10×10

Este projeto piloto teve início no ano letivo de 2012/13 e prolongou-se até ao ano de 2016/17

Um projeto que fomentou a colaboração entre artistas e professores de diversas disciplinas do ensino secundário, com o objetivo de desenvolver estratégias de aprendizagem eficazes na captação de atenção, motivação e envolvimento dos alunos em sala de aula. 

Enquadramento

É pertinente e necessário refletir e partilhar dificuldades e práticas de sucesso que envolvam os alunos na grande aventura que é Aprender.

O que fazer para tornar a matéria curricular motivadora para o aluno, relacionando-a com o universo das suas experiências e interrogações? Será que podemos desenvolver novas abordagens ao ensino/aprendizagem? Como passar do ensino sequencial e transmissivo para a aventura de ensinar aprendendo e aprender participando? O 10×10 procura soluções para estas perguntas envolvendo professores, artistas e alunos numa colaboração dinâmica e estreita.

Modelo 

Três momentos fundamentais caracterizam o desenvolvimento do projeto. O primeiro assume a forma de uma residência artística de seis dias, onde os artistas e os professores desenvolvem interações e cumplicidades na reflexão, na partilha de saberes e de experiências em ambiente informal. O segundo realiza-se nas escolas durante o primeiro período do ano letivo. Consiste na conceção de um projeto pedagógico singular, por um conjunto de professores/artistas, que testa e aplica em sala de aula e no contexto da disciplina, algumas das micropedagogias que o projeto tem vindo a desenvolver, lançadas e exploradas nas residências. Os alunos são chamados a participar ativamente durante o processo e a contribuir com as suas experiências, dúvidas e sugestões. Finalmente, para concretizar o terceiro momento, artistas, professores e respetivos alunos, idealizam uma forma de partilhar a sua experiência com a comunidade educativa – professores, artistas, educadores, investigadores, encarregados de educação – através de uma “aula pública”.

Impactos 

Criação de um conjunto de estratégias e atividades a que os participantes deram o nome de “micropedagogias” – rituais, exercícios, tarefas, técnicas e ferramentas – e que se revelaram eficazes para a criação de um sentido de grupo, para fomentar a relação professor/aluno e para despertar a motivação, o interesse e a curiosidade pelas matérias curriculares tornando a sua aprendizagem significativa.

Na perspetiva dos alunos:
– Aumento da motivação e do interesse pela aprendizagem
– Estratégias inovadoras e úteis para a compreensão da matéria
– Maior coesão e colaboração entre os diferentes elementos da turma
– Estímulo ao trabalho de grupo e à pesquisa individual

Na perspetiva dos artistas:

– Maior rigor e exigência no trabalho criativo
– Melhor entendimento do contexto escolar e do papel do professor
– Importância da relação entre as práticas artísticas e as de ensino/aprendizagem

Na perspetiva dos professores:
– Vontade de arriscar e experimentar a mudança
– Vantagem do olhar externo do artista no contexto da Escola e da sala de aula
– Relevância da escuta e partilha das diferentes perspetivas e saberes
– Cumplicidade do artista no apoio à experimentação de novas abordagens para a aprendizagem
– Potencialidades da articulação entre as práticas artísticas e as matérias curriculares
– Importância da diversificação e organização dos espaços de aula na criação da motivação dos alunos
– Mudança efetiva no comportamento dos alunos, no seu interesse e envolvimento na aprendizagem
– Diálogo construtivo entre artista e professor
– Consciencialização da função criativa e das estratégias artísticas e de como funciona

Atualização em 19 abril 2021

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