Exposição “Tudo o que eu quero” em exibição em França

Estreada na Fundação Calouste Gulbenkian no verão passado, a exposição Tudo o que eu quero – Artistas portuguesas de 1900 a 2020 é agora apresentada no Centre de Création Contemporaine Olivier Debré, em Tours.
30 mar 2022

Inserida na Temporada Portugal-França 2022, a exposição leva à cidade francesa cerca de 200 obras da autoria de 40 artistas mulheres portuguesas, realizadas entre 1900 e 2020.

O título da exposição – em francês «tout ce que je veux» – inspira-se em Lou Andreas-Salomé, uma autora que desenvolveu uma das mais marcantes reflexões sobre o papel da mulher no espaço social, intelectual, sexual e amoroso. 

São mostradas obras de pintura, escultura, desenho, objeto, livro, instalação, filme e vídeo, produzidas por artistas como Maria Helena Vieira da Silva, Lourdes Castro, Paula Rego e Helena Almeida, Ana Vieira, Joana Vasconcelos, Fernanda Fragateiro, Patricia Garrido, Maria Capelo, Sónia Almeida, Grada Kilomba, entre muitas outras.

Deste conjunto de artistas representadas, muitas tiveram fortes ligações a França, como Maria Helena Vieira da Silva, Lourdes Castro e também Aurélia de Sousa, que estudou em Paris e aí pintou o seu autorretrato, uma das obras icónicas da exposição, pintado em 1900, que inaugura simbolicamente uma nova atitude, não de recato e introspeção, mas um exercício de ver e de alargar essa visão ao mundo.

 

A exposição conta com algumas novidades em relação à mostra apresentada em Lisboa, incorporando novas obras das mesmas artistas, numa apresentação espacial diferenciada, mas mantendo o espírito que esteve na sua origem: devolver a merecida visibilidade à produção notável das artistas portuguesas, alargando a sua divulgação a França, no âmbito da temporada cultural desenhada entre os dois países e que se irá desdobrar em múltiplas iniciativas, envolvendo artistas portugueses e franceses.

As obras podem ser vistas até dia 4 de setembro de 2022 no novo edifício do Centre de Création Contemporaine Olivier Debré, projetado pelos arquitetos portugueses Manuel e Francisco Aires Mateus.

Com curadoria de Helena de Freitas e de Bruno Marchand, esta exposição, considerada pela crítica uma das melhores de 2021, é uma iniciativa do Ministério da Cultura com projeto curatorial do Centro de Arte Moderna – Gulbenkian.

O projeto museográfico e design são da autoria da Change is Good (José Albergaria & Rik Bas Backer).

O catálogo bilingue desta exposição foi reimpresso e encontra-se disponível nas lojas da Fundação.

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