Oncologia em Cabo Verde
Os resultados do projeto são muito positivos, tendo-se verificado um aumento de 50% das cirurgias oncológicas e de 30% das sessões de quimioterapia e uma diminuição de 10% no número de evacuações de doentes para Portugal. É este o balanço do projeto Melhoria do diagnóstico e tratamento das doenças oncológicas em Cabo Verde, criado pela Fundação Gulbenkian e implementado nos hospitais Agostinho Neto, na Praia, e Baptista de Sousa, no Mindelo.
Os resultados alcançados devem-se à formação de profissionais de saúde cabo-verdianos – em Portugal e em Cabo Verde – e à aquisição de equipamento clínico especializado.
Apesar das limitações à mobilidade, este ano, seis profissionais de saúde cabo-verdianos tiveram a oportunidade de realizar estágios em Portugal e outros 41 (mais sete do que os inicialmente previstos) tiveram formação em Cabo Verde.
Houve igualmente reforço de equipamento clínico especializado – ecógrafos, bombas infusoras, sistemas de punção por agulhas e material para 540 biopsias (mamárias e de próstata).
O projeto foi criado em 2018 pela Fundação Gulbenkian com o intuito de melhorar o diagnóstico e tratamento das doenças oncológicas em Cabo Verde, país que não possui serviço de radioterapia, enviando doentes para a realização deste tratamento para Portugal. Ao investir na capacidade de se realizarem, localmente, este e outros tratamentos (cirurgia e quimioterapia), bem como de permitir uma maior capacidade de diagnóstico, o projeto possibilitou que se atuasse em fases menos avançadas na evolução da doença.
Cabo Verde tem registado um aumento de casos novos de cancro. Apesar de existir um impacto positivo do projeto, também existe mais procura de diagnóstico e maior necessidade de intervenções terapêuticas.
Projeto em números