Madalena Perdigão: interdisciplinaridade e pedagogia

Com Ana Marques Gastão, Maria Emília Brederode Santos, João Fiadeiro, Patrícia Portela e moderação de Ana Bigotte Vieira

Slider de Eventos

Tendo presente o trabalho de fundo empreendido por Madalena Perdigão, duas gerações de pedagogos discutem as suas experiências de educação e de ensino, procurando entendê-las na longa duração para melhor interrogar o presente. Assim, se por um lado os artistas Patrícia Portela e João Fiadeiro, ambos galardoados com o prémio Madalena Perdigão/ACARTE, partilham os desafios que a sua abordagem interdisciplinar ainda hoje coloca, por outro lado, Maria Emília Brederode Santos e Ana Marques Gastão dão a conhecer algumas experiências pedagógicas impulsionadas por Madalena Perdigão, que conheceram de perto.

Integrada nas comemorações do centenário do nascimento de Madalena Perdigão, esta conversa tem lugar após a exibição do filme Révolution École 1918-1939, de Joanna Grudzinska, o qual dá a ver uma relação entre pedagogia, interdisciplinaridade, educação sensível e paz, e que serve de mote a um olhar sobre arte e educação em Portugal na segunda metade do século XX.

Imagem: Geraldo Jordão Pereira, Madalena Perdigão e Guimarães Rosa, Rio de Janeiro, 1966 © DR

Ana Marques Gastão (1962, Lisboa) é poeta, ficcionista, ensaísta e investigadora. Advogada de formação, foi jornalista cultural e crítica de dança, e é coordenadora da revista Colóquio-Letras desde 2009. Frequentou, desde o início, os cursos de educação pela arte e de bailado da Fundação Calouste Gulbenkian. É membro do CLEPUL da UL e consultora da cátedra Ana Hatherly da UCLA, Berkeley. Das várias obras que publicou, destaca-se A Mulher sem Pálpebras (2021), que recebeu o Prémio da SPA para melhor ficção narrativa.

Maria Emília Brederode Santos (1942, Lisboa) estudou e ensinou no Institut de Psychologie et des Sciences de l’Éducation, em Genebra. Concluiu um mestrado na Boston University com a tese “Education for Democracy: a Developmental Approach to Teacher Education”. Trabalhou em formação de professores na Faculdade de Ciências da UL e colaborou na criação da Escola Superior de Educação de Setúbal. Foi Presidente do Conselho Nacional de Educação entre 2017 e 2022. Foi condecorada com a Ordem da Instrução Pública em 2004. Recebeu o grau de Doutora Honoris Causa pelo ISPA.

Patrícia Portela (1974, Lisboa) é escritora e programadora. Foi diretora artística do Teatro Viriato, em Viseu. Licenciada em realização plástica do espetáculo pela Escola Superior de Teatro e Cinema, completou um mestrado em cenografia europeia pela Central Saint Martins College of Arts, em Londres, em parceria com a Utrecht Faculty of Theatre e um mestrado em Filosofia pelo Instituto de Filosofia de Leuven. Fundadora e membro da direção artística da Associação Cultural Prado em parceria com Isabel Garcez e Helena Serra e membro fundador do coletivo O resto.

João Fiadeiro (1965, Paris) pertence à geração da Nova Dança Portuguesa. Em 1990 fundou a Companhia RE.AL, estrutura que produz as suas criações, tendo dirigido o Atelier Real entre 2004 e 2019. Sistematizou a Composição em Tempo Real, ferramenta teórico-prática que o leva a lecionar nacional e internacionalmente. É doutorando no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra e Artista Associado do Fórum Dança. 

Ana Bigotte Vieira (1980, Lisboa) é Co-IR do projeto FCT Archiving Theatre e investigadora integrada do Instituto de História Contemporânea. Publicou Uma Curadoria da Falta. O serviço ACARTE da Fundação Calouste Gulbenkian 1984-1989, a partir da sua investigação de doutoramento (Menção Honrosa Prémio Mário Soares 2016). Entre 2018 e 2023 fez parte da equipa de programação do Teatro do Bairro Alto. Juntamente com João dos Santos Martins iniciou o projeto Para Uma Timeline a Haver: genealogias da Dança como Prática Artística em Portugal de que dança não dança – arqueologias da Nova Dança em Portugal é a VII edição.   

dança não dança

Este evento insere-se no ciclo de (re)performances, filmes e conversas que constitui o primeiro eixo do programa dança não dança – arqueologias da Nova Dança em Portugal. Saber mais

A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.

Relacionados

Definição de Cookies

Definição de Cookies

Este website usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação, a segurança e o desempenho do website. Podendo também utilizar cookies para partilha de informação em redes sociais e para apresentar mensagens e anúncios publicitários, à medida dos seus interesses, tanto na nossa página como noutras.