As quatro vencedoras, escolhidas entre uma shorlist de dez finalistas, são exemplos de criatividade e resiliência pelo modo como reagiram à pandemia e prosseguiram a sua missão na comunidade. O Prémio é atribuído pela delegação inglesa da Fundação Calouste Gulbenkian (UK Branch), em parceria com o King’s College de Londres, como forma de destacar o papel que as Organizações de Artes Cívicas desempenham na sociedade, sobretudo em tempos desafiantes.

O primeiro lugar foi para a Heart n Soul (Londres), que recebe uma bolsa de 75.000£ (cerca de 85.000€), pela forma como trabalhou lado a lado com os seus membros, proporcionando arte e apoios ao longo do confinamento. Os restantes 75.000£ dividem-se igualmente entre Eden Court (Inverness, Escócia), que, em parceria com o Highland Council, se reinventou como centro de ajuda humanitária para a região; o Museum of Homelessness (Londres), que criou uma “Covid-19 Homelessness Taskforce”; e The Whitworth (Manchester), que reformulou sua missão para responder às extremas desigualdades sociais expostas pela pandemia.

Sediadas no Reino Unido, de diferentes dimensões e com áreas de atuação diversas dentro do campo das artes, as quatro organizações superaram as suas funções habituais e ajustaram as suas práticas e missões de forma inovadora. Todas são testemunho e exemplo de como as organizações artísticas ajudam a moldar o futuro, com a cultura, a criatividade e as artes a apresentar casos e histórias que nos permitem perceber o que é ser totalmente humano, individual e coletivamente.

O Prémio foi entregue ontem, numa cerimónia online em que participaram Isabel Mota (Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian), Andrew Barnett OBE (Diretor da UK Branch da Fundação Gulbenkian), Deborah Bull (Vice-Presidente, Vice-Diretora e Senior Advisory Fellow para a Cultura no King’s College London), além das organizações premiadas.