Coreografia Expandida

Com Margarida Bettencourt, Ana Rita Palmeirim, Carlos Zíngaro, Paulo Graça, Nuno Carinhas e moderação de Maria José Fazenda

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Esta conversa realiza-se após a apresentação de ZOO&lógica, performance desenvolvida no âmbito do ciclo dança não dança que revisita, trinta anos depois, ZOO&lógica, Instalação a Habitar por Coreografias, de 1984, com direção da coreógrafa Paula Massano.

Tendo tido lugar na galeria Os Cómicos, em Lisboa, ZOO&lógica foi um gesto artístico precursor do que viriam a ser, anos mais tarde, as aberturas e experimentações da Nova Dança Portuguesa. Resultante de um processo colaborativo fortemente ancorado em estratégias de improvisação, veio atualizar, em Portugal, algumas propostas da dança pós-moderna norte-americana. Não só fez da interdisciplinaridade modo de construção, como desfez a relação frontal única, confundindo as perspetivas do público. O protagonista do trabalho terá sido, então, o próprio espaço, pela forma como acolheu corpos e objetos, música e vozes, danças e textos, sem hierarquias.

Quase quarenta anos depois, usando partituras, gravações áudio e uma filmagem, Margarida Bettencourt e Ana Rita Palmeirim (na altura participantes) regressam a ZOO&Lógica, juntamente com os (então como agora) cúmplices Nuno Carinhas, Paulo Graça e Carlos Zíngaro e os alunos finalistas da Escola Superior de Dança.

Sob o mote Coreografia Expandida, os artistas discutem algumas das questões levantadas por este trabalho de reativação e (re)performance, numa conversa moderada por Maria José Fazenda.

O bilhete para assistir à performance ZOO&lógica é o mesmo que dá acesso a esta conversa.

Imagem © Constança Rebelo de Andrade

Ana Rita Palmeirim (1955, Lisboa) ingressou na Escola de Dança do Conservatório Nacional em 1973, onde fez as suas primeiras experiências coreográficas. Dançou com o Ballet Gulbenkian (1975-94), coreografando em alguns Estúdios Coreográficos. Participou em projetos independentes como Vamos Satiar, Tanza Variedades, ZOO&lógica, e 1º Encontro dos Peixes, e coreografou obras para público infantil.

Margarida Bettencourt (1962, Joanesburgo) é bailarina-coreógrafa, professora e terapeuta de movimento. Fez parte do elenco do Ballet Gulbenkian de 1980 a 1993. O seu trabalho a solo distingue-se por uma ênfase no corpo como potencial de expressão - desenvolve uma investigação que explora esse potencial como força transformadora, terapêutica e criativa.

Carlos Zíngaro (1948, Lisboa) é músico, compositor e artista visual. Pioneiro, em Portugal, na utilização das novas tecnologias e composição em tempo real, tem desenvolvido extensa prática nas artes experimentais e múltiplas colaborações com alguns dos maiores nomes da nova música internacional, com uma discografia de mais de 60 títulos. 

Paulo Graça (1958, Lisboa) começou a atividade de desenhador de luz em 1978, tendo colaborado com os encenadores Ricardo Pais, Carlos Avilez, Jorge Silva Melo, Jorge Listopad e Nuno Carinhas; os coreógrafos Margarida de Abreu, Paula Massano, Olga Roriz, Paulo Ribeiro, Benvindo Fonseca, Vera Mantero, Gagic Ismailyan e Clara Andermatt; e os cenógrafos José Manuel Castanheira, António Lagarto, José Costa Reis, Nuno Carinhas, Jasmim Matos e António Casimiro. Foi Diretor Técnico da CNB de 1996 a 1998 e do Centro Cultural de Belém de 1998 a 2010.

Nuno Carinhas (1954, Lisboa) estudou Pintura na Escola Superior de Belas Artes. Expôs desenhos e pinturas em exposições individuais e coletivas, dirigiu performances. Cenógrafo e figurinista em teatro e dança, cinema e ópera. Encenador de textos de muitos autores nacionais e estrangeiros. Diretor Artístico do Teatro Nacional São João (2009 – 2018).

Maria José Fazenda é professora coordenadora na Escola Superior de Dança e investigadora integrada no CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia. É Doutorada em Antropologia pelo ISCTE,  e mestre em Antropologia Social e Cultural e Sociologia da Cultura pela NOVA FCSH. Fez o Curso de Dança do Conservatório Nacional, onde também lecionou Técnica de Dança Clássica. Crítica de dança no jornal Público entre 1992 e 2001, é autora dos livros Dança Teatral: Ideias, Experiências, Ações - 2ª edição revista e atualizada (2007) e Da Vida da Obra Coreográfica (2018).

 

dança não dança

Este evento insere-se no ciclo de (re)performances, filmes e conversas que constitui o primeiro eixo do programa dança não dança – arqueologias da Nova Dança em Portugal. Saber mais

A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.

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