Colóquio/Letras 119
jan – mar 1991
Camilo Castelo Branco
O número 119 da revista é quase integralmente dedicado à obra de Camilo Castelo Branco, inserindo-se na comemoração do centenário da morte do escritor. Óscar Lopes e Maria de Lurdes A. Ferraz ocupam-se de aspetos genéricos da obra do romancista, detendo-se na análise de algumas novelas Maria Alzira Seixo, Abel Barros Baptista, Annabela Rita, João Camilo dos Santos, Gustavo Rubim e Maria Fernanda de Abreu. Do trabalho desta última ensaísta e do erudito artigo de Maria Helena da Rocha Pereira («Camilo, Leitor dos Clássicos») resultou uma imagem consistente tanto do sentido de rigorosa investigação literária e histórica do escritor como do seu seguro conhecimento dos clássicos greco-latinos. A dramaturgia camiliana é estudada por Luís Francisco Rebello, tratando José Martins Garcia e Eugénio Lisboa da relação de dois escritores contemporâneos — Vitorino Nemésio e José Régio — com a obra do autor de Amor de Perdição. O número inclui ainda trabalhos de Alexandre Cabral e de João Bigotte Chorão, este último com um interessante artigo dedicado, em parte, à atual renovação dos estudos camilianos, de que este número de Colóquio/Letras parece ser uma das manifestações: nele convivem várias gerações de estudiosos, nele se deteta uma procura da modernidade da obra e nele se insere ainda um curioso «inédito» apresentado, bem ao jeito de Camilo, por Abel Barros Baptista.
Maria de Santa Cruz encarregou-se de comentar graficamente o número.
Sumário
Ficha técnica
- Outras Responsabilidades:
David Mourão-Ferreira (dir.)
- Idioma:
- Português
- Editado:
- Lisboa, 1991
- Entidade
- Fundação Calouste Gulbenkian
- Dimensões:
- 170 x 245 mm
- Páginas:
- 216