Tributo aos edifícios e jardim Gulbenkian
Kengo Kuma esteve em Lisboa para, numa cerimónia comemorativa do 50º aniversário dos edifícios e Jardim Gulbenkian, falar um pouco mais sobre o projeto de alargamento do Jardim, a ligação ao edifício da Coleção Moderna e ao seu atravessamento. A sua ideia, respondendo ao repto lançado no concurso internacional, foi o de tornar o todo num espaço uno, mantendo as linhas mestras da Gulbenkian mas dando-lhe alguma modernidade.
A cerimónia que o arquiteto japonês veio encerrar contou com uma mesa-redonda onde Gonçalo Byrne (o arquiteto comissário do evento), Ana Tostões e João Nunes falaram da história do edifício e do Jardim e da sua integração na cidade. Foi ainda lançado o livro de fotografia Gulbenkian, de André Cepeda, editado pela Monade.
Antes de passar a palavra a Kengo Kuma, a presidente da Fundação, Isabel Mota, recordou como, ao longo destes 50 anos, o conjunto dos Edifícios e do Parque espelharam os ideais da Fundação, destacou-os como a mais monumental afirmação da Arquitetura e da Arquitetura Paisagista Modernas em Portugal, salientou a integração do edifício com o Parque e a relação interior-exterior, que se mantém, nesta fase de expansão do Parque Gulbenkian.
Logo no início da sua intervenção, Kuma apresenta a pala que desenhou para fazer a transição entre o vértice sul e a fachada do edifício da Coleção Moderna como uma forma de mostrar o seu respeito pelo jardim, de criar harmonia entre o interior e o exterior, um “in-between space” muito popular no Japão e que tem por nome “engawa”.
Veja o vídeo e a explicação do arquiteto sobre o projeto para um Jardim Gulbenkian renovado que se tornará num “Parque para a cidade”.