«O nosso presente trabalho expõe os princípios matemáticos da filosofia natural. Porque o problema básico […] parece ser descobrir as forças da natureza a partir dos fenómenos dos movimentos, e depois demonstrar os outros fenómenos a partir destas forças».
«[…] Por meio das proposições demonstradas matematicamente nos Livros I e II, derivamos dos fenómenos celestes as forças gravitacionais pelas quais os corpos tendem para o Sol e para os vários planetas. Então, os movimentos dos planetas, dos cometas, da Lua e do mar são deduzidos dessas forças por proposições que são igualmente matemáticas».
«[…] Muitas coisas me levam a suspeitar que todos os fenómenos podem depender de certas forças pelas quais as partículas dos corpos, por causas ainda hoje não conhecidas, ou são impelidas umas para as outras e se agregam em figuras regulares, ou são repelidas umas das outras e se afastam. Como estas forças são desconhecidas, os filósofos têm até aqui julgado em vão a natureza» (Londres, 1686).
«Nesta terceira edição, revista, […] certas coisas no Livro II a respeito da resistência dos meios são explicadas um pouco mais completamente do que antes e acrescentaram-se novas experiências a respeito da resistência experimentada por corpos pesados caindo no ar. […] Foram igualmente acrescentadas algumas observações do cometa que apareceu em 1680, feitas na Alemanha […] e recentemente me chegaram às mãos; estas observações mostram claramente como as órbitas parabólicas correspondem estreitamente aos movimentos dos cometas» (Londres, 1725/6).
Isaac Newton (1642-1727) lança as bases da Mecânica e deduz um conjunto de teoremas que ainda hoje continuamos a ensinar, apenas com ligeiras correcções de estilo. Na verdade, estes teoremas são o alicerce de toda a ciência.
(Dos prefácios à 1ª e 3ª edições e das notas de J. Resina Rodrigues)