Colóquio/Letras 183

mai - ago 2013

Diásporas

Não é afinal, à sua maneira, todo o escritor um exilado? […] escrever é ter um olhar de fora, não alinhar com os outros, sentir-se marginal. Em duas palavras, saber-se intruso, mesmo naqueles que se querem solidários e fraternais. Em tudo e por tudo, escrever é assumir uma singularidade própria e, como tal, não partilhável. E o que é o sentimento de exílio senão isso mesmo?

Marcello Duarte Mathias

 

Ana Vidigal é a pintora convidada deste número 183, em cujo núcleo principal se reflete sobre a literatura e o exílio (textos de Marcello Duarte Mathias e de Daniel Melo) e se apresentam poemas do escritor luso-americano Frank X. Gaspar.

Na secção de ensaio, Gonçalo M. Tavares fala-nos da relação entre ciência e imaginação, a propósito de Bachelard; Pedro Sepúlveda e Jorge Uribe seguem as pisadas de mais um projeto de heterónimo de Fernando Pessoa: o tradutor e crítico Thomas Crosse. Sobre os poetas Eugénio de Andrade, António Ramos Rosa e João Miguel Fernandes Jorge escrevem respetivamente António Manuel Ferreira, Catherine Dumas e Frederico Pedreira. António Ladeira analisa os códigos de comportamento masculino e feminino na sociedade contemporânea refletidos em alguns romances de Agustina Bessa-Luís.

Para além das habituais notas e recensões críticas (literatura portuguesa, moçambicana, angolana e brasileira), publicam-se inéditos de Yvette K. Centeno, Sérgio Nazar David, Ana Hatherly e Pepetela.

 

Sumário

Ficha técnica

Outras Responsabilidades:

Nuno Júdice (dir.)

Idioma:
Português
Editado:
Lisboa, 2013
Entidade
Fundação Calouste Gulbenkian
Dimensões:
170 x 245 mm
Páginas:
288
Atualização em 16 dezembro 2021

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