«Eu acho que os jovens procuram representatividade, desejam rever-se dentro do museu.»

Yeri Varela partilha as suas experiências de trabalho com o Conselho Consultivo Jovem e com as várias equipas do CAM. Nesta entrevista, Yeri reflete sobre o que os jovens procuram nas instituições culturais e fala-nos da a sua paixão pela arte participativa e do poder que esta tem para nos salvar.
14 mai 2024 19 min
Conselho Consultivo Jovem

O que te fez querer participar no Conselho Consultivo Jovem (CCJ) e quais eram as tuas expectativas quando te candidataste?

Eu tinha acabado a licenciatura e senti que não estava pronta para entrar no mestrado. Parecia-me muita responsabilidade e, para mim, continuar sempre o mesmo percurso é muito chato. Já estava um bocado farta de estudar.

Quando vi o anúncio achei que era muito a minha cara porque envolvia jovens. De alguma forma, o anúncio estava a chamar-nos para mudar alguma coisa dentro do museu e eu sempre tive uma perspetiva um bocado rígida em relação, não só à Gulbenkian, mas também a outras instituições culturais. Eu queria perceber de que forma é que realmente queriam saber o que estávamos a pensar ou não. Achei que era como fazer uma pós-graduação, sem ter a questão dos prazos e tudo mais.

Foi isso que me chamou à atenção. Para além de também querer perceber de que forma é que uma instituição tão grande deposita tanta confiança em pessoas que nem chegaram ainda aos 30 anos.

Disseste que tinhas uma opinião bastante rígida da Fundação Gulbenkian e de outras instituições. Fala-me um pouco sobre isso.

Eu só conheci a Gulbenkian quando cheguei à faculdade. Pensei, «Como assim nunca ouvi falar desta instituição gigante ao longo de todo o meu percurso da escola?»

No geral, sempre ouvi falar dos museus como se fossem pais. “Eu sou teu pai e tenho estes filhos. Tudo o que está aqui dentro é meu. Eu é que tenho posse disto. Eu é que mando. Eu é que defino o que é e o que não é.” E, muito provavelmente, as coisas que estão dentro do museu não correspondem à definição que lhes dão.

Penso muito no Museu de Arte Antiga, que tem um monte de coisas de África e de Portugal. Mas quem diz que aquilo é mesmo o que o museu definiu que é? Então tenho sempre um pé atrás, porque parece que há só uma visão e eu preciso de perceber todas as visões para ter uma opinião final.

A escola passou-me esta ideia de que entramos no museu e temos uma visita guiada realizada por uma pessoa que já estudou e que tem a perspetiva do artista. É importante ter a perspetiva do artista, sim, mas há coisas que vão muito para além da visão do artista.

O que achas que os jovens ou as audiências jovens procuram numa instituição cultural?

Eu acho que os jovens procuram representatividade, desejam rever-se dentro do museu. É muito incómodo visitar um sítio e não te identificares com literalmente nada. Vês coisas que aprendeste na escola e é como se estivesses só a reforçar a matéria.

Entrar dentro do museu e sentir que está preocupado com as questões que acontecem hoje em dia, é essencial. Acho que é essencial, porque mostra que são empáticos e não estão a querer esquivar-se dos assuntos. Sinto que a geração entre os 20 e os 30 anos está mesmo preocupada com o que acontece atualmente no mundo.

Quando eu vivia em Sintra, a última coisa que eu pensava era em entrar num museu, porque já sabia que era mais uma aula de história. Se eu soubesse que o museu falava da minha história, de ser afrodescendente, de ser mulher, de ser negra… Todas estas camadas chamar-me-iam de corpo e alma para o museu.

A primeira exposição que eu vi na Gulbenkian foi Europa Oxalá. E porquê? Porque falava de artistas afrodescendentes, do seu percurso e mostrava obras de pessoas negras, coisa que eu nunca tinha visto, o que é muito preocupante. Eu tinha 20 anos quando fui ver a exposição, só nesse momento é que vi obras de pessoas negras dentro de um museu. Os temas da exposição despertaram em mim um sentido de familiaridade. 

Senti-me confortável dentro do museu e senti que era daquela forma que queria que o museu fosse. A questão do colonialismo, aquela obra do Márcio Carvalho… O interesse do CAM nestes temas é muito motivante. Sinto que posso estar aqui, que também pertenço aqui. E não interessa o meu percurso, interessa é que eu cheguei lá.

Obra «Falling Thrones», de Márcio Carvalho © Pedro Pina

É isso que eu e as pessoas que estão à minha volta sentem, a falta de representatividade e de posicionamento do museu em relação a estas temáticas. Os museus podem ficar indiferentes a estas coisas? Eu creio que falar destas temáticas humaniza a instituição. E não é só falar, mas trazer as pessoas para dentro, pessoas que vêm de contextos completamente diferentes, mas que vêm falar da sua realidade.

Voltando ao CCJ, como é que está a ser trabalharem em conjunto?

Está a ser muito fixe. Para mim está a ser um pouco diferente porque, apesar de sempre ter trabalhado em grupo, este é um grupo mesmo interdisciplinar. É composto por pessoas da área da história, da dança, do teatro, das ciências… É engraçado ver que temos todos mais ou menos a mesma idade, mas perspetivas muito diferentes. Apesar destas diferenças, não entramos em colisão e tentamos sempre encontrar um in between, a zona cinzenta entre as nossas opiniões. Até agora não houve um momento de conflito.

Eu acho que a seleção das pessoas para o Conselho foi mesmo a dedo. Há quem venha de um contexto mais pobre, quem venha de um contexto mais rico, quem nunca chumbou e quem já chumbou na escola. Alguns são mais tímidos, outros mais extrovertidos e eu acho que esta mistura de personalidades e backgrounds é mesmo a chave para encontrar os jovens, ou melhor, para encontrar formas de atrair os jovens. A nossa tarefa de pensar no que podemos fazer para que os jovens venham visitar o museu é muito fixe.

Conselho Consultivo Jovem na visita às obras do edifício do CAM

Também já tiveste várias sessões com as equipas do CAM. Dessas sessões, o que mais te impressionou até agora?

A equipa dos Serviços Educativos foi o que mais me impressionou. A Margarida Vieira Mendes, que trabalha com os Públicos com Necessidades Educativas Específicas, apresentou-nos uma cebola para descrever qual era o trabalho dela aqui na Gulbenkian e a primeira coisa que eu pensei foi no Shrek, “Nós somos cebolas!”. Nós somos cebolas, com várias camadas, e para percebermos porque é que somos como somos vamos tirando camadas.

Esta parte do serviço educativo, que se preocupa tanto com o público no geral e em perceber porque é que vem ou não vem, o que é que faz as pessoas sentir que fazem parte ou não, enche-me o coração. Podiam não querer saber de todo, podia nem haver um serviço educativo, mas existe o entusiamo e a vontade de perceber como é que o público se sente, em que fase da vida o público se encontra, se está na escola, se está a trabalhar, se a arte é relevante para a vida deles.

A partir do momento em que a arte começou a ser a minha forma de viver, o meu diálogo e a minha confiança melhoraram e eu senti que comecei a ser muito mais feliz. A questão da cebola fez-me perceber que os Serviços Educativos e a Fundação querem de facto saber; cortando, pouco a pouco, as camadas da cebola, chegarão ao porquê de as pessoas quererem vir ou não. Eu sinto que a arte está tão posta de lado por tanta gente, que os serviços educativos deste modo voltam a mostrar o lado bom que a arte tem na vida das pessoas.

A propósito do impacto da arte na vida das pessoas, fala-nos um pouco do projeto no qual estiveste envolvida e que descreves na tua carta de candidatura ao CCJ.

O projeto ParteJ – Práticas artísticas para o empoderamento juvenil foi criado pelo Chão de Oliva –  Centro de Difusão Cultural em Sintra.

Eu tinha ideia de que Sintra era um território em que não havia cultura nenhuma. Nenhuma! Não havia teatro, não havia música, não havia dança, não havia nada. Esta visão parte da nossa rotina de escola-casa, casa-escola e a dos nossos pais, trabalho-casa, casa-trabalho.

O ParteJ surge numa altura em que a minha saúde mental estava terrível, em que eu começo a questionar tudo, se devo continuar na faculdade e se sou capaz de continuar. Do nada, aparece um projeto que oferece atividades artísticas completamente gratuitas, o que é atípico, num sítio onde a arte não é de todo uma prioridade.

O ParteJ trouxe aos jovens, entre os 15 e os 25 anos, que estão numa situação na vida em que a escola não é uma prioridade e que, de alguma forma, sentem que o sistema está a falhar com eles, a oportunidade de descobrir que as artes podem ser uma opção para a vida profissional. Nós temos sempre aquela ideia que do 1.º ao 9.º ano é o ensino básico e depois escolhemos uma área no secundário, mas o percurso do 1.º ao 9.º ano é que te molda, é que te permite perceber se tu és bom a matemática ou não, se és bom a português…

Eu trabalhei com jovens nem-nem, que sentiam que não eram bons a nada, nem a desenho, nem a português, nem a matemática, nem a história e não sendo bons a nenhuma destas coisas, eles sentiam que a escola os metia de parte, porque “Se tiras Não Satisfaz, és mau!”. As notas escolares acabam por definir muito.

Nós queremos mostrar que tal como a escola é um caminho, as artes também são um percurso válido no mercado de trabalho; não é por existir muita gente a vender arte na rua, que é esse o futuro que se espera destes jovens. Neste projeto tivemos aulas de música, de dança, de teatro e notava-se um entusiasmo enorme. Primeiro, porque as atividades eram gratuitas e, segundo, porque eram formadores profissionais, não eram amadores.

Ao longo do projeto apercebemo-nos que é bom dar as ferramentas e mostrar que é possível os jovens fazerem as coisas, mas não sentimos que fosse o suficiente só dar aulas de graça. A questão da regularidade das atividades fez com que os participantes se sentissem confiantes e confortáveis a ir criando desta forma uma certa intimidade, mas não havia amizade entre as pessoas que pertenciam ao ParteJ As pessoas das aulas de dança só conheciam as pessoas da dança, as de música só conheciam as de música e eu senti que havia muita vontade dos participantes se conhecerem uns aos outros, porque havia o gosto em comum pela arte.

Fiz um diagnóstico e percebi: é fixe dar coisas de graça e dar ferramentas, mas era preciso ter um projeto com continuidade. Então eu juntei os participantes do ParteJ que tinham vontade e criei o Coletivo ParteJ, em que o objetivo era eles criarem a sua própria agenda cultural para perceberem que podem ir aos museus, que os museus estão abertos para todos. «Não, ninguém vos vai morder a porta, vocês podem entrar. Vocês podem criar e vocês podem discutir.»

Começámos pela discussão, uma troca de ideias sobre temáticas mais fraturantes, como a luta LGBT, o racismo, ser mulher e também a parte ambiental, perceber de que forma é que o impacto das alterações climáticas é a sério.

Posteriormente, a parte da construção da agenda cultural, a começar por Sintra. Aqui, fiquei triste e preocupada porque eles nunca tinham ido ao Palácio da Pena, um percurso que, por exemplo, da Tapada das Mercês à vila de Sintra são 10 minutos de comboio. Nunca tinham ido ao Palácio da Pena nem a Monserrate, nem sabiam que Monserrate existia. Nunca tinham ido à Quinta da Regaleira, ao MU.SA – Museu das Artes de Sintra, não sabiam que existe uma companhia de teatro em Sintra…

Sintra foi a primeira etapa e para mim foi como um exercício de autodescoberta, porque naquele sítio onde nós vivíamos existia muito mais do que conhecíamos. Então eu dizia aos jovens: «Não existir cultura num sítio é muito falacioso.» É impossível não haver cultura, a questão é a informação não nos chegar da mesma forma que chega a outras pessoas. Eu sinto que a Agenda Cultural de Sintra é muito erudita. Há ópera, bailado e várias coisas do género, mas nunca vai ao encontro dos interesses dos jovens.

Fomos ao MU.SA  e discutimos o feminino; fomos ao Palácio de Monserrate e falámos sobre a questão dos Descobrimentos e na razão pela qual surgem  figuras árabes na zona de Sintra. No 25 de Abril fizemos workshops de serigrafia, que eles nem sabiam o que era e descobriram que esta é muitas vezes utilizada na produção dos cartazes para as manifestações. Fomos também a algumas palestras da Amnistia Internacional. Deste modo, eles começaram a perceber que não precisavam de estar na escola para aprender e ter opinião.

No final, criámos um monte de objetos artísticos que os fez perceber que podem ser artistas, podem criar arte e fazer com que as pessoas da nossa zona fruam da arte. Que o teatro, a música e a dança não é o que a escola nos costuma mostrar, mas que é muito mais. Que o hip hop também pode ser arte, a Street Art também é arte. Apesar de vir tudo da rua, não deixam de ser formas de expressão e estas são-lhes mais próximas. Eles pensavam que a arte era tudo aquilo que estava acima, tudo mais chique e que o que estava ao pé deles não se podia classificar como arte.

A partir daí, eles começaram a perceber que é possível criarmos, fruirmos e desenharmos o nosso próprio percurso cultural e que não interessa de onde viemos. Nós pertencemos aqui, porque é um direito!

Depois deste projeto também participaste no SenteMente, um projeto do Partis & Art for Change [inciativa da Fundação Gulbenkian e Fundação “la Caixa” para fomentar e difundir o papel cívico da arte e da cultura participativas]. Gostava que falasses um pouco do poder e relevância da arte participativa.

Eu sinto que o poder da arte participativa é comparável a um bebé a gatinhar. Primeiro, palpamos terreno para percebermos o território e as pessoas com quem estamos a trabalhar, depois é que chega a parte da ação.

O SenteMente foi um projeto que me salvou, fora de brincadeiras. Salvou-me, porque eu tinha acabado de ter um ataque de ansiedade na faculdade e fiquei completamente perdida. Ao juntar-me ao projeto percebi que a arte participativa desperta uma faceta em nós que não sabemos que temos e realmente nos salva. Ali estavam mulheres muito mal, que tinham depressão, ansiedade, esquizofrenia, bipolaridade… Mas em conjunto, através da arte, discutíamos de uma forma muito mais leve este tipo de temas que são muito pesados! Para além disso brincávamos muito, a arte leva-nos mais para a parte da brincadeira e nem parecia que estávamos a passar por aquelas coisas más.

Para mim a arte participativa é o ideal. A escola podia ser toda assim, muito horizontal. Uma troca constante entre os formadores e os participantes sem nos dizerem, “Eu é que sei o que é que precisas. Eu é que sei o que deves fazer.” No SenteMente, nós é que criámos o nosso próprio guião. Nós é que decidíamos que história entrava, que história que não entrava e se assumíamos a história ou não.

Eu senti que o SenteMente refletiu o significado de arte participativa. Mais do que apenas dar-nos voz, deu-nos as ferramentas que nos permitem soltar essa voz. Todas nós estávamos a passar por um momento muito frágil e o projeto deixou-nos num lugar muito confortável. Houve espaço para rir, chorar, contar segredos, sim, porque o que ali era dito não saía dali.

Na conclusão do projeto, tivemos a oportunidade de mostrar o que é que fizemos, o que é que vivemos e ainda levantar uma bandeira da importância da saúde mental. É uma questão que existe e nas mulheres é um pouco mais delicada. Ainda mais com mulheres periféricas que vão para o trabalho todos os dias às 6 da manhã, são maltratadas pelo patrão, chegam a casa e têm filhos para cuidar, os filhos podem ter algum tipo de problema e ainda se sentem pressionadas a querer ser lindas, perfeitas e tudo mais.

Penso que a arte participativa é a forma mais simpática de curar a nossa criança interior. Ou seja, criar esse ambiente de igualdade em que todos estamos ao mesmo nível, todos trocamos histórias e existe um interesse genuíno no próximo e no que ele tem para contar.

Eu creio que o valor da Gulbenkian cresce quando, para além de criar e financiar, também acompanha este tipo de projetos. Isto porque uma coisa é só dar o dinheiro, outra é estar no terreno a ser parte do processo. Esta dedicação permitiu-me transformar a perceção que tinha de uma Instituição rígida, humanizando-a.

O Partis é um projeto que salva vidas, pelo menos salvou a minha. Depois do Partis tornei-me muito mais confiante e nunca mais fui a mesma, o mundo ganhou outra cor.

Tu também fizeste parte do primeiro grupo de convidados do Dino D’Santiago para participar no Jardim de Verão. Gostava de saber qual foi a tua perceção sobre os grupos de pessoas que vieram ver o Jardim de Verão. No geral, não são os mesmos grupos de pessoas que vêm habitualmente à Gulbenkian. O que é que achaste do ambiente e o que é que tiraste desta experiência?

Volto à questão da representatividade. O cartaz era todo com artistas afrodescendentes e, querendo ou não, a maioria dos afrodescendentes vivem na linha de Sintra, vivem na margem sul… De repente, vês a Gulbenkian, que é uma instituição muito branca, cheia de pessoas diferentes.

Eu sabia o nome da maior parte das pessoas que ali estavam. A maioria das pessoas que foram aos Jardins de Verão eram da Tapada das Mercês, de Rio de Mouro, da Rinchoa, de Massamá. O facto de ser na rua, de nos sentirmos em casa mesmo não estando em casa, do calor, o calor mesmo das pessoas.

Acho que foi a primeira vez que algumas pessoas daquela zona descobriram a existência da Gulbenkian, mas provavelmente só a relacionam com os Jardins de Verão, o que é válido.

Eu adorei esse ano. Foi o meu primeiro concerto de sempre e no final chorei imenso. Eu estava a tentar controlar-me, mas não consegui. Tal como o conceito de Nova Lisboa e Lisboa Criola, que o Dino apresentou, o que me emocionou foi o meu primeiro concerto ter uma audiência tão variada, com pessoas negras, brancas, imigrantes, um bocadinho de tudo.

Eu estive a pensar nisto e é muito fixe trazer as pessoas para o Jardim e estar cá fora, mas o Jardim não é o museu, há mais coisas lá dentro e muito para contar. E não é só a história da Europa, mas também a história de África.

Eu espero que os próximos Jardins de Verão sejam dentro dos edifícios, para as pessoas perderem o medo de entrar. Espero que a instituição em si não seja uma barreira. Como nós costumamos dizer: parece que o edifício é uma muralha e eu não quero que as pessoas venham de Sintra ou da margem sul só para estar no Jardim.

«Entrem! Isto é vosso. Sim, muitas questões vão provavelmente ser gatilhos, mas vamos trabalhar esses gatilhos e perceber de que forma é que nós podemos mudar. Tragam as vossas opiniões. Digam o que é que está certo e o que é que está errado.»

Trazer os jardins de Verão para dentro dos edifícios, creio que seria uma boa forma de cativar o público mais jovem, para eles perceberem que isto não é só betão e vidros, que é uma instituição que tem cara. É um espaço seguro.

Que expectativas tens para a reabertura do CAM?

Sinto que vai ser ótimo. Ao apresentarmos os projetos às diversas equipas, parece que estão mesmo a ouvir-nos, que querem saber o que os jovens querem ver dentro da instituição. Estão muito focados na parte da integração e sinto que não vai ser só mais um museu.

Vai ser um museu mais participativo, em que querem os jovens lá dentro, que participem, que falem e argumentem. Não sei como é que vai ser a divulgação e tudo mais, mas acho que vai ser um marco do final do verão.

Série

Conselho Consultivo Jovem

O Conselho Consultivo Jovem é um projeto criado com a intenção de ampliar e aprofundar a sua relação com os públicos mais jovens. É composto por nove pessoas que refletem sobre as necessidades das novas gerações, contribuindo com ideias e participando na ação e no desenho da programação do CAM.

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