Vencedores do Prémio para Organizações de Artes Cívicas 2022
Escolhidas entre uma shorlist de dez finalistas, as três organizações vencedoras foram selecionadas pela sua dedicação e trabalho desenvolvido com as comunidades através das artes ao longo dos últimos dois anos de pandemia, no Reino Unido. O Prémio, no valor de 150.000£, é atribuído pelo UK Branch da Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com o King’s College de Londres.
A maior parcela do Prémio será atribuída à organização The Art House (100.000£, cerca de 120.000€), em Wakefield, que nos últimos dois anos criou o primeiro “Studio of Sanctuary” para os requerentes de asilo e refugiados no Reino Unido e proporcionou espaços provisórios gratuitos a artistas e empresas criativas, entre outras iniciativas. Os restantes 50.000£ serão repartidos igualmente entre a associação coletiva Project Art Works (Hastings), destacada por defender a diversidade e proporcionar uma plataforma para pessoas e questões frequentemente ignoradas na sociedade e no setor das artes, e a organização ln Place of War, cujo trabalho se foca em zonas de conflito em todo o mundo, desenvolvendo competências entre refugiados e outras comunidades desfavorecidas.
Louisa Hooper, Diretora Interina da Delegação do Reino Unido da Fundação, refere que o Prémio pretende “destacar o poder transformador da arte para a mudança individual e social e fornecer uma alavanca para as organizações escalarem o seu trabalho de papel cívico”, esperando que “a leitura sobre os premiados deste ano – e como desempenharam um papel central nas suas comunidades das formas mais inovadoras – proporcione inspiração também para outras organizações”.
Já Baroness Bull, Vice-Presidente e Senior Advisory Fellow for Culture no King’s College de Londres, acrescenta que “os candidatos ao Prémio deste ano exemplificam a criatividade, flexibilidade e resiliência que as organizações artísticas de todo o Reino Unido têm demonstrado em resposta aos desafios dos anos pandémicos”, evidenciando que os galardoados se destacaram “graças ao seu evidente empenho no seu papel cívico: em defender vozes diversas, em desenvolver competências e criatividade, em cocriar e dissolver as barreiras entre a prática da arte e o seu impacto para as comunidades e a sociedade”.
O anúncio das entidades vencedoras foi feito ontem, numa cerimónia online. A primeira edição do Prémio, em 2021, tinha sido atribuída a Heart n Soul (Londres), Eden Court (Inverness, Escócia), Museum of Homelessness (Londres), e The Whitworth (Manchester).
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