Portugueses na performance
Com Vânia Rovisco, António Olaio, Cristina Graça e moderação de Paula Parente Pinto
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Escadaria Principal Fundação Calouste GulbenkianEsta conversa articula-se com a apresentação de duas (re)performances na mesma data: Il Faut Danser Portugal (1984), de António Olaio, reativada por Vânia Rovisco (no âmbito do seu projeto Reacting to Time – portugueses na performance), e Nazaré, uma das mais emblemáticas obras do grupo de Bailados Portugueses Verde Gaio, coreografada por Francis Graça (1948) e reinterpretada por alunos da Escola Superior de Dança.
A intercalar a sessão dupla de Nazaré, a conversa com Vânia Rovisco, António Olaio, Cristina Graça (ESD) e moderação de Paula Parente Pinto aborda algumas das questões suscitadas pela justaposição destas duas obras e reinterpretações.
De que forma a portugalidade parodiada por Olaio em 1984 corresponde à estilizada por Francis em 1948? Como contribuem ambos para um estudo da relação entre a produção coreográfica em Portugal no século XX e ideias de identidade nacional ou a sua crítica? Pode o contraste entre estes dois trabalhos perspetivar outras tantas danças que, afirmando-se portuguesas, dão corpo a uma cultura tão iconoclasta como situada e limitada? Como entender a transmissão em dança tendo por exemplo o modo como estes trabalhos persistem hoje? O que se transmite ao transmitir dança?
Vânia Rovisco (1975, Durban) é artista visual performativa. Fez o curso para Intérpretes de Dança Contemporânea do Fórum Dança e trabalhou como intérprete com Meg Stuart/Damaged Goods. Colaborou com Pierre Colibeuf, Helena Waldmann, Gordon Monahan e Vera Mantero, entre outros. Dá formação e faz direção de movimento. É cofundadora da AADK, e concebe, desde 2007, instalações e performances para galerias de arte.
António Olaio (1963, Lubango) é pintor e performer. As suas apresentações no início dos anos 1980 levaram-no à música. Foi um dos fundadores dos Repórter Estrábico em 1986 e, desde 1995, apresenta frequentemente as canções que faz nas suas exposições. Conta com exposições individuais e performances em Portugal, Espanha, Holanda, Alemanha, E.U.A. e Reino Unido. Leciona na Universidade de Coimbra.
Cristina Graça é professora na Escola Superior de Dança desde 2003. Foi professora na Escola de Dança do Conservatório Nacional e nos Cursos de Dança da Companhia Nacional de Bailado. Colaborou com o Teatro A Comuna, como professora de dança e coreógrafa. Coreografou para a Companhia de Dança da Madeira e tem criado pequenas peças para estudantes da Escola Superior de Dança.
Paula Parente Pinto (1971, Porto) é doutorada em Estudos Visuais e Culturais na Universidade de Rochester, Nova Iorque (2016). Investigadora e curadora independente, interessa-se pelos processos de trabalho e a leitura da história através de espólios documentais de artistas, críticos de arte e instituições culturais. Dedica-se a atividades e colaborações sobre a performance enquanto intervenção pública e política da arte, tendo por reflexão soluções de coletivismo, participação cidadã e meios de documentação e divulgação cultural depois de 1974.
dança não dança
Este evento insere-se no ciclo de (re)performances, filmes e conversas que constitui o primeiro eixo do programa dança não dança – arqueologias da Nova Dança em Portugal. Saber mais
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