Fragmentos
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Data
- / Cancelado / Esgotado
Local
Coleção Moderna – Sala PolivalenteR. Dr. Nicolau Bettencourt, Lisboa
Uma linha imaginária que não podia ser mais real: a fronteira. A espera para passar essa linha e o que se encontra do outro lado. Quem somos? De onde viemos? Porque viemos? Quando nos tornamos refugiados é só isso que somos?
Um processo em (re)curso, um papel legal, o nosso nome e a nossa nacionalidade não contam a nossa história. Essa, foi-nos roubada por quem nos obrigou a fugir. É preciso recuperá-la e reconstruí-la, com a mesma coragem que triunfou sobre o medo e conseguiu alcançar a liberdade para ser, para pensar, para falar, para amar, para viver.
Este espetáculo foi criado a partir de histórias individuais e de família, considerações, memórias, dúvidas, leituras, ideias, trocas, sonhos. Cada cena corresponde a horas de levantamento e edição de material nascido nos ensaios, nas residências artísticas, nos piqueniques, nas festas de anos, nas boleias, nas pausas do chá e café.
O teatro no Centro Português de Refugiados surge no âmbito das aulas de Português. Em 2004, nasce o RefugiActo, grupo de teatro constituído por refugiados de diferentes países. Contando com mais de 10 criações originais, o RefugiActo existe até hoje para ser a voz dos refugiados, e tem feito apresentações pelo país e gerado debates e reflexões sobre o universo dos refugiados em Portugal e no mundo. Pelo RefugiActo já passaram pessoas de muitas nacionalidades, nomeadamente: Afeganistão, Albânia, Bielorrússia, Caxemira, Colômbia, Costa de Marfim, Gana, Geórgia, Guiné Bissau, Guiné Conacri, Irão, Iraque, Kosovo, Palestina, Mianmar, Nigéria, Portugal, Ruanda, Rússia, Sri Lanca. O Grupo tem beneficiado ao longo destes anos de formação e acompanhamento da parte de profissionais, designadamente de António Revez, Bruno Bravo, Miguel Castro Caldas, Raquel André e Davoud Ghorbanzadeh, Arlindo Horta e Rui P. Garcia.
Desde 2014 o RefugiActo integra uma parte do projeto do CPR “Refúgio e Teatro: dormem mil gestos nos meus dedos”, apoiado pelo Programa da Fundação Calouste Gulbenkian PARTIS – Práticas Artísticas para a Inclusão Social.
Ao fim de três anos com o apoio do PARTIS – Práticas Artísticas para Inclusão Social, vários projetos vêm mostrar o trabalho que têm desenvolvido nas áreas da Música, Teatro, Fotografia, Cinema e até Artes Circenses, num conjunto de apresentações entre os dias 12 e 15 de janeiro.
Todos os espetáculos Isto é PARTIS incluem uma conversa com a equipa do projeto no final.
Os bilhetes podem ser levantados nas Bilheteiras da Fundação Calouste Gulbenkian a partir de quarta-feira, dia 11 de janeiro. Máximo de 4 bilhetes por pessoas.
Espetáculo a classificar pela CCE