Justiça para Tod@s e Vidas Ubuntu
Os projetos Justiça para Tod@s e Vidas Ubuntu, que se dirigem aos jovens, procurando contribuir para a formação de novos cidadãos responsáveis, vão conhecer uma nova fase em que se pretende replicar as metodologias experimentadas, em 2014 e 2015, em mais escolas, abrangendo mais alunos. O objetivo dos dois projetos desenvolvidos pelo Instituto Padre António Vieira, com financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian, é chegar em 2016/2017 a 7500 jovens, a mais de 150 escolas de todo o país, centros educativos, estabelecimentos prisionais, para além de envolverem mais de 400 professores, técnicos, juízes, advogados e psicólogos.
Fomentar a educação cívica para a Justiça e para o Direito, realizando workshops e simulação de julgamentos onde são discutidos temas como o bullying, a violência no namoro, o roubo, ou o racismo e a intolerância, é a base do projeto Justiça para Tod@s, destinado a jovens entre os 12 e os 25 anos. Em Vidas Ubuntu é promovida a inclusão social através da metodologia de personal storytelling (histórias contadas na 1.ª pessoa), sendo particularmente vocacionada para jovens entre os 14 e 25 anos provenientes de contextos vulneráveis. Entre outros aspetos, o projeto pretende valorizar as raízes sociais e culturais dos jovens e reforçar a sua autoestima e a autoconfiança, projetando o futuro a partir da experiência de vida.
“Iniciativas verdadeiramente exemplares num modelo de ligação entre Estado e sociedade civil”, foi como a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, qualificou estes projetos durante a cerimónia de lançamento da nova edição destes programas, mais alargada e que conta também com o apoio institucional do Ministério da Educação. “Este é um modelo de partilha que marca o que deve ser a inovação social nesta área”, sublinhou Van Dunem. “A sociedade civil pode e deve chegar a áreas em que o Estado não tem capacidade de intervir no terreno. Ao Estado cabe definir uma política de intervenção e, por outro lado, funcionar como um impulsionador destas iniciativas.”
O projeto Justiça para Tod@s tem como parceiro o Centro de Estudos Judiciários e foi incluído pela Direção-Geral de Reinserção e dos Serviços Prisionais nos centros educativos, garantindo um contacto efetivo de jovens em situações mais vulneráveis com os valores essenciais da democracia.
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, também realçou que, nesta ação conjunta, várias entidades “dão as mãos para promover os valores democráticos”, a partir de uma ideia de Educação que tem a Justiça e o Direito, incluindo os direitos humanos, no seu centro.