Sala Michel Corboz
Numa cerimónia ontem realizada, a presidente da Fundação, Isabel Mota, lembrou a “marca única” que o maestro deixou na história do movimento coral em Portugal” e que levou a um amplo reconhecimento do Coro Gulbenkian além-fronteiras. Perante membros da família do Maestro, antigos e atuais coralistas, entre outros convidados, Isabel Mota enalteceu o seu “entusiasmo contagiante” e a sua “profunda criatividade”, manifestando a justeza da atribuição do seu nome à sala do coro, para que “a sua memória seja saudada e sempre celebrada”. A presidente da Fundação referiu ainda que “este gesto contribui para manter viva a inspiração que Michel Corboz foi para todos, dentro e fora do palco”.
Desaparecido em setembro do ano passado, aos 87 anos de idade, o maestro suíço dirigiu o seu primeiro concerto com o Coro em dezembro de 1969, a que se seguiu uma incontável série de concertos, muitos dos quais ficaram associados aos melhores momentos do Coro e da Orquestra Gulbenkian, quer em espetáculos ao vivo, em Portugal e no estrangeiro, quer no que toca a gravações.
Ao longo da sua carreira, Michel Corboz realizou 37 gravações com o Coro Gulbenkian, muitas delas premiadas a nível internacional: Jephte de Carissimi (1972), Le jugement Dernier de Charpentier (1979) e Lauda Sion de Mendelssohn (1979), galardoadas com o Grand Prix da Académie Charles Cros; o Requiem de Mozart (1976, Prix Académie National du Disque), Paulus de Mendelssohn (1988, Prix Berlioz 1989) e La Danse des Morts de Honegger (1990, Orphée d’Or 1991).
Foram também muitos os concertos memoráveis e as digressões internacionais que realizou com o Coro Gulbenkian pela América do Sul, Israel, Macau, França, Itália e Espanha, entre outros destinos.