Obra filosófica II: 1941-1947
Vieira de Almeida (1888-1962), Professor catedrático de História e Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, desempenhou um papel de incontestável relevo na vida portuguesa do seu tempo.
Personalidade dotada de múltiplos dons (poeta, romancista, dramaturgo, ensaísta), foi sobretudo no ensino da Filosofia e na especulação filosófica que atingiu, entre nós, um nível raro se não ímpar.
Deve-se-lhe a introdução em Portugal da Lógica moderna, a par de uma especulação de teor epistemológico, a qual, de raiz idealista, tendeu para uma convergência de teor neo-positivista que o aproximou da Escola de Viena.
Na sua vasta obra filosófica, enfim totalmente reunida, assumem um particular relevo e singularidade as obras A Impensabilidade da Negativa (1922) e Pontos de Referência (1961), tendo este sido o seu último livro. Mas, entre esses dois marcos, quantos outros livros de profundo saber e de penetrante finura crítica legou à cultura portuguesa ! Um pouco ao acaso citam-se títulos como A Filosofia da Arte, Introdução à Filosofia, e Paradoxos Sociológicos.
No presente volume compreendem-se ainda outros textos de Vieira Almeida, entre os quais Os Valores, Lógica Elementar, A Crise Socrática, Do Pensamento Português, Dispersão no Pensamento Filosófico Português, Aspetos da Filosofia da Linguagem, bem como uma série de artigos e ensaios publicados na Revista Ocidente, de 1945 a 1947, sob o título genérico de Esquemas.
(Da sinopse inicial de José V. de Pina Martins)
Ficha técnica
- Outras Responsabilidades:
Introd. de Joel Serrão e de Rogério Fernandes
- Coordenação editorial:
- Fundação Calouste Gulbenkian. Serviço de Educação
- Editado:
- Lisboa, 1987
- Páginas:
- Vol. 2, 788 p.
- ISBN:
- 972-31-0736-8