ser o foco do seu trabalho. Desde o verão de 2020, trabalha exclusivamente como maestro convidado de várias orquestras e óperas em todos os continentes.
Em Amesterdão, Albrecht dirigiu, entre outras óperas, A flauta mágica e Don Giovanni de Mozart, Oedipe de Enescu, Fidelio de Beethoven, Macbeth de Verdi, Os Mestres Cantores de Nuremberga, A Valquíria e Tannhäuser de Wagner, Elektra de R. Strauss, O Caçador de Tesouros de Schreker, O Jogador de Prokofiev e a estreia mundial de Orest, de Manfred Trojahn. Como maestro convidado, dirigiu óperas de compositores tão diversos como Berlioz, Messiaen, Stravinsky, Mussorgsky, Martinů, Zimmermann, Zemlinsky, Berg, Henze e Wagner, na Deutsche Oper Berlin, na Royal Opera House - Covent Garden, no Festival de Salzburgo, em Bruxelas, Paris e Barcelona e, entre 2003 e 2006, no Festival de Bayreuth. Dirigiu ainda outras grandes orquestras mundiais, incluindo a Filarmónica de Berlim, a Concertgebouworkest, a Filarmónica de Munique, a Orchestra dell’ Accademia Nazionale di Santa Cecilia, a Orquestra Nacional de França, a Sinfónica NHK de Tóquio e as Orquestras de Cleveland, Dallas, Estocolmo, Oslo, Turim, Roterdão e Birmingham.
Marc Albrecht dirigiu a Orquestra Filarmónica Neerlandesa em muitas gravações (Korngold, Ravel, Dukas, Koechlin, Berg, Schumann, Dvořák, Mahler, Strauss, Brahms/Schönberg) para a Pentatone, e gravou produções de ópera em Amesterdão, para a Challenge. Em 2021 recebeu o prémio Opus Klassik para “Maestro do Ano” pela gravação de A Sereia de Zemlinky (Pentatone), com a Filarmónica Neerlandesa.
O trabalho artístico de Albrecht foi distinguido numerosas vezes, com destaque para a “Ordem do Leão dos Países Baixos" e o Prix d'Amis da Ópera Nacional Neerlandesa. Recebeu outro Opus Klassik, na categoria de “Melhor Gravação de Ópera dos sécs. XX/XXI" pelo DVD O Milagre de Heliane, de Korngold, na Deutsche Oper Berlin (Naxos) e foi nomeado "Maestro do Ano" nos International Opera Awards 2019. A produção de 2017 de Wozzeck, de Alban Berg, para a Ópera Nacional Neerlandesa, foi nomeada para os prémios Grammy na categoria de "Melhor Gravação de Ópera".
A temporada 2023-2024 incluiu convites de teatros de ópera em Berlim, Colónia, Roma e Dresden e concertos sinfónicos com a Filarmónica Neerlandesa, a Filarmónica de Zurique, a Orquestra do Konzerthaus de Berlim, a Orquestra de Valência, a Orquestra Gulbenkian e a Filarmónica de Taiwan, entre outras orquestras.
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Varoujan Bartikian
Violoncelo
Varoujan Bartikian nasceu na Arménia. Iniciou os seus estudos na Escola Especializada de Música Tchaikovsky, sob a orientação de Alexander Tchauchian – grande professor e pedagogo e um dos pilares da escola violoncelística arménia, tendo formado várias gerações de violoncelistas ao longo de quase um século. De 1978 a 1983, frequentou o Conservatório Superior de Música Komitas, em Yerevan. Em 1977 venceu o Concurso Transcaucasiano de Violoncelo, em Tbilissi. Em 1981 foi laureado no Concurso das Repúblicas Soviéticas. Licenciou-se em 1983 e obteve o grau de Mestre em Violoncelo e em Ciências Musicais, nas áreas de Teoria da Interpretação e de Metodologia do Ensino. É membro fundador do Quarteto de Cordas de Yerevan, constituído em 1982. Este quarteto venceu o Concurso Borodin de 1983.
Em 1988 começou a lecionar violoncelo no Conservatório Komitas, lugar que ocupou até se deslocar para Portugal, em 1989, quando passou a integrar a Orquestra Gulbenkian com a qual tem atuado também como solista, destacando-se a interpretação da obra Don Quixote, de R. Strauss, sob a direção de David Zinman. Tocou com a Orquestra Filarmónica da Arménia, sob a direção de John Nelson, e gravou para a Antena 2 da RDP. Em 1991 formou o Trio Bartikian, com Michel Gal (piano) e Esther Georgie (clarinete). Durante dez anos (2001-2011) foi membro do Quarteto Capela e, desde 2013, é o violoncelista do Trio Aeternus. Gravou várias obras de António Victorino d’Almeida para a etiqueta Numérica. Varoujan Bartikian é 1.º Violoncelo Solista da Orquestra Gulbenkian. É professor de violoncelo na Escola Superior de Música de Lisboa.
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Lu Zheng
Viola
Lu Zheng nasceu em agosto de 1977, em Tian Jin, na China. Começou a estudar violino e viola de arco aos seis anos de idade. Entre 1989 e 1997, frequentou o Conservatório Central de Música, em Pequim, onde realizou estudos complementares e superiores de viola. Entre 1994 e 1997, foi Viola Principal da Orquestra Juvenil da China. Em 1998 foi um dos membros fundadores do Chinese Quartet, tendo-se apresentado com este grupo nos Festivais de Música de Évora e do Algarve, a convite da Fundação Oriente. Entretanto, aperfeiçoou-se em música de câmara com Max Rabinovitsj e em viola de arco com Barbara Friedhoff e Bruno Pasquier.
Entre 2000 e 2004, Lu Zheng foi Solista B da Orquestra Metropolitana de Lisboa. É professor de viola de arco e música de câmara e apresenta-se regularmente em recitais a solo e de música de câmara. Ingressou na Orquestra Gulbenkian em 2005.
Richard Strauss
Don Quixote, op. 35
— Intervalo de 20 min —
Richard Strauss
Sinfonia Domestica, op. 53
Programa de sala (PDF 477 KB)Richard Strauss gostava de partir de narrativas para estimular a sua criatividade, baseando-se com frequência em textos literários como base para a criação de imaginários orquestrais. Esse processo esteve na origem de vários dos seus poemas sinfónicos, como é o caso de Don Quixote, a partir da obra maior de Cervantes. O cavaleiro andante seria fantasiado por Strauss na “voz” de um violoncelo, enquanto o seu fiel escudeiro ganha corpo através da viola de arco. As aventuras de um dos maiores protagonistas da história da literatura ganhariam lugar numa das mais admiradas obras do compositor alemão.
Guia de Audição
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Por Inês Thomas Almeida -
Por Inês Thomas Almeida
Mecenas Gulbenkian Música
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