Arte participativa junta Gulbenkian e D. Maria II
Organizado em três grandes eixos temáticos – Pessoas, Paisagem e Património –, o programa Atos viabiliza 43 projetos de arte participativa, distribuídos por 43 concelhos e dinamizados por 16 estruturas artísticas, que pretendem valorizar o tecido cultural nacional e promover as práticas cívicas das comunidades que ali residem, através de projetos artísticos e reflexivos.
Com esta parceria, a Fundação Calouste Gulbenkian e o Teatro Nacional D. Maria II procuram apoiar a criação artística local e convocar populações, estruturas artísticas e instituições de todo o território nacional para criar projetos que partam dos lugares, os ativem e os coloquem em relação entre si e com o pensamento contemporâneo. A iniciativa passará por terras e cidades de norte a sul do país, inclusive na Madeira e nos Açores.
Os projetos focados na valorização das pessoas terão como objetivo promover novas práticas comunitárias para a resolução de problemas, como a inclusão de minorias étnicas, o combate a estereótipos, a promoção da igualdade de género, o combate ao isolamento dos idosos e a integração de imigrantes.
No eixo Paisagem, as estruturas apoiadas vão desenvolver iniciativas que visam um maior conhecimento da paisagem e dos ecossistemas locais, a consciência para os desafios da sua manutenção e a promoção de hábitos mais sustentáveis.
Já os projetos do âmbito do terceiro eixo partem do Património, tanto edificado como imaterial, para a recolha e partilha de lendas, tradições e memórias dos lugares como fontes de criação artística e valorização local.
Todos os projetos terão momentos de visibilidade pública, em formatos tão distintos como espetáculos, percursos, instalações artísticas, assembleias, residências ou convívios. Os primeiros espetáculos serão apresentados já no final de janeiro (28 e 29), pela Ondamarela, em Vila Real, e a Amarelo Silvestre, em Lamego.
Esta iniciativa inscreve-se na programação do Teatro Nacional D. Maria II prevista para o ano em que o edifício estará encerrado para obras de requalificação, denominada “Odisseia Nacional”, e está em linha com o papel de liderança que a Fundação tem desempenhado na promoção do papel cívico das artes, em Portugal e no Reino Unido. Neste âmbito, destaca-se a iniciativa PARTIS & Art for Change, concurso anual de apoio a projetos de arte participativa, e o Award for Civic Arts Organizations, que reconhece as melhores práticas nesta área, no Reino Unido.
Saber mais