Jardim de Verão 2022
Todos juntos, todos juntos,
Eu contigo, tu comigo…
Foi assim, o Jardim de Verão de 2022. No meio da multidão, Vanessa olhava à volta e tinha “pessoas brancas, pessoas pretas, de todas as culturas e etnias a ouvir com atenção aquilo que estava a ser dito, que estava a ser cantado.” Era a Lisboa Criola, a celebrar, no Jardim de Verão da Gulbenkian, “a diversidade, a fusão, a conexão” entre “diversos estilos, pessoas, backgrounds, idades”, resume Kady, uma das artistas convidadas.
Patrícia vive na vizinhança da Fundação e, naqueles dias de 2022, apercebeu-se (“nunca tinha pensado muito nisso”, confessa) que as pessoas que estavam no Jardim de Verão “não acediam a este espaço da mesma maneira” que ela. E olhando para este espaço em que se movimenta há muito tempo, com toda a naturalidade, conta como foi “interessante ver essa Gulbenkian nova, plural, cheia de pessoas diferentes”, uma “Gulbenkian de portas abertas”.
Para Dino D’Santiago, que fez a curadoria do Jardim de Verão, com a Lisboa Criola, fez-se história. Mas não só: “neste momento os nossos ancestrais sorriem, do outro lado, por estarmos a cumprir aquilo que merecemos.”