Organizada pelo Museu Calouste Gulbenkian em colaboração com o Terra Sancta Museum e a Custódia da Terra Santa, a exposição O Tesouro dos Reis. Obras-primas do Terra Sancta Museum apresenta em Lisboa, pela primeira vez, o tesouro artístico do Terra Sancta Museum, formado por doações de monarcas católicos europeus à Terra Santa ao longo de mais de quinhentos anos.

O comissário científico, Jacques-Charles Gaffiot,  assina a introdução do catálogo, bem como o primeiro e o último dos quatro ensaios que constituem a primeira parte da publicação que acompanha a exposição. No primeiro, o autor traça a história secular das ofertas régias que acompanharam o desenvolvimento da Basílica do Santo Sepulcro; no último, por sua vez, disserta sobre o culto em torno da liturgia católica. Entre ambos, Marie-Armelle Beaulieu escreve sobre a importância dos frades franciscanos na Terra Santa e Teresa Leonor M. Vale sobre as ofertas da coroa portuguesa a este território.

Refletindo a estrutura do espaço expositivo, a segunda parte do catálogo divide-se em quatro secções. Em Jerusalém, «Centro do Mundo» é tratada a centralidade desta cidade para a religião cristã; De Constantino, «O Grande», a Solimão, «O Magnífico» percorre vários séculos de História, desde a conversão do imperador Constantino ao cristianismo que marca o início do fenómeno das peregrinações a Jerusalém, até ao domínio deste território por parte do Império Otomano; seguidamente, em «Theatrum Mundi»: Doações Régias aos Lugares Santos, são tratadas as doações dos reinos de Espanha, Portugal, França, Nápoles e do Sacro-Império Romano-Germânico à Basílica do Santo Sepulcro; por último, Calouste Sarkis Gulbenkian e Jerusalém desenvolve-se em torno do vínculo religioso e afetivo da família Gulbenkian a este território.

Além de profusas ilustrações, cada secção conta também com textos desenvolvidos sobre as obras, assinados por diversos autores.