Coreografia Social: Ensaiar a ordem para aparências de desordem

Por Bojana Cvejić

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A coreografia social tem sido associada a arranjos harmoniosos de corpos dançantes e gestos individuais nos quais se manifestam esteticamente, ou se ensaiam, imagens ou protocolos de ordem social. Ao longo da modernidade ocidental, podemos ver como as ideias políticas que regem a ordem social se foram alterando em termos de performance, em suma, como nos coreografaram.

No entanto, na Europa, todas as épocas, incluindo a pandemia de Covid-19, conheceram erupções ocasionais de movimentos desordenados a uma escala individual e massiva, impulsionados por crises, doenças, loucura, protestos ou arrebatamentos. Nesses momentos, o povo parece aparecer na cena pública, e perguntamos: essas aparições de desordem também são coreografadas? Como é que a estética da desordem no movimento quotidiano molda o social?

Inserida na programação do ciclo dança não dança, esta conferência encerra um dia totalmente dedicado às temáticas de transmissão, coreografia e história. Estes três eixos sintetizam as ideias-chave do programa, dando a ver o que de político e ideológico há nas forças que movem os corpos entre si e através dos tempos.

No mesmo dia, Hélia Marçal apresenta a conferência Das possibilidades da conservação de performance, Isabel de Naverán a conferência-performance História, Envoltura e Síncope, e é exibido o filme Yugoslavia: How ideology moved our collective body, de Marta Popivoda.

Imagem © Bea Borgers

Bojana Cvejić (1975, Belgrado, Sérvia) é autora de livros como Choreographing Problems (Palgrave, 2015) e Toward a Transindividual Self: A Study in Social Dramaturgy (em coautoria com Ana Vujanović Archive Books, 2023). Participou em numerosas obras de ópera, dança, vídeo-dança e teatro na Europa como codiretora, dramaturga ou intérprete. Leciona na P.A.R.T.S. em Bruxelas e é, desde 2017, professora de Teoria da Dança na Academia Nacional de Artes de Oslo.

dança não dança

Este evento insere-se no ciclo de (re)performances, filmes e conversas que constitui o primeiro eixo do programa dança não dança – arqueologias da Nova Dança em Portugal. Saber mais

A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.

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