Que dizer sobre a participação política dos jovens?
Os jovens participam, sistematicamente, menos do que os mais velhos nas formas mais “convencionais” da participação política, sim. Mas o mesmo não se aplica a outras formas de participação, consideradas menos convencionais. Mas há mais: se a participação eleitoral dos jovens tem vindo a diminuir, não foi sequer entre os mais jovens que essa participação mais se reduziu em Portugal, nos últimos anos.
Estas são apenas duas das conclusões do estudo A Participação Política da Juventude em Portugal, promovido pelo Fórum Futuro da Fundação Calouste Gulbenkian, e levado a cabo em parceria com 5 universidades – Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa (CESOP), Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Universidade do Porto (CIIE), Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas da Universidade de Aveiro (GOVCOPP), Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS) e Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da Universidade do Minho (ICVS).
Coordenado por Pedro Magalhães (ICS-UL) e Patrício Costa (ICVS-UM), este estudo teve como objetivos compreender os fatores determinantes da participação política dos jovens e analisar a sua evolução ao longo da última década; compreender as diferentes formas de participação da juventude e as suas motivações; estudar a relação deste universo com os partidos políticos e estruturas associativas; e, finalmente, analisar as atitudes populistas dos jovens portugueses.
Leia o estudo, que se encontra dividido em cinco parte: Um retrato comparativo e longitudinal – 2002-2019; Portugal em 2020; As juventudes partidárias e os movimentos associativos; Formas emergentes de participação: etnografia online com coletivos ativistas; A participação política de jovens vista por dentro: perspetivas de ativistas sobre as formas, as causas, os motivos e o futuro.
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