Sujeitos Desiguais

Com Olga Roriz, Cláudia Dias e moderação de Teresa Joaquim

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Esta conversa realiza-se no âmbito e na sequência da apresentação das performances Lágrima, de Olga Roriz, e Visita Guiada, de Cláudia Dias.

Muito distintas coreograficamente, nestas duas peças há uma afirmação feminina ou feminista que se faz marcadamente vincada, não obstante as duas décadas que as separam,  em que a condição da mulher na sociedade portuguesa se alterou significativamente.

Esta justaposição pretende evocar movimentos de emancipação que, nas danças do século XX em Portugal e no mundo, a apresentação de mulheres a solo ou como solistas não deixou de evidenciar. Mostra também problemas de índole social que estão na base do gesto artístico de cada uma destas artistas e de tantas outras que questionaram e agitaram o lugar da mulher na sociedade ocidental.

Olga Roriz e Cláudia Dias transmitiram as suas obras a intérpretes outras, o que acarretou diferentes dificuldades em cada um dos casos: se, em Lágrima, o desafio da transmissão se prendeu sobretudo com a escolha da intérprete-solista no seio da Companhia Nacional de Bailado — inicialmente a peça era interpretada por Elisa Ferreira, bailarina do Ballet Gulbenkian —,  em Visita Guiada foi a natureza pessoal e íntima do que vai sendo discursivamente partilhado que constituiu o maior desafio a uma reinterpretação por alguém que não a própria Cláudia Dias.

Imagem: Lágrima, de Olga Roriz © Rodrigo Souza

Olga Roriz (1955, Viana do Castelo) integrou o elenco do Ballet Gulbenkian desde 1976, onde foi primeira bailarina e coreógrafa principal. Em 1992 assumiu a direção artística da Companhia de Dança de Lisboa, e em 1995 fundou a Companhia Olga Roriz. Recebeu o grau de Doutora Honoris Causa pela Universidade de Aveiro por distinção nas Artes (2017) e a insígnia da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República (2004).

Cláudia Dias (1972, Lisboa) é coreógrafa, performer e professora. Foi artista residente no Alkantara, e artista associada no Espaço do Tempo e na Re.Al, tendo sido central no desenvolvimento da obra de João Fiadeiro e da Técnica de Composição em Tempo Real. Foi nomeada para o Prémio Melhor Coreografia 2013 e 2017 pela Sociedade Portuguesa de Autores, e é diretora artística do projeto Sete Anos Sete Peças.

Teresa Joaquim (1954) é doutorada em Antropologia Social pelo I.S.C.T.E.. Professora Associada com Agregação da Universidade Aberta e coordenadora do Mestrado de Estudos sobre as Mulheres: Género, Cidadania e Desenvolvimento. Membro do Centro das Migrações e das Relações Interculturais (CEMRI) e ex-coordenadora do Grupo de Investigação em Estudos sobre as Mulheres, Género, Sociedade e Culturas, publicou várias obras sobre a construção da feminilidade e questões em torno da maternidade.

dança não dança

Este evento insere-se no ciclo de (re)performances, filmes e conversas que constitui o primeiro eixo do programa dança não dança – arqueologias da Nova Dança em Portugal. Saber mais

A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.

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