Museu de Arte Cristã de Velha Goa reabre após renovação
Localizado no Convento de Santa Mónica, o Museu beneficiou de uma profunda intervenção destinada à valorização da sua valiosa coleção de arte indo-portuguesa. O projeto, elaborado e oferecido pela Fundação Calouste Gulbenkian, inclui as vertentes de arquitetura, museologia e museografia.
Testemunho do intercâmbio cultural secular entre a Índia e Portugal, a coleção exposta no Museu de Arte Cristã / Museum of Christian Art (MoCA), em Velha Goa, é constituída por 178 obras de arte sacra indo-portuguesa de elevado valor, datadas dos séculos XVI a XX.
Em 1994 a Fundação Calouste Gulbenkian selecionou um conjunto de obras representativas da produção artística local e instalou a coleção no Seminário de Rachol, construído no século XVII pela Companhia de Jesus, edifício onde o MoCA funcionou até 2001. Nesse ano, as obras de arte foram transferidas para o espaço do antigo coro do Convento de Santa Mónica. A solução encontrada revelou-se desadequada do ponto de vista museológico.
Neste contexto, em 2015, a Fundação Calouste Gulbenkian elaborou e ofereceu ao MoCA um projeto de renovação que incluía as vertentes de arquitetura, museologia e museografia, seguindo as recentes orientações internacionais nesta área. O financiamento da intervenção foi obtido de entidades públicas e privadas, tendo 80% sido atribuído pelo Ministério da Cultura da Índia e os restantes por parte da Fundação Gulbenkian, do Governo Português e de mecenas privados.
Iniciada em 2017, a intervenção incluiu a construção de reservas, escritório, instalações sanitárias e uma área de segurança em torno das galerias de exposição. No interior do edifício, o projeto contemplou a reorganização do espaço e a construção de equipamento museográfico, dando resposta ao novo percurso museológico desenvolvido.