Espólio do artista Fernando Calhau doado à Biblioteca de Arte
A proposta de doação, imediatamente aceite pela Fundação, foi apresentada pelo artista Rui Chafes, herdeiro legal de Fernando Calhau.
À luz desta documentação será possível também pesquisar os vários níveis de reflexão artística que manifestou desde os primeiros trabalhos e exposições, até à derradeira fase da sua produção.
Poucos meses antes da morte de Fernando Calhau, o Centro de Arte Moderna – que conta atualmente com 695 obras, entre pintura, escultura, desenho, fotografia e gravura – dedicou-lhe a exposição Work in Progress, com curadoria de Delfim Sardo.
Numa entrevista publicada no catálogo dessa exposição, o artista sublinhava a importância da coerência conceptual do seu trabalho, da continuidade e do rigoroso sentido das séries que produzia.
A documentação agora reunida será fundamental para compreender e contextualizar este esforço do artista que dizia trabalhar “sem nada na manga e sem rede”.
À medida que for sendo inventariado, este espólio será progressivamente disponibilizado ao público na Biblioteca de Arte, servindo de apoio à investigação das obras do artista na Coleção do CAM e ao estudo de investigadores, curadores, críticos, nacionais e estrangeiros.