Para a inauguração do novo edifício do CAM, Leonor Antunes foi convidada a apresentar um projeto que ocupa as reformuladas galerias da Nave e do Mezanino, em Leonor Antunes. da desigualdade constante dos dias de leonor*. Além da surpreendente escultura em cortiça que cobre todo o chão da Nave, a artista criou obras de grandes dimensões suspensas do teto, que evocam trabalhos de outras artistas mulheres, algumas delas pertencentes à Coleção do CAM, com especial foco em Ana Hatherly.

O estúdio londrino, A practice for everyday life, desenhou este catálogo que acompanha a exposição e que traz uma nova leitura crítica ao trabalho de Leonor Antunes, ancorada em teorias feministas e na importância de figuras como Sadie Speight (1906-1996), arquiteta, designer e escritora britânica, cuja participação na conceção do edifício original do CAM foi completamente esquecida. Além desta referência, a artista dedicou o espaço do Mezanino à curadoria de obras de artistas portuguesas da Coleção, como Maria Helena Vieira da Silva ou Grada Kilomba.

Distribuída internacionalmente pela Sternberg Press, com textos da curadora da exposição, Rita Fabiana, e das investigadoras Connie Butler, Julia Bryan-Wilson e Taisa Palhares, a publicação é acompanhada de fotografias impressionantes com vistas dos dois pisos da exposição.