Arte e Feminismos no Médio Oriente
Colóquio Internacional
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O evento será transmitido em direto e estará disponível nesta página, em língua inglesa, sem tradução simultânea.
No âmbito da exposição O Poder da Palavra III. Mulheres: navegando entre a presença e a ausência, o Museu Calouste Gulbenkian acolhe o colóquio Arte e Feminismos no Médio Oriente, no dia 8 de março, em celebração do Dia Internacional da Mulher. Nele, três curadores internacionais de arte contemporânea irão refletir sobre o lugar e o papel atual da arte e dos feminismos no Médio Oriente. Abdelkader Damani comissariou a primeira Bienal de Rabat, tendo convidado apenas artistas que se identificam como mulheres como forma de abordar a sua narrativa silenciada na história da arte. A curadora e escritora Rose Issa tem vindo a apresentar, a nível mundial, muitas artistas mulheres do Médio Oriente. A investigadora Giulia Lamoni introduziu uma perspetiva feminista na sua prática de curadoria e de educação artística em Portugal.
Curadoria e moderação: Shahd Wadi, investigadora em Estudos Feministas e Palestinianos.
TRANSMISSÃO
BIOGRAFIAS
Shahd Wadi é, entre outras possibilidades, palestiniana. Mas no que respeita à liberdade, é sobretudo palestiniana. Procura também encontrar a liberdade no que faz, entre investigação, tradução, escrita, curadoria e consultoria de arte.
Procurou desenvolver a sua resistência através da sua tese de doutoramento em Estudos Feministas na Universidade de Coimbra, em Portugal, a qual resultou na publicação do livro Bodies in a Bundle: Artistic-Life-Stories of Palestinian Women in Exile (2017). Foi a primeira pessoa em Portugal a graduar-se nesta área. Foi selecionada para pertencer à plataforma dos melhores jovens investigadores europeus «Best European Young Researcher».
Na sua investigação, aborda as narrativas artísticas sobre o corpo no contexto da ocupação israelita da Palestina. Considera que a arte é um testemunho de vida, inclusivamente da sua.
Abdelkader Damani é diretor do Frac Centre-Val de Loire desde 2015 e diretor artístico da Bienal de Arquitetura de Orleães. Formou-se em arquitetura em Orão (Argélia). Ao chegar a França, em 1993, estudou História da Arte e Filosofia na Universidade Lyon 2 e Lyon 3. Depois de ter dirigido os projetos de arte e arquitetura no Centre Culturel de Rencontre de la Tourette (um edifício projetado por Le Corbusier), liderou, entre 2007 e 2015, o programa VEDUTA da Bienal de Arte Contemporânea de Lyon.
Em 2014, foi cocurador da Bienal de Dakar (Our Common Future, Dak 'ART 2014). Enquanto diretor do Frac Centre-Val de Loire, implementou a primeira Bienal de Arquitetura de Orleães, em 2017. Em 2019, foi comissário-geral da primeira Bienal de Rabat e cocurador da segunda Bienal de Arquitetura de Orleães.
Estabelecida em Londres desde 1986, Rose Issa é curadora, escritora e editora especializada em artes visuais e cinema do mundo árabe e do Irão. Colaborou com inúmeras instituições públicas e privadas do Médio Oriente, da Europa e dos EUA na promoção de artistas e de cineastas, encorajando, assim, museus de todo o mundo a alargar as suas coleções. Os seus livros mais recentes incluem Arabicity (Saqi books, 2019) e Signs of Our Times: From Calligraphy to Calligragitti (Merrell publishing, 2016).
Giulia Lamoni é investigadora no Instituto de História de Arte da Universidade Nova de Lisboa e curadora independente. A sua investigação centra-se nas relações entre arte contemporânea e feminismos,e entre produção artística contemporânea e processos migratórios,; na história da arte contemporânea na América Latina, através da articulação de perspetivas transnacionais; e nas histórias das relações entre práticas artísticas e educação artística experimental.